No tempo em que políticos “davam o litro” para que o seu torrão almejasse de benfeitorias que os seus concidadãos pudessem usufruir, a juventude de então levou à boca de cena a revista ‘Bustos em Cuecas’ que em vários quadros retratou o quotidiano local.
Porque a criação da “Avenida”, “Rua“ou “Alameda[1]”,” do Corgo à Rua 18 de Fevereiro (no centro de Bustos) actualmente inscrita no bloco de intenções das medidas a cumprir pelo novo-velho executivo freguês, traz à memória um episódio contado por alguém que acompanhou a revista e me transmitiu a sua versão:
"A Junta de Freguesia pretendia abrir uma avenida – realmente larga – entre o centro de Bustos e o Sobreiro.
A Revista “Bustos em Cuecas” leva ao palco um breve diálogo entre um rapazola de Bustos (A) e uma mocinha da Gândara (B) vestida com saia demasiado curta:
(o rapazola – A) – Tu vieste passear a Bustos?
(B) – Sim, quero ver uma avenida bonita … sem árvores!
(A) – Vem cá …
(a mocinha aproxima-se do interlocutor, estica a mão sobre o sobrolho, dobra-se ligeiramente de modo que os olhares são atraídos pela exibição de um ligeiro prenúncio das nádegas)
(B) – Apenas existem marmeleiros?!!
(A) – São apenas marmeleiros!?
(o rapazola – A) – Tu vieste passear a Bustos?
(B) – Sim, quero ver uma avenida bonita … sem árvores!
(A) – Vem cá …
(a mocinha aproxima-se do interlocutor, estica a mão sobre o sobrolho, dobra-se ligeiramente de modo que os olhares são atraídos pela exibição de um ligeiro prenúncio das nádegas)
(B) – Apenas existem marmeleiros?!!
(A) – São apenas marmeleiros!?
(Acto contínuo)
(A) – “isconde”, menina…. “isconde” …
Com este impedimento, a ligação do centro de Bustos ao Sobreiro ficou-se por um caminho agrícola estreito que mais tarde sofreu alargamentos e que hoje é a conhecida Rua Jacinto dos Louros.)
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Cena recolhida de Florinda Barreiro «Rouxinol».
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Cena recolhida de Florinda Barreiro «Rouxinol».
O Orfeão de Bustos já representou a Revista. A divulgação da letra e da música forneceria alguns dados que ajudariam a compreender a vida social de ontem.
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.“Bustos em Cuecas”[2] foi um projecto colectivo que levou mais de um ano a preparar. Se um dia houver a tal alameda, avenida ou rua proponho que “Revista Bustos em Cuecas” esteja na sua toponímia.
Notas:
[1] Alameda – Por exemplo: “Passeio flanqueado por duas ou mais filas de árvores, presente nos parques e jardins de acesso a palácios. As árvores mais comuns nas alamedas são os álamos, as tílias, os castanheiros e os plátanos.” Lexicoteca, Círculo de Leitores, 1984
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.“Bustos em Cuecas”[2] foi um projecto colectivo que levou mais de um ano a preparar. Se um dia houver a tal alameda, avenida ou rua proponho que “Revista Bustos em Cuecas” esteja na sua toponímia.
Notas:
[1] Alameda – Por exemplo: “Passeio flanqueado por duas ou mais filas de árvores, presente nos parques e jardins de acesso a palácios. As árvores mais comuns nas alamedas são os álamos, as tílias, os castanheiros e os plátanos.” Lexicoteca, Círculo de Leitores, 1984
[2] “Bustos em Cuecas” já foi abordado nos blogues Bustos – do passado e do presente e Notícias de Bustos.
(sérgio micaelo ferreira)
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