“Em Abril, impõe-se destacar o dia 25 de Abril – pelo que tem de simbólico, pelo que tem de histórico, por tudo o que tem de actual. Alegra-nos registar o número e iniciativas que pelo concelho evocam esta data.”[1]
O 25 de Abril celebra o dia da festa da liberdade. Foi com a Revolução dos Cravos que as “assembleias em que, sem trancas na língua e peias na alma, alguns dissessem e os demais ouvissem e discutissem coisas e loisas em matérias de interesses comuns”[2]; foi a partir daquela quinta-feira que “o mais humilde Zé-Ninguém ao lado do maior contribuinte, ambos em perfeita igualdade de opção, a procurarem esclarecer-se para meter na urna a lista dos nomes dos que haviam de ser, na administração local, os executores das leis codificadas ou tradicionais, e, nas altas esferas, os mandatários capazes de as corrigir e actualizar.”[3]
A estrutura do poder autárquico foi gizada na Assembleia da República constituída por deputados eleitos através do voto livre, universal e secreto.
O Município de Oliveira do Bairro tem uma dívida para com os Capitães de Abril. Com a nova gerência do executivo, estão criadas as condições para finalmente inscrever o “25 de Abril/74” na toponímia. Daí, o presidente da câmara municipal já ter determinado o espaço para afixação das placas, mas a sua divulgação está marcada para a sessão solene. NB tem conhecimento que a Palhaça e Oiã já aderiram à “homenagem” ao movimento revolucionário [não fossem as Juntas de Freguesia da mesma cor partidária do poder da sede) . Em Bustos não se vislumbra vontade política do seu presidente da junta freguesa em propor o “25 de Abril” para a toponímia local. A propósito, Humberto “Chico” (PS) até já se exaltou – “se fosse uma placa para o visconde, eles escolhiam o adro da igreja” velha.
Finalmente, o “25 de Abril” irá constar no endereço do código postal 3770.
É o reconhecimento fraterno da acção dos Capitães de Abril.
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[1] In Laura Pires, Vereadora da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, Agenda Municipal, Março/Abril.06
[2] [3] In Miguel Torga, Ensaios e Discursos, Publicações D. Quixote, 2001
(sérgio micaelo ferreira)
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