5 de abril de 2006

CARLOS FABIÃO DE ABRIL. VALENTE. CULTO. DEFENSOR DA LIBERDADE.

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Carlos Fabião considerado pelos seus pares “um dos melhores oficiais do Exército português, valente e destemido operacional nas campanhas de África foi um conciliador activo entre as diferentes fracções militares.
Arredio das benesses, Carlos Fabião partilhou a sua conduta sob o manto das ideias proclamados na tomada da bastilha: liberdade, igualdade, fraternidade.
Da biografia de Carlos Fabião também será de realçar a sua intervenção na abertura do Curso do Instituto dos Altos Estudos Militares, em Pedrouços, que fez abortar o golpe de estado da extrema-direita, liderado por Kaulza de Arriaga. Vamos dar a palavra a outro destacado membro dos Capitães de Abril, Vasco Lourenço:
Enquanto “… estava agarrado ao telefone a usar a ligação e a dizer à malta «se houver algum golpe, não temos nada que ver com ele, ninguém se mete» o Fabião, na segunda-feira, denunciou o golpe de uma maneira simples: na primeira aula – era um curso de cerca de 200 majores –, ele pediu ao professor para, como chefe de curso, dar uma informação e o professor autorizou, convencido de que era alguma coisa escolar, e o Fabião disse: «Quero informar-vos de que, neste momento, está em marcha um golpe de Estado militar, liderado pelo general Kaulza de Arriaga com o general tal e tal, onde um dos objectivos é eliminar os generais Costa Gomes e Spínola.»
Uma bomba na sala não produziria maior efeito”[1]
Com o seu intrépido gesto, Carlos Fabião conseguiu manter coeso o movimento revolucionário e contribuiu para estancar a hemorragia de mais sangue jovem que ingloriamente brotava no estertor da então anunciada queda do «império».
Carlos Fabião, até …

sérgio micaelo ferreira

[1] In "30 Anos do 25 de Abril", coordenação de Manuel Barão da Cunha, Câmara Municipal de Oeiras e Associação 25 de Abril, casa das letras, 2005

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