Já no próximo dia 5 de Março (domingo) – o centésimo aniversário natalício do homenageado – terá lugar o lançamento das comemorações, no Troviscal, com o seguinte programa:
15:00 horas
– Descerramento de nova placa toponímica identificativa da Rua Arlindo Vicente, com a participação da Banda da União Filarmónica do Troviscal, no largo da Vila.
16:00 horas
– Apresentação do Programa das Comemorações e evocação do homenageado pelo Prof. Doutor Amadeu Carvalho Homem, na Escola de Artes da Bairrada.
– Breve apontamento musical com Joaquina Li, canto, e Jorge Li, piano.
17:00 horas
– Encerramento com intervenções de familiares do homenageado e autoridades.
A Comissão Promotora
BIBLIOGRAFIA
Arlindo Augusto Pires Vicente nasce a na freguesia do Troviscal. Em 1926, obedecendo a um forte desejo de seu pai, matricula-se em Medicina na Universidade de Coimbra, curso que acaba por trocar pelo de Direito, cuja licenciatura termina em Coimbra em 1932 após uma passagem pela Universidade de Lisboa. Inicia, então, a sua carreira de advocacia em Troviscal e Anadia.
Muito cedo começa a desenhar e a pintar. Aos 14 anos, ainda no Liceu de Aveiro, desenha a capa um livro do seu célebre reitor, o latinista, José Pereira Tavares. Foi director artístico do Quinzenário de caricatura, Pena, Lápis e Veneno (Coimbra, 1926). Participa, em 1927, com 16 obras no I Salão de arte dos estudantes da Universidade de Coimbra, e em 1930, na organização do I Salão dos Artistas Independentes em Lisboa. Em 1931 contribui com 12 quadros no II Salão de independentes. Durante década de trinta, entretanto radicado em Lisboa (1936), os seus desenhos são incluídos em prestigiosas publicações periódicas, tais como Presença, Diabo e Seara Nova; mais tarde, também na revista, Vértice.
Particularmente durante a década de 50, Arlindo Vicente defende nos tribunais de excepção, gratuitamente, vários opositores ao regime de Salazar, acusados de crimes políticos, contactando assim intimamente com os aspectos mais tenebrosos desse regime torcionário. Em 1957 é proposto pela oposição democrática como candidato a deputado à Assembleia Nacional pelo círculo de Lisboa. A 20 de Abril de 1958 é apresentada publicamente a sua candidatura à Presidência da República. Em 30 de Maio Arlindo Vicente retira a sua candidatura em favor de Humberto Delgado, celebrando um acordo de oposição ao regime. Em Setembro de 1961, nas vésperas da campanha eleitoral para as eleições de deputados, Arlindo Vicente é preso pela PIDE, e, só 10 meses mais tarde, indiciado como elemento perigoso, sendo condenado, sem provas, a vinte meses de prisão correccional e a cinco anos de suspensão de direitos políticos. Em Maio de 1969 participa no II Congresso Republicano, que tem lugar em Aveiro.
Embora exercendo advocacia, Arlindo Vicente continua a dedicar-se à pintura, e, em 1 de Junho de 1970, abre a sua exposição individual na Sociedade Nacional de Belas Artes. Em 15 de Novembro de 1974 abre nova exposição individual na Sociedade Nacional de Belas Artes.
Arlindo Vicente vem a falecer em Lisboa a 24 de Novembro de 1977, tendo sido agraciado a título póstumo com o grau de Grande Oficial da Ordem da Liberdade em 1983.
A Câmara Municipal de Oliveira do Bairro decidiu associar-se ...
Decorrendo este ano o primeiro centenário do seu nascimento, a Câmara Municipal de Oliveira do Bairro decidiu associar-se activa e empenhadamente às respectivas comemorações, que, em boa hora, uma comissão promotora decidiu levar a cabo.
Já agora: pode saber-se em que consiste a parceria da Câmara com uma Comissão Organizadora que não integra, a um programa em que não participa, e a um evento que mais parece não dizer rigorosamente nada à autarquia?
ResponderEliminar