28 de abril de 2009

INICIATIVAS MAL OUVIDAS

Na passada semana o NB teve o cuidado de publicitar um evento local. Tratou-se do Concerto da Liberdade dos jovens solistas da Banda Filarmónica da Mamarrosa, que teve lugar na passada noite de 24 de Abril.
Em texto anterior e sob o título “VIII Encontro de Bandas na Mamarrosa”, já tínhamos chamado a atenção para a excepcional qualidade dos executantes da nossa Banda.

Como se não bastasse, tratava-se duma excelente oportunidade de conhecer o ainda inacabado Salão do Centro de Apoio Paroquial de Bustos, ali ao lado da igreja.
Com o total abandono do Bustos Sonoro Cine e do confinante salão dos bailaricos de boa memória, o Salão Paroquial passa a ser o único espaço da freguesia preparado para receber eventos sociais e culturais que careçam dum palco.
De paredes interiores ainda em tijolo cru e piso em cimento, o Salão apresenta já o seu tecto final em bonita e sugestiva madeira arqueada. Lindo, como que a anunciar a visão final!
Está ali muito, mas muito, suor de meia dúzia de bustuenses que teimam (ainda bem!) em levar o projecto a bom porto. E que não labutam por medalha, nome de rua ou estátua de bronze.
O Sr. Padre Arlindo também não se cansou de publicitar o concerto, o qual mereceu o apoio da Câmara e da Junta de Freguesia. Não faltaram à chamada autarcas de Bustos, do Município e das demais freguesias do concelho. Não era difícil perceber a importância e o duplo simbolismo do evento.
A entrada era livre e Bustos tem filhos e netos seus no escol da Banda. E muitos associados.

O espectáculo, esse, foi soberbo, duma qualidade ímpar e foi deleitados e muito a custo que fomos abandonando o local.

Mesmo assim e não fora a presença dos muitos mamarrosenses que não esquecem o seu dever e a não menor vontade de apoiar a sua Banda e o salão estaria mais ou menos às moscas.

É este o resultado do esquecimento a que votámos a nossa Terra.
Foi no que deu caminhar pelo chão do asfalto sem olhar para o outro chão que nenhum camartelo é capaz de destruir: o chão das nossas RAÍZES.
O alcatrão traz muito progresso, pois traz. Mas sem desenvolvimento sustentado não passaremos de robots, de sujeitos dum chão sem memória. E sem História.
Descansem: como lembrei no bloguedooscar,

BUSTOS HÁ-DE RENASCER DAS CINZAS DO PASSADO!

oscardebustos

25 de abril de 2009

25 de ABRIL - O TI ALBANO BARATEIRO PARTICIPA NA FESTA


Eugénia dos Santos Fabiano (USA - Califórnia), Arsénio Mota (em S.ta Maria de todo o Mundo) aniversariam. Um obrigado pela fatia de bolo.

A Milita Aires, a São (Domingues) Romão, o Mário Tavares da Silva e o Técnico de Imagem Li Mota ajudam a adoçar as recordações de Bustos com a foto onde regista Albano Tavares da Silva. esposa Glória Martins e ... O momento fixado será provavelmente em Celorico da Beira. O seu automóvel mostra o peso social e económico do Ti Barateiro (ou O Barateiro).
(assunto a merecer maior desenvolvimento).
Parabéns ao certame MOUVA da zinha Palhaça.


VAMOS À PALHAÇA


Da Palhaça chega mais um belo exemplo. Da Palhaça chega um convite, um pedido de visita para a manhã do próximo domingo. Um convite irrecusável que dá pelo nome de MOUVA.

O MOUVA, mercado de objectos usados, viveres e artesanato, que amanhã se inaugura é bem mais do que uma experiência ou um desafio, é um caminho que faz justiça ao espírito dos fundadores da Feira.

Parabéns meus senhores! Parabéns pela visão, pela estratégia, pela consistência dos projectos e sobretudo pela capacidade de fazer.

Mais do que animar o centro da Palhaça, o que não é coisa pouca, o MOUVA vai experimentar um tipo de mercado diferente e eventualmente alternativo. Os mercados de objectos em segunda mão não têm tradição entre nós, mas as coisas mudaram e cada vez mais vamos empilhando coisas no fundo da garagem, no porão ou no sobrado porque delas deixámos de fazer uso. Vale a pena experimentar porque não é com lamúrias e má lingua que se combate a actual crise, é com projectos alternativos, é com ideias.

A faceta comercial do certame é apenas uma das suas componentes já que simultaneamente decorrem iniciativas culturais com música, poesia e leitura de histórias para crianças.

Vale a pena ir à Palhaça.


Praceta de histórias para crianças - 11h30/14h30


Oficina de Origamis - 14h30


http://www.mouvapalhaca.blogspot.com/

24 de abril de 2009

A MADRUGADA QUE EU ESPERAVA


Esta é a madrugada que eu esperava

O dia inicial, inteiro e limpo

Onde emergimos da noite e do silêncio

E livres habitamos a substância do tempo


Sophia de Mello Breyner Andresen

Abril de 74

20 de abril de 2009

ILDA FIGUEIREDO [DO TROVISCAL - PRÁS EUROPAS]




"Dos cinco cabeças-de-lista às eleições europeias já anunciados, Ilda Figueiredo (CDU) é a que tem mais experiência como eurodeputada."

lê-se em "EUROPEIAS Dois repetentes e três estreantes a caminho de Bruxelas"
20 04 2009 09.25H Destak/Lusa
aqui

e mais adiante, Destak via Lusa mostra currículo de Ilda Figueiredo:

A única mulher candidata às eleições europeias de 07 de Junho entre os cinco principais partidos, Ilda Figueiredo (CDU), conta já dez anos de experiência no Parlamento Europeu, onde é vice-presidente da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais, integra a Comissão dos Direitos da Mulher e Igualdade dos Géneros, faz parte do grupo de coordenação para a Estratégia de Lisboa, da delegação para as Relações com o Mercosul, da Assembleia Eurolat e é membro suplente da Comissão de Agricultura e da Assembleia Euromed.

Natural de Troviscal, Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro, Ilda Figueiredo, 60 anos, economista, volta a encabeçar a lista da CDU - que reúne o PCP, Partido Ecologista “Os Verdes” e Intervenção Democrática.

A antiga professora do ensino secundário foi deputada à Assembleia da República durante 12 anos pelo PCP e tem também experiência autárquica, como vereadora nos municípios do Porto e de Gaia.
(fim de transcrição)
...
Notas:
1) A imagem de Ilda Figueiredo foi extraída de aqui
2) Hoje, Ilda Figueiredo empunha a bandeira de Arlindo Vicente.
Troviscal continua a ler-se no plural.
3) Ilda Figueiredo não precisou dos favores das cotas dos cotas

18 de abril de 2009

O sino da minha aldeia

De muitas bandas se faz a música

Depois do VIII Encontro de Bandas na Mamarrosa, é a vez do Troviscal assistir ao VII Encontro Ibérico de Bandas.
Estas duas aldeias vizinhas são um alforge de músicos e tradições musicais.
Entretanto e um pouco por todo o concelho, Abril é mês de eventos mil.
É o que vos irá demonstrando o
oscardebustos

17 de abril de 2009

14 de abril de 2009

IGREJA: OBRAS FEITAS E PAGAS


Cumprindo a tradição uma vez mais o pároco de Bustos, Arlindo da Rocha Valente, fez distribuir a sua mensagem com votos de “Santa Páscoa.” Na missiva deste ano, como não poderia deixar de ser, destaca a obra de recuperação do edifício da igreja. É esse testemunho que o “Notícias de Bustos” aqui regista, transcrevendo as palavras sobre o que “parece ter sido um milagre.”



“Bons Amigos
É com muita alegria e carinho que me dirijo novamente à vossa família.
Começo por agradecer-vos todo o carinho, atenção e hospitalidade que manifestaram para comigo e para com os membros da Fábrica da Igreja, aquando da visita que vos fizemos, no verão, por ocasião do peditório realizado a favor das obras de restauração da nossa Igreja. Para mim foram momentos inesquecíveis, ao lembrar a vossa generosidade que foi excepcional, pelo sacrifício que muitos fizeram e pela força que nos deram para continuar. Sem vós e o vosso apoio não teríamos a nossa Igreja tão majestosa como a vemos e da qual nos podemos orgulhar, sabendo que está preparada para enfrentar os tempos que hão-de vir. Acreditamos na competência do empreiteiro e no trabalho realizado.
Que alegria verificar que, apesar de ter caído tanta chuva no mês de Janeiro, não aparecer qualquer infiltração no interior.
Como eu lembro as manhãs em que a D. Rosita limpava a água caída durante a noite, aos domingos, para eu celebrar a missa das 8 horas, já no ano em que vim para Bustos (1987).
Chegou o momento de, em meu nome e em nome de toda a Fábrica da Igreja, agradecer a Deus e a vós a obra grandiosa que podemos ver e vamos legar aos nossos filhos, para que eles a conservem e possam renovar quando necessário.
Informo-vos, com alegria, que tudo está pago, resultado da vossa generosidade. Não podemos fazer milagres, mas tudo parece ter sido um milagre.
Embora tenha agradecido publicamente no dia 8 de Dezembro e 18 de Fevereiro, a quem me ouviu, quero aproveitar esta mensagem, na festividade da Páscoa, época de alegria para todos .para vos dizer, OBRIGADO! BEM HAJAM! Deus sempre vos ajude, já que eu não o posso fazer. “
P. Manuel Arlindo da Rocha Valente

13 de abril de 2009

A Visita Pascal

Mudam-se os tempos, mas não muda a vontade das aldeias de Portugal renovarem a tradição da Páscoa, de longe a festa religiosa mais enraizada na alma portuguesa. A Páscoa é a mais antiga celebração católica com referências documentais que remontam ao Concílio de Niceia (ano 235 depois de Cristo).
Por mais profanos que reclamemos ser, as festividades da Semana Santa entram-nos casa adentro nem que seja para o copioso almoço de domingo ou segunda feira de Páscoa.
Embora sem a intensidade de outros tempos, os bustuenses continuam a abrir as portas à cruz de Cristo crucificado, onde todos (ou quase todos) participam no acto solene de "beijar o Senhor". Atenta a dimensão humana da freguesia e pelo menos no caso dos que vivem no lugar de Bustos, a festa é mais hoje, 2ª feira de Páscoa. Já no vizinho Montouro de Covões a Páscoa é celebrada no próximo domingo, dito da pascuela ou 8ª da Páscoa.
Por cá e renovando uma tradição que se perde na noite dos tempos, o dia de ontem foi dedicado à visita pascal ou da Cruz do Senhor.
Quando seriam umas 9 horas da manhã e mal estoirou o 1º dos muitos foguetes que irão assinalando o sítio do compasso, teve início o corre-corre da visita; ao Corgo e Avenida da Igreja seguiram-se os seguintes lugares da freguesia, pela ordem indicada: Picada, Sobreiro (sul), Quinta Nova, Coladas, Sobreiro (norte), Azurveira e Barreira. Hoje, a comitiva percorre a parte sul da Barreira, Rua da Fonte, Cabeço, Salgueiro, Póvoa e o resto da Quinta Nova, até terminar no lugar de Bustos.
Como ontem o Padre Arlindo teve de ir pregar a mensagem para outra freguesia, a comitiva foi dirigida pelo acólito prof. Nelson Figueiredo, acompanhado por sete membros da Confraria da Cruz do Senhor, a saber: Lupério da Silva (Juíz), Alípio Santos (escrivão), os gémeos Carlos e Mário Canão, Emitério Alves, Manuel Romão e Alberto Santos, sem falar no rapaz do sino avisador.
Acompassei a visita pelo Sobreiro e Azurveira e entrei nalgumas casas: engalanadas e de mesa farta, eram o espelho dos seus donos e das visitas de amigos, familiares e vizinhos, às vezes aos verdadeiros magotes; e ainda bem que a malta jovem continua a marcar presença, o que faz crer que a tradição da visita pascoal está para durar.
Pela 1ª vez, dei-me conta de que o compasso entra em todas as pequenas capelas da freguesia, onde a cruz é dada a beijar aos zelosos féis do Santo de cada uma. Demorei mais na visita ao Romão da Azurveira e ao Acílio Teixeira: porque são amigos do peito, o último dos quais desde os tempos da escola.
Se calhar também porque ambos integram a Comissão de Festas de S. Lourenço - 2009 e esta se propõe mudar a face das festividades locais.
Se calhar porque a fome apertava e o preparar da chanfana e do cabrito assado no forno cá de casa me tirou o apetite para o almoço.
Se calhar porque tudo o que sejam RAÍZES DE BUSTOS me aguça o apetite e enche a alma de esperança num futuro de referências ao passado glorioso das Gentes de Bustos.
Se calhar porque é tempo de sacudir as consciências e reavivar as nossas referências culturais e patrimoniais. Se calhar, se calhar...
Por tantos calhares, houve um outro que me marcou quando regressava a casa e encheu de justificado júbilo. Deste calhar se fará luz a seu tempo, porque
Cada coisa a seu tempo tem seu tempo.
Não florescem no Inverno os arvoredos,
Nem pela Primavera m branco frio os campos.
...
- 1ª estrofe de "Cada coisa a seu tempo tem seu tempo", de Ricardo Reis / Odes.
oscardebustos

9 de abril de 2009

RETRATO À LA MINUTA


Alberto Gomes, de 75 anos, passou a mão pela aba do chapéu grená, coçado por muitos sois, e explicou-se com gentileza. “Terei o gosto de lhe fazer um bom retrato à moda antiga, a preto e branco. Um custa-lhe o obséquio de seis euros, por dois tem um desconto, paga apenas dez.”
Tinha na minha frente o retratista de feira com máquina, cavalo e passarinho, estava perante o representante de uma espécie extinta. Uma figura do passado. Falava com elegância, insinuava-se garboso ao lado de um tripé com uma anacrónica máquina fotográfica. Nem faltava o passarinho para captar a atenção da eventual criancinha empertigada na sela do cavalinho de madeira, estrategicamente colocado alguns metros adiante. Tudo como há cem anos.

Na Costa Nova, em Abril de 2009, encontrei uma personagem que já não pertence a este tempo. Na era da fotografia digital descobri a existência de Alberto Gomes, natural da Póvoa do Varzim, que há 62 anos percorre Portugal de lés a lés exercendo a profissão de “Retratista à la Minuta”. Quando anda em serviço, acompanhado pela esposa, Iracema Rocha, de 70 anos, e pelo filho, José Gomes, de 25 anos, que lhe segue os passos profissionais, vive numa caravana. O grupo saiu para a estrada pelo Carnaval, este ano começaram em Amarante e foram descendo. Os dias de trabalho na Costa Nova coincidiram com o caminho de regresso a Paramos, Espinho, onde têm casa sem rodas.
“ Vamos para casa passar a Páscoa com a família.” E família não falta a Alberto Gomes, pai de cinco raparigas e outros tantos rapazes. “Só um, esse que está aí comigo, é que seguiu o meu gosto”, confessa, lembrando que também ele, logo aos 12 anos, começou a seguir as pisadas do falecido pai. E acrescenta com visível satisfação: “O rapaz vai casar e vai arranjar uma carrinha. Vai à vida dele, que desta profissão já lhe ensinei tudo.”




A tecnologia, a profissão estarão desactualizadas, mas Alberto Gomes é um homem deste tempo quando se trata de promover o negócio. O cartão-de-visita, que distribui criteriosamente, está escrito num português manco, mas a estratégia de mercado é bem clara:

“Retratista á Láminuta. Deslocagem a qualquer parte do país para satisfazer feiras de antiguidades. O bom retrato à moda antiga a preto e branco e outros inventos com direito a um cachê de deslocação.”

Mesmo usando dois telemóveis Alberto Gomes sabe que é um caso raro, uma excepção. É mais do que um artesão é quase um artista. Vão longe os tempos em que os retratos se faziam às dúzias para os bilhetes de identidade, quando cada um custava 10 escudos (cerca de 5 cêntimos) e o pão se comprava por 2 tostões. Tudo mudou. Mudou a moeda, mudou o valor de cada coisa e o que era comum tornou-se invulgar. A actividade ganhou interesse museológico, as feiras de antiguidades passaram a integrar o circuito das festas, praias e monumentos. Entre tudo o que mudou é de destacar o mais importante, o Estatuto. E nas laterais exteriores da caixa onde se recolhe para o decisivo momento da focagem, lá estão as provas. A preto e branco, formato dez por quinze. Entre elas o retrato de um actor já falecido e de uma concorrente do programa televisivo “Big Brother”.

“Já estive na televisão”, informa como quem apresenta a prova decisiva e irrefutável da autenticidade profissional e da qualidade do trabalho, que adjectiva de ”Muito Bom!” Sessenta e dois anos depois de se ter iniciado na alquimia dos ácidos Alberto Gomes continua a revelar sem pinças. É tudo feito à mão e no próprio momento. Do negativo faz positivo e do passado presente. Não se queixa da crise, talvez do custo da vida, porque o que ganha “vai dando, mas o dinheiro desaparece.” Invoca os 20 euros gastos pela mulher na praça do peixe e logo depois, sem alterar o tom de indiferença, conclui:”Por aí não há grande novidade, o dinheiro toda a vida me foi muito fugidio… “


Bem pode o fotógrafo resistir ao evoluir dos tempos. Não tem alternativa. Alberto Gomes coloca o negativo da fotografia, devidamente invertido, num pequeno painel que deslocou para a frente da lente. É um homem prático experiente, habituado a lidar com o público, a dar explicações. Como explicar então uma carreira profissional tão longa e hoje tão improvável quanto desactualizada? Sem interromper o trabalho, sem mágoa, Alberto Gomes não hesita, diz que tudo muda, é certo, mas o essencial fica.
O essencial?
”Sim, a necessidade de ganhar a vida.”

Belino Costa
(texto e fotos)

ENERGIAS RENOVÁVEIS “ACELERAM” GRANDE PRÉMIO FREI GIL

Eles vão chegar de todo o país e alguns do estrangeiro para participar na prova de barcos e carros fotovoltaicos, iniciativa do Instituto de Promoção Social da Bairrada, em Bustos.

O Instituto de Promoção Social da Bairrada, em Bustos, Oliveira do Bairro, através do seu “clube das energias renováveis”, está a preparar o Grande Prémio (GP) Frei Gil, uma competição de barcos e carros fotovoltaicos que decorrerá em Junho próximo. Várias equipas de norte a sul do país já estão inscritas, e os promotores esperam este ano a internacionalização do evento, com a entrada de ingleses e espanhóis na prova. A pista, construída nas suas instalações, acolhe já ensaios dos protótipos que estão a ser construídos pelos alunos de diferentes níveis de ensino, no âmbito das actividades extra-curriculares. É uma forma de os entusiasmar para as matérias que vão sendo leccionadas nas aulas, de cultivar o espírito de equipa, e de os sensibilizar para as questões ambientais. “Estes contextos mais informais de ensino são essenciais para os alunos perceberem que o que estão a aprender na escola tem aplicação prática e não morre nos livros e nas carteiras”, comentou à Lusa André Moreira, um dos professores envolvidos no projecto. Praticamente toda a escola está mobilizada para a realização do Grande Prémio, que este ano vai ter interesse acrescido devido à participação de equipas estrangeiras. A ideia nasceu do concurso nacional “padre Imalaia”, que durante três anos acabou por gerar um movimento nacional de escolas que foram aderindo à energia solar, tanto na construção de fornos como de colectores solares e também de carros e barcos fotovoltaicos.
Com o fim do concurso, o Instituto de Promoção Social da Bairrada resolveu não deixar morrer esse entusiasmo e criou o Grande Prémio Frei Gil, que já vai na terceira edição, e construiu uma pista para carros e outra para barcos, seguindo o modelo das pistas da Austrália, “que está na linha da frente na energia fotovoltaica aplicada ao ensino”. “O objectivo mais lato é a promoção da energia solar e mostrar aos miúdos e à comunidade escolar envolvida que funciona, não é um mito, e que a energia solar pode pôr as coisas a mexer. Para além disso há a parte da competição: o importante é participar, mas toda a gente quer ganhar e trabalhamos para ter o carro ou o barco mais eficaz, capaz de ganhar o escalão em que está incluído”, explica André Moreira. A prova é dividida em três escalões: até ao 2.º ciclo, 3.º ciclo, e secundário e escolas profissionais, aumentando a exigência consoante a idade e o nível escolar em que estão inseridos. “No escalão A(1.º e 2.º ciclos), fazemos uma exigência mais simples que é a de os protótipos serem construídos com base na reciclagem de embalagens, como garrafas para os barcos, porque flutuam com facilidade, ou caixas de detergente nos carros, e é dada pontuação ao número de elementos reciclados que os protótipos incorporam. No escalão B há uma área maior de painéis que vai gerar mais energia e os motores têm de estar adaptados, e há outros elementos que entram em jogo como a segurança do “condutor”, que no caso são ovos e que terão de chegar intactos, caso contrário haverá penalizações. Por isso não podem atingir velocidades excessivas e podem ser usados já circuitos electrónicos, com a ligação em paralelo ou em série, conforme a luz solar disponível, ou seja, o grau de exigência vai aumentando”, descreve.
O GP Frei Gil vai decorrer a 10 de Junho, estando já confirmadas 18 equipas, mas a organização conta atingir 60 a 70 unidades. “Além de equipas de norte a sul do país, este ano contamos com equipas inglesas e estamos a ter contactos com equipas da Galiza, Espanha”, disse à Lusa André Moreira.

António Jorge Pires/Lusa

8 de abril de 2009

ABC EM SEGUNDO LUGAR


Decorreu no Pavilhão Municipal de Oliveira do Bairro o Campeonato de Boccia Sénior da zona centro. Num total de 23 equipas, a associação ABC de Bustos ficou em segundo lugar.
É com muito orgulho que Oliveira do Bairro vê uma instituição do concelho no pódio, a receber uma taça de uma modalidade em franco crescimento no município.
Os atletas do ABC de Bustos praticam Boccia desde há dois anos lectivos. Foi através de um programa de promoção intitulado “Sénior Activo”, colocado em prática pela autarquia, em parceria com a AMPER, que teve o seu início há dois anos, com a formação a todos os técnicos das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). Desde então todos começaram a praticar, uma vez por semana, o boccia, tomando o gosto por este desporto.
Inicialmente praticavam com bolas de ténis. Depois a Câmara Municipal de Oliveira do Bairro ofereceu a todas as IPSS um kit oficial de Boccia, e levou a efeito o primeiro campeonato concelhio que teve a sua final no “VIVA as Associações 08”.
Todos os seniores desta associação gostam de praticar Boccia, porque assim sentem-se úteis por saberem que jogam para torneios, podendo também conviver com outras pessoas.
Olívia, de 82 anos, além de ser a pessoa mais velha da equipa, é uma das melhores. Não há limite de idade para se praticar este desporto de estratégia e precisão.
O ABC de Bustos tem uma equipa fixa. Todos gostam de jogar, mas nem todos têm possibilidade de jogar devido a dificuldades físicas.
Renata Castro é a treinadora destes seniores activos e bem-dispostos, que não estavam à espera de ficar em segundo lugar no Campeonato de Boccia Sénior da zona centro.


In http://quiosquedasletras.blogs.sapo.pt/

7 de abril de 2009

LiCÍNIO MOTA- EM DIA COM OS MOINHOS


"E o recenseamento dos moinhos, azenhas e atafonas ficará para as calendas ? Faz falta o Licínio (Li). Quem o contacta?"in Manuel da Barroca, abril 22, 2004, BUSTOS - do passado e do presente

***


7 de Abril.
Dia de Moinhos.
de vento.
de papel.
de cervantes.
de moleiro.
de li(cínio) mota.
no princípio foi o aprender a nadar (às escondidas) na presa do Seco.
no princípio foi o roubar cachos nas vinhas do vale da vala do Sardo.
no princípio foi o ir buscar água à fonte da Belguinha (dos Covões).
no princípio foi o sonhar com o Moinho do Seco.
no princípio foi o comprar a presa e o moinho do Seco.
No princípio foi o emparcelar
comprar parcela ao lado de parcela.
O princípio terminou com a chegada do el doirado de sua santidade a especulação.
Depois o suor, os érios, a burocracia
os projectos, as viagens a Coimbra, mais projectos,
reconstruiram a presa do Seco.
Tal e qual.
Sem subsídios.
Tal e qual.
(O Carlos Luzio legou uma reportagem filmada)
Calendários sobre calendários
pedra sobre pedra.
tijolo sobre tijolo.
tábua ao lado de tábua,
Hoje li mota mota 'ressuscitou' Pôrto do Vouga
lugar ribeirinho do Rio Boco.
Só lhe falta o sub-Código Postal.
...
li mota continua a levar a água ao seu moinho
Sem dar nas vistas
continua a trazer Bustos a Bustos.
sem euro-subsídios ou convers fiada.
e siga a rusga
sérgio micaelo ferreira.

6 de abril de 2009

VIII ENCONTRO DE BANDAS NA MAMARROSA

Com a realização de mais um Encontro de Bandas, a Mamarrosa voltou a mostrar que vale muito mais do que o aponta o número dos seus residentes. Este VIII Encontro foi um sucesso, bem abrilhantado pelas 3 bandas do programa: Banda de Música da Carregosa, vinda do lugar de Perrinho, vila de Carregosa, Oliveira de Azeméis, Sociedade Filamónica Comércio Indústria da Amadora e – é claro – a muito nossa Banda Filarmónica da Mamarrosa, de que o NB tem dado notícia amiúdas vezes, nomeadamente AQUI.

O salão de festas da sede foi pequeno para albergar tanto Povo amante da música de bandas. Na 1ª fila e entre outros convidados especiais, o Presidente da Câmara do nosso município, cujo semblante demonstrava bem o agrado que todos sentimos pela qualidade do concerto. DSCF7281

Entretanto, a Direcção da Banda aproveitou para homenagear o maestro e compositor Alberto Madureira (de Tarouquela, Cinfães). Foram ainda especialmente acarinhados os maestros e compositores também ligados a conhecidos temas da nossa Banda: o maiense Ilídio Costa, autor da 1ª peça que a nossa Banda interpretou no Encontro – O Engenheiro e o Capitão Amílcar Morais, de Águeda, autor do arranjo da 3ª peça magistralmente interpretada pela Banda de todos nós. Presente também o troviscalenese Silas Granjo, que dirigiu a Banda no difícil período da sua recuperação (1980-1991) e actualmente à frente da União Filarmónica do Troviscal.

DSCF7292

O concerto terminou em beleza no exterior do salão de festas, com as 3 bandas a interpretar Os Amigos da Banda, de Daniel Oliveira, tema incluído no último disco em CD dum palmarés que já vai em 5 (cinco, pois claro). Um regalo para a vista e o ouvido!

O orgulho dos Mamarrosenses saltava à vista, em especial o do sempre amigo Prof. Costa, um dos grandes defensores e impulsionadores da nossa Banda. É ponto assente que a NB (Nossa Banda, pois claro) é actualmente das melhores do país, o que muito se deve ao esforço e dedicação de Gente como Manuel Plácido Simões dos Santos, famílias Canas e Cravo, Fernanda Raposo Neves e muitos outros.

O NB (Notícias de Bustos, pois claro) saúda a Banda Filarmónica da Mamarrosa nas pessoas do seu actual Presidente da Direcção, prof. Arsélio Canas e do seu exímio Maestro e Director Artístico, o oianense Fernando Ribeiro Lopes, a quem se deve o excelente nível e o sucesso de que a Banda goza por todo o país e estrangeiro; então no norte, esse alforge da música de bandas, a nossa Banda é idolatrada.

Lembramos ainda o valioso contributo do bustuense da Mamarrosa HILÁRIO COSTA, que conseguiu um curioso palmarés em prol da divulgação e da angariação de associados: o número de bustuenes chegou a ultrapassar o dos mamarrosenses. É por isso que a Banda também é nossa. E não fossemos nós filhos da terra da mamoa rasa!

- As fotos do VIII Encontro podem ser vistas AQUI.

Fontes consultadas: programa do VIII Encontro de Bandas da Mamarrosa, sítio da Banda na internet e “A Banda Filarmónica da Mamarrosa – Música na batuta do tempo”, da Prof.ª Rosinda de Oliveira \ Edição da CM de Oliveira do Bairro \ 2001]

*

"CONCERTO DA LIBERDADE" EM BUSTOS

No próximo dia 24, pelas 21H30, os jovens solistas da Banda darão um concerto no novo Salão Paroquial de Bustos, em homenagem ao 25 de Abril e a todos os associados da Banda Filarmónica da Mamarrosa. O CONCERTO DA LIBERDADE é da iniciativa da Direcção da Banda e mereceu a colaboração da Comissão Fabriqueira, na pessoa do Padre Arlindo, da Câmara Municipal e da Junta da nossa Freguesia.

oscardebustos

5 de abril de 2009

Do Domingo de Ramos ao S. Lourenço 125 dias são.

A imagem de marca do início da Semana Santa é a entrada triunfal de Cristo em Jerusalém.
Ao entrar na Cidade Santa em cima dum simples burrico, Cristo demonstrou que não se assumira como Messias para estar ao serviço dos ricos e poderosos.
Como era de prever, na sexta feira seguinte ao Domingo de Páscoa os poderosos de Jerusalém livraram-se deste incómodo pregador do bem e do amor, crucificando-o.
Por enquanto, o dia de hoje é destinado à celebração do apogeu da vida de Cristo, renovando-se a tradição da triunfante palma.
De então para cá, acabaram por ser outros - turbos e sinuosos - os caminhos por onde foi arrastada a mensagem de Cristo.
E são tantos os que - como Pilatos - lavam as mãos em relação ao que se passa à sua volta que já nem reparamos neles. E Judas também é coisa que não falta.
Entretanto, celebremos a Páscoa, a Festa mais enraizada nas tradições bustuenses!
E preparemos os gloriosos Festejos do S. Lourenço de Bustos, que se pretende sejam aquilo que não temos tido:
- As Festas de Bustos!

2 de abril de 2009

BUSTOS: RUA DO CABEÇO COM LARGO DE PARQUEAMENTO (1 de Abril)

Um de Abril ou nem tanto assim.

Uma simples mudança de placa toponímica da Rua do Cabeço reduz o Largo da Igreja Velha ao espaço ocupado pelo monumento erigido em 1993.














Não se pede que a Junta de Freguesia de Bustos respeite normas de colocação de placas. Até porque tem autoridade.

Foi eleita e tal.

Não se pede que reponha a placa da Rua do Cabeço no anterior local.
Se o fizesse.

Isso seria dar o braço a torcer.

Não se pede nada.

Porque está de saída.

Este livro que vos deixo

Este pequeno livro de poemas, do qual seguidamente se apresentarão alguns textos, não é mais do que a minha primeira viagem através da criação literária. E como primeira viagem que é, certamente que carece de muito aperfeiçoamento.
No entanto, servi-me dele para fazer perceber o que de mais importante me marcou nesse tempo, as personagens e os factos históricos, as pessoas, a minha relação mais ou menos pacífica com a natureza, e porque não dizê-lo como último aspecto mas não o menos relevante, os textos em que falei de mim como alguém que, se por um lado sabe desde cedo que a vida nem sempre é assim tão cor-de-rosa, por outro lado nunca deixou que os maus momentos lhe roubassem o optimismo e a esperança.
Escrever este livro foi um desafio e uma descoberta, porque percebi que embora o meu corpo de pessoa com deficiência física não me permitisse ter grande mobilidade, através das palavras o meu espírito e o meu pensamento se libertaram, levando-me para espaços e limites que jamais julguei alcançar, e tudo isto sem esquecer o quanto ele foi importante para me ajudar no conhecer-me melhor, na procura de mim mesma.
Por último quero agradecer à Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, nas pessoas da Exma. Sra. Vereadora da Cultura Dra. Laura Sofia Pires, e do Exmo. Sr. Presidente da Câmara, Mário João Oliveira, pela oportunidade que me deram de poder concretizar o sonho de editar o meu primeiro livro, quero também agradecer à Exma. Sra. Dra. Cristina Calvo, ao Gabinete de Comunicação na pessoa da Dra. Isabel Roça e ao escritor Armor Pires Mota por todo o empenho demonstrado.
À minha família, sobretudo aos meus pais, irmã e cunhado, dirijo também um especial agradecimento, por me terem ajudado a chegar até aqui, sem esquecer os meus professores, colegas e amigos.
A todos o meu muito obrigado carinhoso e bem hajam.

Marineide Simões dos Santos
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- Texto da intervenção da Marineide na apresentação do seu 1º livro de poemas "Canto e Amanhece", no Salão Nobre do edifício dos Paços do Concelho, em 21.3.2009.
- Fotos do Telmo Domingues, bustuense, fotógrafo e prof. do IPSB.
oscardebustos

1 de abril de 2009

BUSTOS: RUA DO CABEÇO COM LARGO DE PARQUEAMENTO

O 18 de Bustos’09 foi dia de promoção dos povos do Cabeço.
Com um gesto simples, certamente para compensar o assumido abandono do Bairro (de Santa Engrácia) do Cabeço, a Junta de Freguesia de Bustos ‘ofereceu’, de mão beijada, um «parque de estacionamento» à Rua do Cabeço.
Um feito que se regista.