Ainda se vão vendo alguns tractores a circular por Bustos em direcção aos escassos vinhedos que resistem de pé.
Os tempos da grande agitação das vindimas já lá vão. E apesar da colheita deste ano prometer, nem assim os poucos produtores que ainda vão resistindo ganharam o hábito de esperar pela maturação completa dos cachos. Quantos tiveram o cuidado de colher amostras das uvas para saber do seu estado de maturação?
Entretanto, os melhores terrenos de Bustos para produção de vinho - argilosos ou calcários - estão num estado de completo abandono; se vinhas há é nas chamadas terras "milhanzeiras", o que significa que já ninguém está para aprender com os erros do passado.
E com uma nova geração de pequenos e bem formados produtores, espalhados por Bustos, Mamarrosa, Troviscal, Oliveira de Bairro ou Amoreira da Gândara, a vender vinhos de boa qualidade e a preços em conta, quem vai querer vinhos incaracterísticos e "martelados" a açúcar?
Os 2 alambiques de destilação de aguardente que ainda resistiam (Manuel Serafim, na Póvoa e Adélio Reis Pedreiras, no Cabeço) fecharam as suas portas; quando muito, um deles abrirá para "queimar" o bagaço duns amigos ou velhos clientes mais chegados. Há uns 30 anos atrás eram pelo menos 6 os alambiques espalhados pela freguesia.
Não me dá gozo nenhum pensar que daqui a meia dúzia de anos a bagaceira que vou preservando dos tempos do meu pai vai valer ouro.
Entretanto, no passado fim de semana a Clarita Aires documentou uma reconstituição história daquilo que foi nos anos 30 do séc. XX a vindima em casa dum lavrador rico de Bustos. Para mais tarde recordar...
Assim vai o noroeste daquilo que um dia se chamou o Paíz Vinhateiro da Bairrada.
*
oscardebustos
Entretanto, os melhores terrenos de Bustos para produção de vinho - argilosos ou calcários - estão num estado de completo abandono; se vinhas há é nas chamadas terras "milhanzeiras", o que significa que já ninguém está para aprender com os erros do passado.
E com uma nova geração de pequenos e bem formados produtores, espalhados por Bustos, Mamarrosa, Troviscal, Oliveira de Bairro ou Amoreira da Gândara, a vender vinhos de boa qualidade e a preços em conta, quem vai querer vinhos incaracterísticos e "martelados" a açúcar?
Os 2 alambiques de destilação de aguardente que ainda resistiam (Manuel Serafim, na Póvoa e Adélio Reis Pedreiras, no Cabeço) fecharam as suas portas; quando muito, um deles abrirá para "queimar" o bagaço duns amigos ou velhos clientes mais chegados. Há uns 30 anos atrás eram pelo menos 6 os alambiques espalhados pela freguesia.
Não me dá gozo nenhum pensar que daqui a meia dúzia de anos a bagaceira que vou preservando dos tempos do meu pai vai valer ouro.
Entretanto, no passado fim de semana a Clarita Aires documentou uma reconstituição história daquilo que foi nos anos 30 do séc. XX a vindima em casa dum lavrador rico de Bustos. Para mais tarde recordar...
Assim vai o noroeste daquilo que um dia se chamou o Paíz Vinhateiro da Bairrada.
*
oscardebustos
Óscar de Bustos:
ResponderEliminarÉ uma facto que as vinhas vão desaparecendo e com elas a azáfama da vindima.
Mas o futuro da vinicultura em Bustos não passará pelos poucos produtores que vão resistindo; esses nunca colerão amostras para aferir a estado da maturação.
O futuro passará pelos novos produtores, que já os há, e que trarão para a vinicultura Bustuense o necessário saber fazer, que permitirá aos seus vinhos rivalizar com qualquer produtor "profissional" e demarcar-se definitivamente dos "vinhos incaracterísticos e "martelados" a açúcar".
Sobre este assunto, dê uma espreitadela no meu blog http://lagar.wordpress.com