Enquanto o Largo da Póvoa se engalanava com duas capelas dedicadas ao Senhor dos Aflitos na Quinta Nova resistia uma acanhada capelinha, entretanto transformada em arrecadação. Mesmo assim insistia em lembrar o local original do culto.
Entre partilhas e vendas a propriedade foi mudando de mãos e o mesmo sucedeu ao Cristo crucificado que engalanava o altar do pequeno templo, obra datada de 1819. Curiosamente esta imagem encontra-se actualmente na Póvoa, pertencendo à senhora Maria Prudência, sogra do Mário Pinto, da Barreira, que herdou a imagem dos pais (Joaquim Simões Barreiro e Rosa dos Santos) que por sua vez a adquiriram, há cerca de oitenta anos, juntamente com o prédio onde se encontra a capela.
Entre partilhas e vendas a propriedade foi mudando de mãos e o mesmo sucedeu ao Cristo crucificado que engalanava o altar do pequeno templo, obra datada de 1819. Curiosamente esta imagem encontra-se actualmente na Póvoa, pertencendo à senhora Maria Prudência, sogra do Mário Pinto, da Barreira, que herdou a imagem dos pais (Joaquim Simões Barreiro e Rosa dos Santos) que por sua vez a adquiriram, há cerca de oitenta anos, juntamente com o prédio onde se encontra a capela.
Desconhecemos a razão, ou razões, que levaram ao fecho da capelinha, certo é que o lugar deixou de celebrar os festejos, mas estes continuaram a perdurar na memória do povo.
Pelo avanço das obras tudo indica que também a Quinta Nova quer fazer jus à tradição pelo que, possivelmente ainda este ano, nova capela será inaugurado para receber a imagem original.
Será o regresso do Santo ao seu local de origem, cento e oitenta e nove anos depois das aflições originais.
Porquê? - Perguntarão alguns, ainda incrédulos com o desbaratar de capelas e santos. Porquê mais uma capela? - Insistirão os espíritos mais rigorosos ou cépticos. E eu, no meu modo de ver, respondo-lhes que a inauguração da segunda capela da Póvoa abriu mais do que um precedente, lançou um desafio ao povo da Quinta Nova. E depois porque tudo é circular, a Terra como a vida. Impunha-se fechar o círculo, no exacto ponto onde tudo começou.
Não faltam razões para que nova capela seja inaugurada. Mas mesmo que para tal não existisse motivo, justificar-se-ia sempre o esforço de assinalar mais um recorde no livro Guinness, candidatando-se Bustos ao galardão de “vila com mais capelas erguidas em louvor do Senhor dos Aflitos.”
Um feito, meus senhores! Um feito!
Este Mundo está cheio de coisas esquisitas e interessantes. Conheço bem a 1ª Capela da Póvoa dedicada ao Senhor dos Aflitos, mas só recentemente ouvi falar da capela original na Quinta Nova. Não percebo porque é que o Povo da Quinta Nova não procedeu ao restauro da capelinha original. Isto parece-me anacrónico e despropositado. Mas em Portugal existe a mentalidade da construção e destruição do que é velho. Já aconteceu duas vezes em Bustos e, por isso, há precedentes. A história dos povos depende da preservação da cultura e dos monumentos que podem ser tão insignificantes com a capela dos Sr. dos Aflitos contruida há tanto tempo e preservada por sorte. Talvez tenha sido construida depois da Terceira Invasão Francesa e oxalá não seja agora demolida por haver uma nova em folha. Espero poder especular sobre os Franceses que aparentement passaram por Bustos causando tanta aflição.
ResponderEliminarMilton Costa
que interessante
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