(da escola de Bustos)
Mas a indústria da manipulação de Salazar não ficou por aqui.
O decreto n.º 25:305/1934, de 9 de Maio, destinado a fixar “o mobiliário mínimo para o funcionamento de cada lugar de professor” primário, no seu determinava no seu
A variedade de crucifixos e capelas do Senhor dos Aflitos chamou à colação a permanência dos crucifixos de Salazar em algumas salas das escolas.
Do envelope do correio-e. saltaram algumas imagens recentes de crucifixo esquecido nas paredes da escola do corgo.
A existência deste crucifixos nas escolas primárias remonta aos primórdios da Constituição de 1933, esta desenhada e cerzida com a bitola ajustada por Salazar.
« A introdução do crucifixo nas escolas é decretada pelo Lei n° 1941, 11 de Abril de 1934: mandava que "em todas as escolas públicas do ensino primário infantil e elementar existisse, por detrás e acima da cadeira do professor, um crucifixo, como símbolo da educação cristã[1] determinada pela Constituição." [2].
Aquele pormenor da colocação do crucifixo ‘por de trás e acima da cadeira do professor’ mostra que Salazar sabia criar engodos para seu proveito político e, um deles era o de acelerar o processo de massificação da religião católica, a coberto do cumprimento da Constituição de 1933.
Até a escolha do crucifixo normalizado partiu de Salazar, conforme a autora citada:
«O modelo [de crucifixo] oficialmente aprovado, "uma pequenina obra de arte concebida pelo génio do insigne estatuário Sr. Teixeira Lopes",…»[3].
A igreja de então não pregou prego nem estopa na 'operação crucifixo na sala de aula'.
Na mesma determinação, Salazar, a fim de combater a falsificação dos crucifixos ou de impedir a livre concorrência, ou ... , impõe que o crucifixo da catequisação de Salazar "teria de ser adquirido numa empresa muito recomendável, a União Gráfica (propriedade da Igreja católica)." [4].
Do envelope do correio-e. saltaram algumas imagens recentes de crucifixo esquecido nas paredes da escola do corgo.
A existência deste crucifixos nas escolas primárias remonta aos primórdios da Constituição de 1933, esta desenhada e cerzida com a bitola ajustada por Salazar.
« A introdução do crucifixo nas escolas é decretada pelo Lei n° 1941, 11 de Abril de 1934: mandava que "em todas as escolas públicas do ensino primário infantil e elementar existisse, por detrás e acima da cadeira do professor, um crucifixo, como símbolo da educação cristã[1] determinada pela Constituição." [2].
Aquele pormenor da colocação do crucifixo ‘por de trás e acima da cadeira do professor’ mostra que Salazar sabia criar engodos para seu proveito político e, um deles era o de acelerar o processo de massificação da religião católica, a coberto do cumprimento da Constituição de 1933.
Até a escolha do crucifixo normalizado partiu de Salazar, conforme a autora citada:
«O modelo [de crucifixo] oficialmente aprovado, "uma pequenina obra de arte concebida pelo génio do insigne estatuário Sr. Teixeira Lopes",…»[3].
A igreja de então não pregou prego nem estopa na 'operação crucifixo na sala de aula'.
Na mesma determinação, Salazar, a fim de combater a falsificação dos crucifixos ou de impedir a livre concorrência, ou ... , impõe que o crucifixo da catequisação de Salazar "teria de ser adquirido numa empresa muito recomendável, a União Gráfica (propriedade da Igreja católica)." [4].
Um negócio chorudo, de boa e certa cobrança e que poderia estar chamar umas tantas bênçãos de circunstância. [Por acaso, a colocação dos crucifixos nas escolas Primárias de Bustos não deu a ensejo a cerimónias religiosas de batina, estola ou água jordânica]
Mas a indústria da manipulação de Salazar não ficou por aqui.
O decreto n.º 25:305/1934, de 9 de Maio, destinado a fixar “o mobiliário mínimo para o funcionamento de cada lugar de professor” primário, no seu determinava no seu
“Art. 3.º - Deverá ainda haver em cada sala de aula, devidamente emmoldurado, o retrato do Chefe do Estado e, resguardada em redoma conveniente, uma bandeira nacional.”
A propósito de Jesus estar ladeado por Salazar (o bom) e por Carmona (o mau), um distinto funcionário superior da administração pública fora demitido por ter proferido em voz alta que Jesus estava entre dois ladrões.
…
O conúbio de feição política existente entre a Igreja Católica e o Estado Novo permitido pela Constituição de 1933 que deveria ter terminado com o 25 de Abril ainda se manteve até à Constituição laica de 1976.
A concordata entre Estado do Vaticano e a República Portuguesa (2004) afirma no seu ‘preâmbulo’ “ a Igreja Católica e o Estado são, cada um na própria ordem, autónomos e independentes”.
Os crucifixos das escolas primárias que ainda estão lá. foram colocados por obra do Governo e não de qualquer instituição católica.
A Constituição Portuguesa ao inscrever a liberdade de culto, não está a perseguir a religião católica, mas sim a estender o direito de opção ou não-opção religiosa a todo o cidadão nacional, sem qualquer discriminação..
A escola primária (básica) não é obrigada a ter o exclusivo do símbolo da religião católica ou de outra.
Em Bustos, está enterrado o estigma da perseguição anticlerical, tanto mais que tendo uma Junta de Freguesia laica, não tem parado a construção de capelas, de altares e de “cruzeiro-altar” ou o apoio a obras ou remendos no condomínio Igreja+Banco+Junta. Contudo, permanece viva a prepotência da Igreja Católica demonstrada no bloqueio intempestivo da marcha de um funeral civil ocorrido a 4 de Junho de 2006, na via pública.
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Em Bustos, está enterrado o estigma da perseguição anticlerical, tanto mais que tendo uma Junta de Freguesia laica, não tem parado a construção de capelas, de altares e de “cruzeiro-altar” ou o apoio a obras ou remendos no condomínio Igreja+Banco+Junta. Contudo, permanece viva a prepotência da Igreja Católica demonstrada no bloqueio intempestivo da marcha de um funeral civil ocorrido a 4 de Junho de 2006, na via pública.
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(da exposição em Freixo deEspadaà Cinta)
Defendo que o crucifixo retirado seria guardado até ser exposto em sala-museu da aula que muito bem poderia ser na própria escola do corgo. E nessa sala deveriam estar as réplicas dos desenhos pintados e oferecidos por Hilário Costa, mas que, por ser da oposição, o governo de Salazar ordenou que fossem retirados.
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[1] Provavelmente pretendia dizer católica
[2] [In MÓNICA, M.F. (1978) Educação e Sociedade no Portugal de Salazar. Lisboa: Editorial Presença], citada por New Page 1, Margarida Belchior e … «Tudo no seu lugar» 5. A sala de aula -
http://web.educom.pt/margaridabelchior/Ed_Est_Novo/s_aula.htm
[3] idem in Mónica. M. F. (1978) ... citada por por New Page 1, Margarida Belchior e … por New Page 1, Margarida Belchior e …
[4] idem in Mónica. M. F. (1978) ...por New Page 1, Margarida Belchior e …
sérgio micaelo ferreira
Podia dar pormenores sobre esse bloqueio do funeral ?
ResponderEliminarSou laico e ateu e impressionou-me esse evento.
Nao aconteceu bloqueio nenhum!
ResponderEliminarÈ tudo um mal entendido que já foi mais que esclarecido, e este senhor altino gosta é de meter achas na fogueira, ou melhor atirar areia para o ar para que todos apanhem com ela nos olhos, enfim perguntem aos intervenientes, nomeadamente ás pessoas da funerária! (triste reporter)
A esquerda bustuense anda muito ocupada com os "affaires" religiosos. Lembrem-se que antes de morrer todos se irão converter. Nessa altura acenderei uma velinha em vossa honra a S. Judas Tadeu, santo padroeiro defensor das causas perdidas.
ResponderEliminarNão se apressem a me obrigar a cumprir esta promessa porque gosto de vos ir tendo por cá, além de que o preço das velas é um gasto incomportável para um pobre católico esmagado pela esquerda socrática.
Cá por mim, faço questão de ir para o céu, onde me espera um lugar à mão esquerda de Deus.
ResponderEliminarOs 2 recentes textos de cariz religioso são uma abordagem crítica do divino, a qual não está reservada aos "zelotas".
A propósito do meu texto abaixo, as abordagens oficiais servem sempre os interesses do poder instalado, o que a explica que o 1º imperador romano cristão (Constantino) tenha imposto os evangelhos de Marcos, João, Lucas e Mateus como as únicas fontes dos ensinamentos de Cristo. Uma trintena de outros textos foi afastada, por serem considerados inconciliáveis com aquilo que Constantino queria manter como doutrina política.
Se os cristãos primitivos tivessem então voz activa o mundo de hoje seria bem diferente, para melhor claro.