17 de janeiro de 2007

ATENTADO À SAÚDE PÚBLICA

Cinquenta e três galinhas poedeiras foram encontradas mortas, anteontem, numa antiga exploração de argilas em Bustos, Oliveira do Bairro, confirmou, ao 'Jornal de Notícias', fonte policial. As galinhas foram deixadas a boiar num dos muitos barreiros existentes naquele local, que nesta altura do ano se encontram cheios de água.
Segundo José António Vicente, veterinário municipal, a causa da morte não foi apurada, mas tudo indica que terão sido liquidadas por mão humana e que a possibilidade de terem morrido pelo vírus da gripe aviária está, para já, afastada. Este responsável está convicto de que o fim do período de produção dos ovos terá levado o produtor a matar as galinhas - uma fase conhecida por refugo e que leva os avicultores a desfazer-se das galinhas - desconhecendo, no entanto, a forma como estas terão morrido.José António Vicente explicou ao nosso jornal que foram recolhidas amostras, enviadas ao Laboratório Nacional de Investigação Veterinária, e que os restantes cadáveres foram desnaturados.
Segundo o veterinário municipal, "estamos perante um atentado à saúde pública, mas felizmente os cadáveres foram encontrados poucas horas depois de terem sido colocados naquele local, o que impediu que as águas da lagoa ficassem contaminadas quando entrassem em decomposição".
José António Vicente explicou ainda que as 53 galinhas eram todas iguais e apresentavam lesões na zona onde os ovos são produzidos, não apresentando rigidez cadavérica, o que "prova que terão sido abandonadas naquele local há muito poucas horas", explicou ontem ao 'Jornal de Notícias'.Uma fonte policial explicou, ao JN, que o caso vai ser dado a conhecer ao Ministério Público de Oliveira do Bairro, que desencadeará as respectivas investigações, não havendo, no entanto, qualquer suspeita de quem terá sido o autor de semelhante atentado.

Pedro Fontes da Costa

2 comentários:

  1. São 53 criaturas inocentes que se perdem e centenas de pintaínhos a quem foi negado o direito à vida.
    Espero que a necrópsia revele a existência de infanticídio, sobretudo numa altura em que se discute o direito à vida versus direito à IVG (interrupção voluntária da gravidez).
    Até ao referendo e de acordo com o que dispõe o artigo 140º do Código Penal, será punido com pena de prisão de 2 a 8 anos quem fizer abortar.
    Como se não bastasse, é a carne das galinhas que se perde e os ovos que deixamos de poder estrelar, estufar ou cozer.
    Que barbárie!

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  2. Anónimo19:10

    Oscar, Oscar, Oscar...

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