Ter um destino é não caber no berço
Onde o corpo nasceu.
É transpor as fronteiras uma a uma
(...)
(Miguel Torga, Fernão de Magalhães, Antologia Poética, Publicações Dom Quixote, 5ª edição, 1999. um excerto)
Para todos nós ...“foi uma felicidade termos tido o prazer de viver perto dele durante todos estes anos” (Alcides)
Luciano Gomes da Silva Francisco de Freitas
Aos 9 anos veio, com os três irmãos, para Samel, depois da súbita morte da sua mãe Francisca Gomes da Silva no Brasil. O pai, Joaquim Francisco de Freitas, voltou a casar e teve duas filhas, Maria e Humbertina, ainda vivas, residentes com família em Manaus, Brasil. Os irmãos Joaquim, Menano e António já faleceram em Portugal.
Luciano aprendeu a alfaiate e foi assim que chegou a Bustos.
Em 1934, casou na Póvoa de Bustos com Eugénia dos Santos (Fabiano), filha de Sebastião Simões Fabiano e de Maria dos Santos, passando a residir na 'Rua da Póvoa' até emigrar para a Venezuela.
Uns anos depois de casar, convidou um amigo, Adriano Rodelo, a formar sociedade com ele na Póvoa. Foi assim que o Ti’Adriano conheceu e casou com Caurina Luzio, vizinha da ‘Rua da Póvoa’.
O Ti’Adriano Alfaiate veio e ficou em Bustos para sempre.
Em 1945, já com os filhos nascidos (Alcides com 7 anos e Élio com 1) Luciano emigrou para Venezuela, onde viveu até 1975, ano em que os Freitas se juntaram na Califórnia. Aí viveu com a Eugénia até 2007, quando a morte o levou aos 92 anos de idade, no dia 20 de Janeiro de 2007, após 72 anos de casado.
Data de 1991 a sua última visita a Bustos.
Ainda na Venezuela, Luciano Freitas mandou fazer a casa na Quinta Nova. No mesmo local, onde os filhos (que visitam assiduamante o seu terrunho) edificaram a moradia a perpetuar a homenagem a seus Pais.
Curvo-me perante a memória de Luciano Gomes da Silva Francisco de Freitas, enviando um abraço amigo à família: Eugénia dos Santos Fabiano,(sempre com Bustos no coração); ao Alcides e esposa Helen, ao neto Nelson e esposa Jeanne e ao bisneto Jack Freitas; ao Élio e esposa Anita e às netas Lisa e Marisol. A Maria e Humbertina e aos muitos sobrinhos/sobrinhas e aos ramos familiares de Samel, do Brasil e de Bustos.
Nota:
Agradeço a Élio Freitas as preciosas notas biográficas.
Élio Freitas recorda que “Luciano era assinante do JB há muitos anos, jornal que lia sempre com muito interesse e saudades da terra que o viu crescer”.
srg