30 de junho de 2005

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA AO RUBRO

A última Assembleia da Freguesia de Bustos, realizada no dia 29, foi muito polémica e tensa. Em especial quando, no tempo dedicado às intervenções do público, o Presidente da União Desportiva de Bustos, Fernando Vieira, revelou toda a sua revolta.

José Manuel Domingues, o presidente da Assembleia, começou por ler um texto indignado com as palavras proferidas pelo deputado do PSD, Paulo Alves, no decorrer da Assembleia Geral anterior, quando foram abordados os festejos do 18 de Fevereiro. Alegadamente Paulo Alves terá dito que o presidente da mesa da Assembleia da Freguesia não teve a dignidade de convidar o líder da oposição, Mário Rui Belinquete, para a mesa da sessão solene comemorativa do aniversário da freguesia. Paulo Alves, apesar de discordar, pediu desculpa ao presidente da Assembleia e, para desfazer todas as dúvidas, requereu a audição da gravação dessa Assembleia, onde, segundo a sua versão, se terá referido ao presidente da Junta, Manuel Pereira, que não teve a dignidade de convidar o Presidente da Assembleia de Freguesia de Bustos e o líder da oposição para integrar a mesa da sessão solene.
A Acta do Assembleia não é clara sobre este assunto pelo que a questão ficou sem um esclarecimento definitivo.

O presidente da Junta informou que propôs nomes para várias ruas de Bustos. Nomes como “Rua do Coveiro”, “Rua do Fogueteiro”, “Rua do Rogério”, “Rua do Mário Canão” e um ou outro nome desconhecido dos deputados. Estranhamente não indicou nenhum nome de cidadãos que de alguma forma se destacaram na vida de Bustos ao longo dos últimos oitenta anos!
Em consequência os deputados do PSD pediram que fosse constituida uma comissão para analizar e dar nomes às ruas; pretensão negada por Manuel Pereira que, peremptório, afirmou que já estava tudo resolvido e que a informação até já tinha sido entregue à Câmara.

Aproximava-se o fim da Assembleia quando aconteceu a grande surpresa com muita emoção à mistura. Entraram na sala vários membros da Direcção da União Desportiva de Bustos. Fernando Vieira, presidente da U.D.B, pediu a palavra no período aberto ao público e começou por dizer que integrou as Lista do CDS/PP para a Assembleia Municipal, “contrariando todos os seus princípios políticos”, porque lhe prometeram construir o novo parque desportivo durante o presente mandato. Ao longo dos últimos quatro anos sempre lhe prometeram que o novo parque iria ser construído. Só tal não aconteceu como, recentemente, soube que a Câmara tinha oferecido 262.000 euros para relvar mais um campo do Oliveira do Bairro Sport Clube.
Perante tal notícia o presidente da U.D.B mostrava-se indignado. E referiu mesmo que foi o clube que pagou os montes de saibro espalhados no local do futuro parque desportivo. A Câmara apenas ofereceu o transporte.

No fim da sua eloquente intervenção Fernando Vieira pediu ao Presidente da Assembleia de Freguesia que diligenciasse no sentido de pedir à Câmara verbas para a construção do novo campo da UDB e desafiou o Presidente da Junta a renunciar à sua recandidatura se a Câmara não disponibilizasse tais verbas. Em resposta o presidente da Assembleia prometeu escrever à Câmara, depois solicitou a Manuel Pereira que se pronunciasse sobre o que pretendia fazer. O Presidente da Junta corou, olhou para uns papéis e nada disse.
E assim se deu por encerrada a Assembleia de Freguesia do dia 29 de Junho.

Milton Costa

UDB - BENJAMINS NA GALIZA

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Benjamins do futebol, Escolas A (10 anos) e B (11), mais os infantis (12) da União Desportiva de Bustos (UDB) , enquadrados pelos respectivos treinadores, vão participar – pela segunda vez – em torneio a disputar em A Coruña de 7 a 10 de Julho.

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A comitiva será transportada por autocarro camarário.

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No ano passado, mealheiros e viaturas de familiares dos atletas tiveram de comparticipar directamente no transporte do grupo (1).

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Este ano, a pré-campanha eleitoral está a dar uma substancial ajuda.

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Almejo um agradável convívio; que a embaixada da União Desportiva deixe um rasto de saudade e o fair-play venha reforçado nas mentes.

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O catalizador desta iniciativa é o Dr. Fernado Vieira que conta com grande adesão dos familiares dos benjamins.

Para que conste.

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(1) Rectificação: Recebido de um e-viajante identificado, transcreve-se:
“… a nossa Câmara … nunca apoiou a UDB.

É verdade, por exemplo, que o ano passado a malta teve de se desenrascar nos transportes, pois a Câmara mandou um autocarro levá-los lá, mas veio embora mal chegou. Todas as outras equipas (várias delas do norte português) tinham autocarros e carrinhas para levar os putos a passear. A nossa malta levou a velha e perigosa carrinha do Bustos (eu k o diga, que transporto os Infantis nela) e as mulheres (... e outras mães) alugaram uma carrinha … Alguns pais e o Fernando (Dr.) foram em carro próprio.”

A César, o que merece ser dele. (7.07.2005)

Sérgio Micaelo Ferreira

28 de junho de 2005

«FÓRUM DE BUSTOS», 2005 ... ESPERA POR NÓS

O novo «Fórum de Bustos», relativo ao ano corrente, está para breve! Este almoço de confraternização e convívio dos Bustuenses está marcado para sábado, 30 de Julho próximo, no restaurante do Rafael e as inscrições já estão a fazer-se.

Pode talvez estranhar-se que os filhos desta terra queiram reunir-se anualmente, quando estão, aparentemente, em contacto contínuo na medida em que habitam no mesmo espaço. Mas não é bem assim, na realidade. As formas do viver actual são deveras dispersivas. Há caras que «desaparecem da circulação» durante longos períodos e que dá gosto tornar a rever. E há bastantes Bustuenses emigrados, transplantados, enfim, ausentados. Para estes, o «Fórum» é uma festa - uma festa que acaba por abranger a todos! Para além do prazer dos inúmeros reencontros que permite, saudados com abraços efusivos e palmadinhas nas costas, estas reuniões têm o interesse adicional de permitirem focar algumas questões de interesse geral para Bustos. Este ano poderão ser: o futuro a dar aos barreiros explorados, o trânsito dos camiões que continua a fazer-se pelo centro da Vila, a necessidade de uma solução urbanística para desafogar este centro cívico, a zona desportiva do Sobreiro, o parque desportivo que se projecta à beira da Junta de Freguesia, o destino a dar à antiga escola primária caso venha a ser desactivada, etc., etc.
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Uma terra em crescimento não pode deixar de ter problemas.
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O «Fórum» é o local e o momento para focar e debater estas questões de interesse geral - daí o seu nome! - e sempre sem cair em particularismos estreitos ou em ataques pessoais.
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Será o terceiro «fórum» que realizamos com este formato. E assim como vamos hoje à «praça» ou ao adro, livremente, assim também poderemos participar nesta reunião de convívio cordial e fervor bairrista. É uma iniciativa aberta a toda a gente. Basta que os interessados façam as inscrições junto de um dos organizadores (ver abaixo os contactos respectivos).Depois compareçam. Ao meio-dia chegarão os primeiros entusiastas, pois o momento é de festa e comezaina; às 12h30 deve chegar a malta toda; e às 13 horas começará a almoço a ser servido.
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O preço será de 25 euros. Não conseguimos mais barato o que pretendíamos.
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[Por motivos logísticos, as inscrições encerram no dia 23 de Julho, sábado]
Os organizadores:

Mílton Costa
Oscar Santos

24 de junho de 2005

HOMENAGEM AO AMARAL

Quero associar-me a esta justa homenagem. Muitas razões me impõem isso, a começar pelo parentesco (seu pai, Manuel Reis Pedreiras, era irmão de minha mãe), a continuar por uma amizade desde sempre a brilhar, e a culminar no apreço que merece a sua verticalidade e a sua honradez.
Mas o sofrimento que atingiu o amigo Amaral e família às mãos selváticas da Pide também me abrangeu, tornando-nos como que «irmãos de sangue» naquela «guerra» que semeou doloroso negrume no tempo das ditaduras salazarista e marcelista. Eu estive três meses completos «hospedado» na Pide de Coimbra, sob acusação de pertencer ao Comité Central do Partido Comunista, que só foi retirada depois da Pide «investigar», torturando-me o corpo, em busca de «confissão» (uns 20 dias de inferno, duas noites de intervalo) até que se convenceu de que tal (que desilusão!) não era mesmo verdade.
Tanto eu como o Amaral, ou o Pompeu, naquele tempo, o que fazíamos de «político» resumiu-se sempre a ler uns papéis informativos (clandestinos, claro, pois a censura à imprensa não deixava alternativa). Aliás, nunca tive partido em toda a vida e creio que o Amaral jamais se filiou, até porque ambos sempre recusámos qualquer actividade política digna desse nome.
O Amaral, citado pelo Belino Costa, fala de mim para lembrar como lhe apresentei em Bustos um certo fulano. Ele não sabia que era do Partido Comunista e eu acredito, mas tão-pouco eu o sabia! O máximo que então podíamos ter, nestes casos, eram simples suspeitas. Impunham-no regras de segurança recíprocas. Acresce o seguinte: quando lhe apresentei o fulano, evidentemente eu não poderia saber o que iria passar-se depois.
Quando o soube, um dia em que o Amaral, preocupado deveras, desabafou comigo ao encontrar-me na terrinha, fiquei informado dos apoios e das quebras de segurança gravíssimas que estavam a verificar-se e preveni o Amaral dos perigos tremendos que estavam a amontoar-se para todos. E fiquei também eu deveras preocupado… pois o Amaral, bom de coração, não tinha coragem de retirar a confiança a quem a dera e apesar de tudo já não lha merecia…
Enfim, coisas passadas, recordações do antigamente, das suas lutas e dificuldades talvez agora pouco compreensíveis. Mas honra-se Bustos com cidadãos íntegros e corajosos como Amaral Reis Pedreiras. A nossa terra fez-se, faz-se e refaz-se com gente desta altura e desta têmpera! A alma de Bustos é a alma do Amaral!
Se os amigos resolverem promover uma homenagem a este grande Bustuense, quero participar nela de coração aberto. Se não se efectivar, aqui fica desde já o meu testemunho.

Arsénio Mota

UM HOMEM ÍNTEGRO!

Faz amanhã 37 anos que Amaral Simões dos Reis Pedreiras foi levado pela polícia política do Estado Novo para a prisão, em Coimbra. A sua história é o exemplo de como um homem bom, sem aspirações políticas ou militância partidária, foi preso e torturado. E tudo porque foi incapaz de negar um pedido de ajuda, obedecendo à sua consciência, a um inato sentido cívico, a um profundo amor à liberdade.
E a prisão, a tortura, a constante perseguição policial não o vergaram nunca, mais lhe incutiram a obrigação, a coragem de afrontar a ditadura de Salazar e Marcelo. Foi essa coragem, essa consciência cívica que o levaram a ser candidato pela Oposição Democrática (CDE) nas pseudo eleições parlamentares de 1973. Ao lado de homens como Álvaro Seiça Neves, Neto Brandão e José de Oliveira e Silva mostrou o que é ter coragem e honra.

Escrevia-se então no desdobrável da candidatura oposicionista:

“Amaral Simões dos Reis Pedreiras. Agricultor. Natural de Bustos, concelho de Oliveira do Bairro, nasceu em 1927. Muito considerado na região bairradina, participou em todas as campanhas eleitorais e movimentos cívicos levados a efeito no distrito, designadamente em Aveiro. Apoiou as candidaturas à Presidência da República de Norton de Matos, Rui Luís Gomes, Arlindo Vicente e Humberto Delgado. Tomou parte activa nos três Congressos de Aveiro, tendo, no último, pertencido à Comissão Distrital.”

Amaral é o resistente livre e independente a quem nunca interessou o poder político. Sempre o recusou. Recusou-o em Bustos, logo depois do 25 de Abril, quando a maioria o indicava para a presidência da Junta de Freguesia, recusou-o no Concelho quando o convidaram para integrar a direcção do Município. Tudo o que fez, tudo aquilo porque passou nos tempos de Salazar e Caetano foram ditados por uma única ambição, a liberdade.

Amaral é o anti-fascista, o republicano por essência, o cidadão solidário, o democrata generoso. Isto no tempo em que tudo nos era proibido.

Por mim comovo-me, e agradeço o exemplo. Pela sua verticalidade, pelo extremo sentido de honra, pela coragem com que enfrentou as maiores torturas permanecendo fiel aos seus princípios e valores.
Um homem íntegro!

Belino Costa

AMARAL REIS PEDREIRAS: “TORTURADO ATÉ PERDER A CONSCIÊNCIA”

- Qual é a primeira lembrança que tem da polícia política do Estado Novo, a PIDE?

- Comecei a lidar com a PIDE no ano em que o meu pai foi preso. Levaram-no para Coimbra em 1955 e eu ia lá visitá-lo todos os dias, até que ele adoeceu. Levaram-no para o Hospital onde estava sempre acompanhado por um PIDE, que era rendido de quatro em quatro horas. Eles não gostavam de me ver, viravam-se para mim e diziam que me ia acontecer o mesmo. Não queriam que o visitasse, mas eu nunca deixei de ir.

- O seu pai era Manuel Reis Pedreiras, também da Póvoa. Bateram-lhe?

- Não, a ele não lhe bateram. Em jeito de gozo até lhe diziam que um dia ele ainda havia de ser um deles ao que o meu pai, sem medo, respondia:” Só se vocês mudarem para o MUD”, que era o movimento da oposição a Salazar. Ele tinha sido preso porque o acusaram de ter distribuído propaganda politica. E era verdade! Esteve um mês nas mãos da PIDE, mas como estava doente acabaram por o mandar para casa, diziam que ele estava arrumado. Ele veio para morrer mas ainda resistiu.

- E no seu caso, como se deu a prisão?

- O Arsénio Mota um dia abordou-me no café e falámos sobre a situação política. Estava uma pessoa com ele e o Arsénio disse-me:” Quando este senhor vier por aqui atende-o bem.” Disse-lhe que sim, pois se ele o pedia…
Passado um tempo passa por aqui um outro senhor, chamado José Guerreiro Drago e dei-lhe dormida por duas ou três vezes. Quem ajuda não faz perguntas e eu não sabia que ele era funcionário do Partido Comunista Português. Ora ele lidava com um tal Ribeiro, de Aveiro, que a PIDE entretanto prendeu. Foi na prisão, ao que sei com promessa de ser libertado, que esse Ribeiro denunciou o Drago. Também o Drago foi preso e, já paranóico com tanta tortura, diz um nome, Tita. A PIDE, que sabia que ele tinha estado em Bustos, pede informações para cá e os informadores locais respondem que a Tita é a filha do Amaral Pedreiras.

- Mas Tita é um mero diminutivo, nem sequer é nome próprio!

- Pouco interessou para o caso. Fui preso e o Pompeu João Domingos também. Tiveram-me em Coimbra desde 25 de Junho até 31 de Agosto desse ano 1966.

- Como foi tratado?

- No primeiro dia deram-me pancada. Disseram:” Tens aqui papel e lápis, só tens que escrever os nomes.” Como eu não escrevia batiam-me. No segundo dia mudaram de estratégia passaram à tortura da estátua. Eu tinha de estar sempre em pé, sem poder mudar de sítio ou fechar os olhos. E batiam-me quando lhes respondia que eu não tinha nada para escrever. Estive cinco dias nesta tortura de sono, mas a partir do terceiro dia já não tinha força, nem consciência de nada. Deixei mesmo de saber o que se passava à minha volta durante dois dias. Não me lembro de nada, só daquilo que os meus colegas de cela mais tarde me contaram. Saí em 31 de Agosto depois de ter pago uma caução de vinte escudos na Caixa Geral de Depósitos.

- Livrou-se deles…

- Não livrei nada. Eles vieram aqui a casa e baldearam tudo à procura de “coisas”, a intimidação continuou e quatro meses depois, no primeiro de Dezembro sou avisado que ia ser preso novamente.

- Podia ter fugido.

- Não fugi. Passados três dias recebo ordem para ir ao posto da GNR em Bustos, já eu sabia para quê porque um amigo me tinha avisado. Fui lá e disse: “Eu não fujo mas tenho umas coisas a tratar com o meu irmão Chico (Humberto Pedreiras) por isso deixe-me ir tratar das minhas coisas que volto mais tarde”. O Chefe Celso responde-me:” Você não diga nada mas foi a PIDE que nos ligou. Vá lá tratar das suas coisas e volte quando puder”.

- E voltou?

- Voltei logo que tratei das coisas com o meu irmão. Às três horas levaram-me para o Porto. Foi nos primeiros dias de Dezembro. Fiquei detido até ir responder a Tribunal no dia 3 de Março de 1967, o dia em que fazia 40 anos. Voltei ainda mais duas vezes a Tribunal acabando por ser absolvido, mas com medidas de segurança por um período entre 6 meses e 3 anos.

- Isso significou o quê?

- Que estive mais 15 dias preso no Porto.

- Acabou aí?

- Ainda não, depois levaram-me para o forte de Peniche. Estive detidos dezanove meses e meio, já depois de ter sido absolvido. E quando saí fui obrigado a assinar que não podia estar num grupo com mais de cinco pessoas e ficava com a obrigação de me apresentar ao Presidente da Camâra todos os meses, no primeiro dia útil de cada mês. Mais tarde passei a apresentar-me na GNR de Bustos. Isso durou três anos…

- Três longos anos…

- Quando me libertaram fiz questão de ir levantar o dinheiro da caução que tinha pago inicialmente, os tais vinte escudos. Pois cobraram-me dois por cento por terem ficado com o meu dinheiro!

- E a vida em Peniche, deve ter conhecido presos famosos?

- Alguns, como o Varela Gomes e o Blanquim Teixeira. Quando cheguei estive na cela disciplinar e depois passei para as salas com nove presos, onde fiquei até vir embora.

- O mais espantoso, pelo menos para mim, é que o Amaral não era um verdadeiro “agitador político”. Limitou-se a ajudar, a ser solidário.

- Eu nem sabia que o Drago era do Partido Comunista. Ele pediu-me ajuda e eu ajudei-o, mas cheguei a dizer-lhe para ele se afastar, que não me queria comprometer.

- Mas comprometeu-se, chegou a ser candidato a deputado pela oposição democrática nas “eleições” de 1973?

- Eu não queria, não tinha capacidade para isso. Foi a primeira vez em que me meti em qualquer coisa política. E só aceitei porque mo pediu esse grande amigo que era o Álvaro Seiça Neves.

- Esteve também para ser Presidente da Junta de Freguesia na sequência do 25 de Abril.

- É verdade, queriam que eu fosse o Presidente. Foi quando o povo se juntou no café Primor e votou de dedo no ar. Insistiram muito comigo e não aceitei, pelo que ficou o Hilário Costa como presidente. Mas não me livrei de ficar como tesoureiro. E lá fomos eleitos os três, o Hilário presidente, eu tesoureiro e o Jó Duarte secretário.

- Ocupou outros cargos?

- Nessa mesma altura também me propuseram para a Câmara mas disse que não. Nunca fui homem dado ao poder, nem nunca fui político.

- Mas integrou outras associações.

- Estive ligado à União Liberal de Bustos, ao futebol quando houve a fusão dos Canecas e Gavetas e fiz parte do ABC na fundação.

B.IAmaral Simões dos Reis Pedreiras, nasceu na Póvoa de Bustos no dia 3 de Março de 1927, é filho de Manuel Reis Pedreiras, da Póvoa, e Maria Augusta Simões Aires, da Azurveira. Casado com Ditosa das Neves Mota, da Póvoa, tem dois filhos: Élio Neves Reis Pedreiras e Maria Augusta Neves Reis Pedreiras.

Belino Costa

23 de junho de 2005

‘ATL’ DE JULHO … EM DIVERSÃO

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(recomendação: para ampliar, clicar sobre a imagem)
Alegria. Movimento. Diversidade. Ao livre. Sol. Mar. Eis alguns ingredientes a ancorar as actividades da turma de 23 alunos das “ATL” da SOBUSTOS:
Natação na Piscina-Tanque da Mamarrosa;
Visita de estudo ao Santuário de Fátima;
Lazer nas praias da Vagueira, Costa Nova do Prado e Barra (Quinzena de Praia);
Visita a Parque Biológico;
Sessão de Cinema (Aveiro).
(Eventualmente o programa poderá ser alterado).

As “ATL”/JULHO2005 da SÓBUSTOS vão conjugar a formação das crianças com divertimento.

Sérgio Micaelo Ferreira

POSTAL DO ROSSIO 9 <> CONSERVAÇÃO CHEGOU AO PORTÃO DO CEMITÉRIO

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[recomendação: para ampliar, clicar sobre a imagem]

Na coluna OS VIVOS E OS MORTOS <> Sobre a ampliação do cemitério <> do blogue Bustos – do passado e do presente, de 28 Março 2005, está “[Um lembrete para a Junta de Freguesia] – O portão do cemitério, datado de 1884, mostra obra de artista em estado de desleixo. Está a pedir trabalhos de conservação.]” aqui
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Eis uma boa notícia. Actualmente, estão a decorrer obras de reparação na entrada principal do cemitério.
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Será chegada a oportunidade da Junta de Freguesia patrocinar um estudo sobre a serralharia de Bustos?

E outro estudo sobre a antiga cantaria do cemitério? [Se não o fizer, as melhores peças da arte de canteiro desaparecerão ao serem substituídas por novos materiais a utilizar nas campas]
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Senhor Presidente da Junta de Freguesia, faça um esforço no sentido de ajudar a preservar a "Memória de Bustos".

...
Sérgio Micaelo Ferreira
[Rossio da Póvoa, um topónimo a recuperar]

OBRA EM RITMO DE ESTAR PARADA!!!

22 de junho de 2005

MÁRIO JOÃO É O CANDIDATO DO PSD

De acordo com o “Jornal da Bairrada” o PSD concelhio já escolheu o candidato do partido nas eleições à presidência do município de Oliveira do Bairro. Trata-se de Mário João Oliveira, um administrador da Recer, de 42 anos, que vive em Águas Boas. Desta vez será a sério?
A notícia pode ser lida aqui.

21 de junho de 2005

BUSTOS ALDEIA - BUSTOS VILA

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(recomendação: clicar para ampliar a imagem)

A entrada no termo de Bustos pela Estrada Municipal nº 596 está assinalada com o brasão de 3 estrelas da Freguesia de Bustos.
[O estatuto de ‘Vila’ vem acrescentar mais um castelo à heráldica]
Um pequeno gesto autárquico poderia actualizar a sinalética informativa da Vila.
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O que não significa a perda da sua ruralidade.

18 de junho de 2005

O “Rafael” no jornal “ Público

O Restaurante Rafael é cada vez mais uma referência no panorama gastronómico nacional. Depois de ter sido eleito pelo jornal “Expresso” com um dos melhores restaurantes portugueses é referido, hoje, no jornal “Público” de forma altamente elogiosa.


“ Em Bustos, na Bairrada, há um restaurante que não serve leitão assado, mas tem uma “ sopa à lavrador dos anos 30” que deixou David Lopes Ramos em êxtase. Caldos destes já não se fazem, o que se lamenta, pois são ricos, alimentícios, saborosíssimos e dão saúde!” – escreve o articulista do diário nacional, justificando:
“ A terrina chega cheia e fumegante à mesa. O cheiro a caldo em que se misturam os aromas de couves frescas, feijão vermelho, enchidos e carne de porco curados com sal, lentamente cozinhados deixa um apreciador à beira do êxtase. (…) É um caldo e tanto, que, com um naco de pão, alimentou durante décadas, gerações de trabalhadores do campo de várias regiões de Portugal.”

17 de junho de 2005

BUSTOS - URGE REPOR BOCA-DE-INCÊNDIO, (Está reposta em outro local)

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(Clicar sobre a imagem para obter ampliação)
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A ampla cobertura da distribuição de água “da companhia” ao domicílio foi possível graças a expressiva comparticipação de Fundos Comunitários. Até ao momento não se vislumbra qualquer placa a assinalar a referência aos doadores.

Na área abrangida pela rede pública do fornecimento de água, estão estrategicamente colocadas Bocas-de-Incêndio – uma clara nota mostrar um fácies urbano da Freguesia de Bustos.
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Ora, no dia 1 de Março/2005, a Boca-de-Incêndio localizada próximo do cruzamento da Av. São Lourenço com a Rua Jacinto dos Louros (ver esquema) foi arrancada na sequência de um aparatoso acidente.

Até à data, 15 de Junho/2005, a “Saída de Água” não tinha sido recolocada recolocada.

Sendo desnecessário evidenciar a utilidade da existência destes pontos de apoio ao Serviço de Bombeiros, chama-se atenção para que seja reposta a referida Boca-de-Incêndio.

Sérgio Micaelo Ferreira, Rossio da Póvoa


Em tempo:
A "Boca de incêncio" foi recolocada no estreito passeio do lado sul da Rua Jacinto dos Louros junto ao cruzamento com a 'Avenida' São Lourenço..

15 de junho de 2005

NOSSA SENHORA DOS EMIGRANTES

A festa em honra de Nossa Senhora dos Emigrantes, que se realiza nos próximos dias 31 de Julho e 1 de Agosto, na Azurveira, já tem programa.
Domingo (dia 31) será dedicado aos “jovens com mais idade” e o arraial animado pelo duo Ricardo Silva.
No dia 1 de Agosto (“dia dedicado à juventude”) o arraial nocturno será abrilhantado pelo agrupamento musical Central, realizando-se durante o intervalo um sorteio de rifas.

14 de junho de 2005

Postal do Rossio 8


(instrução: clicar sobre a imagem)

POSTAL DO ROSSIO 8 «» BUSTOS – MONTRA DE CIDADANIA?


Abordar a necessidade da implantação de sinalética objectiva, sóbria e necessariamente eficaz de orientação e de localização é estar a chover no molhado.
Se o trânsito entre o nó do Fontão [A17] e a Zona Industrial do Barreirão (Bustos) circulasse a nascente de Ouca, traria algum alívio ao centro da vila. Só que esse percurso não tem qualquer placa de orientação para Bustos.
A autarquia local terá condições de negociar com as autarquias vizinhas (Vagos/Ouca) a implantação dessas placas de sinalização?
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A bifurcação da Rua 18 de Fevereiro com a Rua da Póvoa tem sinalética encoberta por contentor do lixo. É outra situação a merecer reparo e de fácil solução.

Sérgio Micaelo Ferreira.
Rossio da Póvoa, um topónimo a recuperar

13 de junho de 2005

EUGÉNIO DE ANDRADE PARTIU

Póvoa de Atalaia (Fundão) 19.01.1923 * Porto 13.06.2005

língua em que escrevo;
ou antes:
falo.
(in
Eugénio de Andrade, Rente ao Dizer)


Poeta laureado, lido e traduzido «sente que cumpriu o que lhe era exigido, como refere num dos seus textos: "Estou contente, não devo nada à vida e a vida deve-me apenas dez reis de mel coado, estamos quites, assim o corpo já pode descansar"». Assim dava conta o Jornal de Notícias quando da atribuição do Prémio “Vida Literária”/2000 da Associação Portuguesa de Escritores.


Registe-se que Póvoa de Atalaia (Fundão) dispõe de uma exposição dedicada ao seu conterrâneo Eugénio de Andrade (José Fontinhas), onde se pode ler:

O lugar da casa


Uma casa que nem fosse um areal

deserto; que nem casa fosse;
só um lugar
onde o lume foi aceso, e à sua roda
se sentou a alegria; e aqueceu
as mãos; e partiu porque tinha
um destino; coisa simples
e pouca, mas destino:
crescer como árvore, resistir
ao vento, ao rigor da invernia,
e certa manhã sentir os passos
de abril
ou, quem sabe?, a floração
dos ramos, que pareciam
secos, e de novo estremecem
com o repentino canto da cotovia.”

A partida de Eugénio de Andrade abre a porta para a divulgação da sua Poesia. Haja vontade de o fazer.

aqui aqui



DE PÉ PARTIDO


Aconteceu há pouco mais de uma semana. Carlos Alves tropeçou e caiu. Partiu um pé. Mas continua de pé, embora envolvido em gesso! Com tempo para meditar. Acidentes destes, até para quem não é donzela nem vai fremoso e não seguro, estão sempre à espreita -- que o diga quem isto escreve!
Não admira, por isso, que a sua cadeira na barbearia esteja e vá continuar uns tempos sem oficiante. Tem de ser, o gesso nem sequer permite coçar o calcanhar, agora remendado a platina e parafusos inoxidáveis...
Que mestre Carlos fique novamente rijo e dançarino para tudo e mais alguma coisa, sem esquecer os preparativos para a nova cegada do Entrudo de 2006!
A.M.

9 de junho de 2005

IMPONENTE MEMORIAL ACOLHE MORTOS EM COMBATE

A inauguração do “Monumento aos Combatentes do Concelho de Oliveira do Bairro” nas Antigas Colónias irá acontecer no próximo dia 12 (Domingo). O convite camarário não esclarece se a homenagem é dedicada aos militares mobilizados post-1960 ou se abrange os expedicionários para Angola, Moçambique durante a 1ª e a 2ª Guerra Mundial.

A nossa comoção implodirá ao soar o toque de silêncio em homenagem aos camaradas que doaram o seu sangue à Bandeira Portuguesa. Os seus nomes agora impressos em condigno memorial estão patentes para manter viva a memória de um percurso da nossa história que culminou com a revolução do 25 de Abril.
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Em forma de lâmina rectangular, o imponente Memorial tem a tonalidade do sítio do teatro das guerras do fim do império português e evidencia uma sublime verticalidade sustentada, de um lado, pela força telúrica cerzida com as lágrimas vertidas pelas mães do concelho, e do outro, pelo sangue dos combatentes derramado ao serviço do País.
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De realçar a existência em Oliveira do Bairro de dois monumentos a homenagear os militares mortos em combate.
Cabe à Câmara ultrapassar o estádio da inauguração e promover eventos anuais que contribuam para avivar a memória de episódios históricos relacionados com a participação de Portugal nesses conflitos bélicos.

Segundo informação, o espaço envolvente do Memorial é exclusivo da Homenagem aos militares do concelho mortos nas colónias, durante a Guerra Colonial – por imposição da Liga dos Combatentes.
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  • Está retomada a proposta apresentada pelo PS de prestar a devida homenagem que agora é levada a efeito.
  • Até porque é de entendimento duvidoso a intrusão “à sucapa” de qualquer outra homenagem, por mais habilidosa que seja a argumentação.

  • A partilha do local com qualquer outra homenagem, por mais justa que seja, carrega de menosprezo o símbolo da farda vestida pelos militares que em tempo serviram nas colónias.
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  • O sangue derramado em África pelos Combatentes (naturais do Concelho) merece ser respeitado... Em sóbrio lugar de honra.
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Programa da inauguração em Oliveira do Bairro, apoiado no Convite Popular emanado da Câmara e datado de Junho de 2005:
  • Domingo, dia 12.
    18H00 – Missa na Igreja Matriz;
    19H15 – Inauguração do Monumento, situado no topo Norte da Avenida Abílio Pereira Pinto.

    Presidirá à cerimónia o Presidente da Liga dos Combatentes, Ten.-General Joaquim Chito Rodrigues.


Ao acto estará presente a Comissão (“ad hoc”) Organizadora do Núcleo da Liga de Combatentes de Oliveira do Bairro.
Os voluntários – Amílcar Santiago, António Joaquim, Victor Pinto (TM 936 101 296) e Arlindo Oliveira – estão mobilizados para participar na campanha de formação do Núcleo de Oliveira do Bairro da Liga dos Combatentes (segundo dados recolhidos do Jornal da Bairrada, 09.06.2005).

Espera-se elevada adesão dos ex-combatentes do município ao novo Núcleo.

  • Sérgio Micaelo Ferreira, Rossio da Póvoa
  • (sócio da Liga de Combatentes)

8 de junho de 2005

ARSÉNIO MOTA COERENTE COM AS RAÍZES

"Nós somos feitos de palavras" (Arsénio Mota, RTP-2; 7.06.2005)
O escritor Arsénio Mota foi entrevistado por Raquel Santos no programa "Entre Nós" da Universidade Aberta.
"O Tapete Voador" é o mordomo do início da conversa.
Durante cerca de meia hora o autor "viaja" desde o tempo do "ensaio da expressão poética" com a publicação de dois livros de poesia. (1955 e 1956). Foi a fase da experimentação da palavra escrita que modelou "o sonho, numa constante davida" (António Gedeão).
A incursão na poesia, apesar de ter curta duração,"foi uma iniciação muito útil" que lhe permitiu criar "pontes para poder chegar a outros lados".
Com uma mesa amplamente decorada de variados títulos especialmente dedicados a jovens (de todas as idades), Arsénio Mota realça a preocupação de associar ao texto ilustrações de artistas de nomeada - Júlio Resende, Carlos Carreiro, Armanda Passos, Emerenciano, Fernando Lanhas, António Modesto entre outros.
O mesmo cuidado persegue no convite a companheiros de escrita para prefaciar um ou outro título. Vem à colação Pires Laranjeira e Arnaldo Saraiva, docentes universitários e Amigos do Autor.
A exibição de "Letras Sob Protesto", (Campo das Letras, 2003) era inevitável. São cerca de 180 páginas a radiografar o estado da literatura. Arsénio Mota "releva bastante uma atitude cívica" de intervenção.
Autor com 50 anos de escrita publicada, assiste ao desenvolvimento da literatura "próxima da de cordel" destinada a grandes audiências e que vive "descaradamente para o consumo".
Hoje sente a falta de romancistas com a força de um Dostoievski, Romain Rolland. E, na sequência, conta o episódio recente de um concurso literário luso-galego para romance, patrocinado pelo jornal "Público" e por um outro galego; pois o prémio ficou por atribuir por falta de mérito das obras, apesar de terem concorrido mais de 200 inéditos!
Haver gente que escreve bem já não parece suficiente...
Um salto aos trabalhos regionais da sua terra natal onde mostra a coerência com as suas raízes. A sub-região da "sua" Bairrada tem sido trabalhada a tal ponto que Raquel Santos desvenda a recuperação de dois autores - Joaquim Francisco Bingre e de João Grave, este de Vagos.
O triângulo Bustos-Bairrada-Porto traz à tona o gasto "confronto" entre autor regionalista e universal. Arsénio Mota puxa de José Rodrigues Miguéis. "O universal está no meu quintal. O que é preciso é ir cavar". Mais um alerta para a perda de identidade provocada pela massificação dal inguagem. É confrangedor o empobrecimento vocabular no uso da comunicação.
"O Museu do Sótão", crónicas, Livraria Figueirinhas, 1993 é pretexto para mostrar a divergência, posterior à edição, de conceitos da Crónica entre o Autor e o prefaciador Arnaldo Saraiva. Arsénio Mota tem o vício da crónica, é um género que pode servir para organizar a visão palpitante de um microcosmo vivo, o que o aproximaria do Romance. Tese que actualmente o Prof Arnaldo Saraiva não compartilha.
A fechar, Raquel Santos anunciou "o livro de homenagem" "ARSÉNIO MOTA - 50 ANOS NA ESCRITA", que já está para publicação. O autor traz à colação a amizade do escritor Serafim Ferreira (coordenador do livro) partilhada com a de muitos outros compagnons de route que participaram na consecução do volume.(Esta homenagem está anunciada neste blogue).
*
A entrevista saiu do temp(l)o à velocidade da luz.
Apenas se fotografou a parte visível do "iceberg". A questão inserta neste blogue em 6.06.2005 - "será que ainda não é o momento de a Biblioteca Fixa nº 26 de Bustos, apoiada pela Biblioteca Municipal, desenvolver um ciclo dedicado ao seufundador?" tem todo o cabimento.
Raquel Santos vestiu a roupa desenhada por Arsénio Mota em "Letras Sob Protesto": "A arte da entrevista é deveras exigente, o jornalista bem preparado que a pratica desvendou-lhe os segredos. Na realidade, o entrevistador carece de um suficiente (mas raro) conhecimento da obra e da personalidade do escritor a entrevistar".
Foi o caso.
Sérgio Micaelo Ferreira, Rossio da Póvoa

7 de junho de 2005

A MENTIRA AO SERVIÇO DA POLÍTICA

O “Jornal das Bairrada”, no passado dia 11 de Maio, publicava uma notícia espantosa; anunciava o arranque das obras do Parque Desportivo de Bustos sem indicar a fonte da notícia. Assim, a seco e sem mais explicações, a informação seria pouco fidedigna, mas, para maior incredibilidade e espanto, o jornal justificava o início das obras afirmando:
“Fernando Vieira, presidente do Bustos, tomou uma posição de “força”, e ameaçou algumas entidades, caso a infra-estrutura não arrancasse no mais curto de espaço de tempo possível.”
Espantoso! Ficámos a conhecer o extraordinário poder do presidente da UDB, capaz de “posições de força”, capaz de levar “várias entidades” a darem início aos trabalhos. É de homem!
Mais recentemente a mesma publicação veio afirmar que as “obras avançavam a bom ritmo”.
A mentira é óbvia e notória. Não houve concurso ou adjudicação de qualquer obra e nem todos os terrenos incluídos no projecto são já pertença municipal. Factos aparentemente irrelevantes para a “entidade” que mandou espalhar areão (foto) na zona do futuro parque desportivo.

O raciocínio e estratégia política são transparentes. O jornal espalha a notícia e o areão dá-lhe credibilidade. O crédulo Zé Povinho ao ver a areia fica convencido. E se for preciso, estou certo, ainda mandarão espalhar algumas máquinas pelo recinto. Só para desfazer as últimas dúvidas…
A manipulação não deixa de ser notável porque ninguém pode, em boa verdade, acusar a vereação municipal de mentir. Afinal quem noticiou o início das obras foi o “JB” (também conhecido por Jornal Oficial do CDS/PP) e este nunca refere qualquer decisão ou compromisso da Câmara Municipal que é sempre referida como uma “entidade”. A “entidade” que nada disse, limitando-se a mandar espalhar o areão.
Fernando Vieira, que nada fez, é afinal o responsável por toda a manigância, apesar de também ele nunca ter aberto a boca. (O jornal confessa mesmo que o não conseguiu contactar).
É o jornalismo podre e promíscuo. É a política do Faz de Conta em todo o seu explendor.

Cada vez mais me convenço que eles nos tomam por estúpidos.

Belino Costa

6 de junho de 2005

«ARSÉNIO MOTA - 50 ANOS NA ESCRITA». UM DOCUMENTO

Meio século de escrita de Arsénio Mota vai ser assinalado em livro coordenado por Serafim Ferreira, escritor e conhecedor atento da obra deste nosso conterrâneo.
O livro, editado pela Campo das Letras, tem patrocínio da Fundação Eng. António de Almeida, em cujo auditório se prevê a sua apresentação lá para finais do mês de Setembro.
Cerca de 30 amigos e companheiros de jornada literária (sendo quatro deles artistas plásticos) testemunham a policromia da obra do autor homenageado. Entre os colaboradores do livro documental, intitulado «ARSÉNIO MOTA - 50 ANOS NA ESCRITA», figuram docentes das universidades de Braga, Porto, Coimbra e Lisboa, além de dois artífices da escrita do concelho de Oliveira do Bairro. De Bustos, por sinal, ninguém prestou qualquer depoimento, mas aqui poderá realizar-se uma sessão de apresentação em data a marcar no mês de Novembro.
O volume insere algumas fotografias extra-texto, uma recensão das principais críticas dos títulos publicados e uma cronologia e outra informação diversa alusiva ao percurso do autor.
Deste modo, a homenagem sugerida há tempo pelo blogue "Bustos - do passado e do presente" vai ser realidade e com a pompa partilhada pelos seus pares.
Será que ainda não é o momento de a Biblioteca Fixa nº 26 de Bustos, apoiada pela Biblioteca Municipal, desenvolver um ciclo dedicado ao seu fundador?
Sérgio Micaelo Ferreira, Rossio da Póvoa

4 de junho de 2005

CONFUSÃO NO PSD

Continua a reinar a confusão no PSD concelhio. Desta vez Paulo Figueiredo impediu a recepção de listas. A notícia pode ser lida aqui.

1 de junho de 2005

FESTA DA PRIMAVERA NA SÓBUSTOS

A direcção da Sóbustos e a sua presidente, Áurea Martins Simões, convidam os associados e população em geral a participarem na “Festa da Primavera 2005” que terá lugar no próximo dia 4, sábado, pelas 14h30, nas instalações da associação, à rua Manuel Vieira, no Sobreiro.

Mais um passo no excelente trabalho que tem vindo a ser realizado, onde as iniciativas de ligação à comunidade – como os passeios, as festas, ou a edição do jornal “Sófolhinhas”(na foto) –, são acções reveladoras de uma gestão evoluída e humanizada. Mais uma prova de que a actual direcção da Sóbustos é um caso de competência e dedicação.
Um exemplo e um motivo de orgulho para todos nós.
BC