A) Aprovação da acta da reunião anterior
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Imagem extraída de "Lucky Lucke - O 20º de Cavalaria", dos imorredouros Morris & Goscinny.
Caros conterrâneos, a falar verdade, nada tenho contra animação, seja promovida pela Junta de Freguesia ou pelas associações locais. No entanto entendo que, são estas últimas que estão mais vocacionadas para promover eventos de animação e, não menos importante, dela dependem, em alguns casos, para manterem a sua continuidade.
O problema desta série de eventos, está, na minha opinião, em não envolver as associações locais, enquanto estruturas associativas. A Junta de Freguesia deve estimular as associações, apoiando a realização de eventos e, obviamente, não deixar à margem ou substituir, aquelas estruturas que estão vocacionadas para esse efeito. E, que fique bem claro, não discordo da existência de eventos de animação, não podem é continuar a ser festas em que o único objectivo é exclusivamente animar um conjunto de pessoas.
Neste sentido, proponho um modelo alternativo. Um modelo em que a Junta de Freguesia, pode e deve estimular, estimular todas as associações a promoverem eventos em conjunto, em que todas estejam representadas. Os benefícios de eventos, neste molde, são claros: uma ligação mais estreita da autarquia, e dos autarcas com as associações; a promoção de eventos com outra escala; a promoção das nossas associações, em primeiro junto dos nossos e, porque não, depois junto dos outros.
Alberto Martins
Nota: não será demais insistir na resolução expedita da aplicação da sinalética de Bustos para a A17 e vice-versa.
sérgio micaelo ferreira
LABICER, consultar aqui
Os dois interditos que se abateram sobre a Banda do Troviscal fizeram emergir uma onda anticlerical em defesa da música e da lei da separação do Estado e das Igrejas que ultrapassou as fronteiras da região.
Silas Granjo reúne um acervo de documentos que ajudarão a compreender as feridas abertas pela laicidade que já andava a desnhar-se nos finais da monarquia e que a revolução de 5 de Outubro impôs.
A dureza do das posições antagónicas assumidas pelos liberais em defesa do livre exercício da Banda de Música contra o interdito decretado pela Diocese de Coimbra, leia-se arciprestado de Oliveira do Bairro, foi consequência do combate entre os republicanos adeptos e militantes da corrente anticlerical afonsista e a aliança monárquico-igreja conservadora que nunca aceitou a queda da Casa de Bragança. Não se pode descurar que o Troviscal Liberal era um importante feudo dos partidários de Afonso Costa. Veja-se o caso do maior número de telegramas de condolências pela morte deste caudilho enviados de uma localidade, saíram do Troviscal.
Duas curiosidades entre outras, a falta de «ouro» no pré-pagamento das exéquias abriu o caminho ao interdito da Banda. A oferta de uma «jóia» à esposa do Governador Civil de Coimbra foi o «pagamento» do Bispo de Coimbra pela prisão dos membros da Banda que os impediu de participar na parte profana das Festas da Rainha Santa.
A apresentação do livro “Troviscal Republicano: Banda Excomungada, Clero Interdito (1922 – 1939” no Fórum dedicado «Aos Republicanos» foi “uma forma de assinalar o centenário da República. De uma assentada evocamos um episódio marcante da luta pela construção do estado laico e recebemos um magnífico representante da tradição musical e do republicanismo troviscalenses” (Belino Costa).
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Felizmente que actualmente as coisas de J.César estão separadas.
sérgio micaelo ferreira
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(1) in Hilário Costa, Bustos – Memórias de um bustoense, (Origens de Bustos, pg. 6), edição do autor, 1984.
(2) Nota: nunca será demasiado revisitar este episódio no citado livro de Hilário Costa (pg.s 95 a 98).
(3) in A. H. de Oliveira Marques, ENSAIOS DE HISTÓRIA DA I REPÚBLICA PORTUGUESA, (REPUBLICANISMO E IDEALISMO, pg. 33), Livros Horizonte, 1988.
(4) in Vitorino Reis Pedreiras, A Criação da Freguesia de Bustos (2), janeiro 12, 2005, Bustos – do Passado e do Presente; http://bustos.blogs.sapo.pt/arquivo/2005_01.html. Editado por Belino Costa.
(5) A criação da Paróquia de São Lourenço de Bustos bem merece ser estudada, ainda que se tenham perdido os testemunhos dos protagonistas (n. e.)
(6) in Silas Granjo, Troviscal Republicano: Banda Excomungada, Clero Interdito (1922 – 1939), pg.20,Sítio do Livro, L.da, 1ª edição. Lisboa, 2010 http://www.sitiodolivro.pt/
(7) idem pg.28