Cerca de 40 milhas a sul da cidade americana de Boston, em Berkley, Estado de Massachusetts, encontra-se guardada num museu próprio a chamada Pedra de Dighton.
Retirada em 1963 da margem esquerda do rio Taunton, o pedregulho de 40 toneladas regista a presença do 1º português que terá aportado à costa atlântica dos EUA.
No seu livro Cristóvão Colon [Colombo] era Português, os emigrantes Manuel Luciano da Silva (médico) e sua mulher, Sílvia Neto Tavares Jorge da Silva (professora), residentes em Bristol, Rhode Island, desfazem quaisquer dúvidas que poderiam ainda existir sobre a origem das célebres gravações contidas na Pedra de Dighton.
Durante séculos e enquanto a pedra se manteve no rio, não faltou quem lhe adicionasse iniciais e desenhos, assim dificultando a leitura e interpretação das primitivas inscrições, já de si desgastadas pela erosão das águas. Como não faltaram teorias sobre a proveniência dessas inscrições.
No seu exaustivo e bem desenvolvido trabalho, estribado em bases científicas e anos de labor, o Dr. Manuel Luciano da Silva desfaz quaisquer dúvidas: nem índios americanos, nem fenícios, nórdicos ou vikings, foram os autores das inscrições.
De resto, já no longínquo ano de 1918 um professor duma universidade próxima (Edmund Burke Delabarre) havia detectado na superfície da rocha a gravação do nome de Miguel Corte Real e o ano de 1511. Mais tarde, em 1951, foi um instrutor de português na Universidade de Nova Iorque a identificar 3 cruzes da Ordem de Cristo.
De resto, já no longínquo ano de 1918 um professor duma universidade próxima (Edmund Burke Delabarre) havia detectado na superfície da rocha a gravação do nome de Miguel Corte Real e o ano de 1511. Mais tarde, em 1951, foi um instrutor de português na Universidade de Nova Iorque a identificar 3 cruzes da Ordem de Cristo.
Em 1960, o Dr. Luciano da Silva apresentou no 1º Congresso Internacional dos Descobrimentos em Lisboa toda a documentação sobre a teoria portuguesa. A profusão de elementos exclusivamente portugueses gravados na rocha não deixa dúvidas: 4 cruzes da Ordem de Cristo, 7 letras com o nome do navegador Miguel Corte Real, escudos nacionais portugueses e a grafia usada entre nós no séc. XVI para o algarismo 5.
Em suma, a observação atenta da famosa Pedra de Dighton, sobretudo através da técnica da luz tangencial, demonstra que o navegador português Miguel Corte Real terá sido o 1º não nativo americano a aportar ao continente norte americano por volta do ano de 1502, onde terá vivido e chegado a ser “chefe dos índios”.
Aqui perto de nós, em Cavião, Vale de Cambra, terra do Dr. Manuel Luciano da Silva, existe uma réplica da histórica pedra no Museu-Biblioteca com o seu nome.
O saudoso amigo Hilário Simões da Costa (12/3/1907 – 30/11/2004), também ele emigrante nos EUA, escreveu sobre a Pedra de Dighton nos seus livros “Bustos – Memórias dum Bustuense” (págs. 26 a 28) e “Árvore Genealógica da Família Costa” (pág. 48).
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- Texto baseado na consulta da obra Cristovão Colon [Colombo] era Português, de Manuel Luciano da Silva e Sílvia Jorge da Silva, edição Finibanco, 3ª ed., Julho de 2006.
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