3 de Outubro,
É assassinado no Hospital de Rilhafoles, o Dr. Miguel Bombarda, uma dos mais prestigiados republicanos.
A notícia provoca uma onda de indignação que agitou Lisboa:
A notícia provoca uma onda de indignação que agitou Lisboa:
“Mataram o Dr. Bombarda. Espalha-se na cidade que foram os padres que instigaram um tenente a assassiná-lo. É falso, mas há correrias no Rossio e o “Portugal” foi apedrejado. Toda a gente acredita num crime planeado, toda a gente se insurge contra o facto brutal – toda a cidade republicana se transforma num vulcão. No Rossio juntam-se grupos de gente taciturna e desesperada: – Mataram-no! Mataram-no! – ouve-se.”
(Belino Costa, MEMÓRIA: IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA, 4 de Outubro, 1910, NB, que cita Raul Brandão, Memórias, vol. II.)
Às 20H00, o Vice-Almirante Cândido dos Reis, Afonso Costa, António José de Almeida, José Relvas, João Chagas, Eusébio Leão e outros reúnem-se e marcam o início da revolução para a 1 hora da madrugada com uma salva de 31 tiros vindos de vasos de guerra fundeados no rio Tejo.
Às 20H00, o Vice-Almirante Cândido dos Reis, Afonso Costa, António José de Almeida, José Relvas, João Chagas, Eusébio Leão e outros reúnem-se e marcam o início da revolução para a 1 hora da madrugada com uma salva de 31 tiros vindos de vasos de guerra fundeados no rio Tejo.
4 de Outubro
1H20 houve-se tiros, não os 31 do sinal do início da operação que gera a confusão e o grosso dos militares revoltosos debandam. Perante, a chegada de informações desmoralizadores, o Vice-Almirante Carlos Cândido dos Reis suicida-se.
Machado dos Santos assume o comandao da força revolucionária. Vence as tropas monárquicas comandadas por Paiva Couceiro. Entra na História com o título de Herói da Rotunda.
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Loures na Memória da República
Machado dos Santos assume o comandao da força revolucionária. Vence as tropas monárquicas comandadas por Paiva Couceiro. Entra na História com o título de Herói da Rotunda.
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Loures na Memória da República
4 de Outubro de 1910 aqui
“Quando na madrugada do dia 4 de Outubro de 1910 se ouviu na Calçada de Carriche o troar dos canhões, para os republicanos de Loures era já a certeza do derrube da monarquia.”
No Centro Escolar Republicano, situado no Largo do Chafariz, actual Largo 4 de Outubro, reúnem-se Augusto Moreira Feio, farmacêutico; Manuel Marques Raso, padeiro; Jacinto Duarte, operário da Câmara Municipal; José Joaquim Veiga, escrivão das Finanças; Joaquim Augusto Dias, comerciante; António Rodrigues Ascenso, ourives e relojoeiro; José Paulo Oliveira, comerciante e regedor; José Ferreira Cleto e outros cidadãos, esperando o desenrolar dos acontecimentos.
Com a população reunida às 15 horas no Largo do Chafariz, os oito homens nomeados para constituir a Junta Revolucionária saem do Centro e dirigem-se aos Paços do Concelho na Rua Azevedo Coutinho, actual Rua da República, n.º 70.
Ocupado o edifício, é hasteada, pela mão de Joaquim Augusto Dias, uma bandeira com as cores republicanas – o verde e o vermelho. Junto ao estandarte improvisado, a Junta Revolucionária declara, pela voz de Augusto Moreira Feio, a implantação da República em Loures: “Com os olhos da alma fitos na redenção desta Querida Pátria, aviltada pela decrépita e corrupta monarquia e aderindo entusiasticamente à revolução republicana que então lavrava em Lisboa, (...) resolveram tomar posse imediata das Repartições Públicas do Concelho auxiliando, por este acto, a implantação da República em Portugal, pela qual estava e estão firmemente decididos a sacrificar até à última gota de sangue.”
A Oliveira do Bairro, a “República chegaria com atraso de dois dias” (Armor Pires Mota, Em Busca da História Perdida, Edição da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, 1997).
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