“O Engenheiro Pato foi um amigo, cuja memória guardarei até final dos meus dias. Aos olhos de alguns, era visto como um homem austero, o que, na verdade, era falso. Exigente consigo próprio e naturalmente com os que de si dependiam, isso sim! De resto, o empenho e as convicções que utilizava na gestão da sua vida, só demonstravam inteligência e uma forte capacidade de trabalho, que ao longo do tempo enriqueceram, e de que maneira, o seu vasto currículo. A facilidade de discurso, o poder de argumentação sem nunca deixar de respeitar o contraditório do seu potencial interlocutor, sustentava, quantas vezes, o ganho da discussão que se desenvolvia com o maior civismo.
Ele, que nasceu em “berço de ouro”, apercebeu-se muito cedo daqueles que nada tinham. Detentor de uma forte formação moral, lutou em favor dos mais desprotegidos, o que lhe valeu um preço bem caro, cobrado pela Polícia Política do anterior regime.”
José Maria Dias (desenhador de construção civil-projectista), “Engº Pato, O Homem, O Amigo”, (inédito).
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"Enraizado neste chão natalício, o eng. Neo nunca deixou de aparecer pelo centro de Bustos, no barbeiro, onde calhava, em busca de convívio. E foi assim que, à mesa do café, na roda que o incluía a ele e a outros amigos - como Jorge Nelson Micaelo, Assis Francisco Rei ou Augusto Simões da Costa - lancei e ganhou pernas para andar a ideia de formarmos uma «Comissão de Melhoramentos» em 1959,"…
Arsénio Mota, V Fórum – O Bustuense Neo Pato, Notícias de Bustos, 24.07.07
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