Saída no BL(a) aqui a constituição da nova Comissão Fabriqueira da Paróquia que está resolvida a meter-se em grandes obras em simultâneo: recuperar o esquecido edifício-igreja; e prosseguir com os acabamentos do monstro, no condomínio ‘Igreja’-‘Banco’, será oportuno lembrar um dos momentos em que migalhando grão a grão se construiu um edifício de vanguarda e recheado de obras com assinatura. A propósito, o vitral já deveria ter sido restaurado. Basta o desleixo para garantir a sua degradação e a existência da actual casa paroquial a censurar uma mural de X.Costa.
Há dias saiu na comunicação uma lista associações de contemplados com dinheiros dos contribuintes para recuperar ou construir edifícios. Comissões Fabriqueiras constavam da lista. A de Bustos teria concorrido?
Os Reis estão de volta, anunciou o BL. Que a Magia traga bons leilões.
Aos novos ‘fabricantes’, levem a água ao seu moinho, deseja o
sérgio micaelo ferreira
Transcrição do folheto do P.e Vidal dirigido aos
“Caros Paroquianos
e
Amigos
Alegremo-nos todos com a notícia que venho trazer às vossas casas: a nossa igreja vai ser sagrada pelo nosso querido Bispo no dia 8 de Dezembro - dia da Imaculada Conceição.
A's I4H30 chega S. Ex.a Rev.ma vindo pelo lado do Albergue e Azurveira e havemos de estar junto da igreja velha para o saudarmos e bem assim a outras autoridades e amigos.
Vencemos. Estamos todos de parabéns. A 10 de Março de I925
[1], criou-se a freguesia religiosa de Bustos que já o era como freguesia civil desde I8 de Fevereiro de 1920. Os bustuenses de então receberam a incumbência da igreja nova que não conseguiram realizar. Nós que herdámos os seus bens e lhe devemos a vida que nos transmitiram agora damos como realizado o sonho que desde então se arrastou.
Em 9-8-1956 foi benzida a 1ª pedra por S. EX.cia Rev.ma o Sr. D. Domingos da Apresentação Fernandes.
A I6 de Agosto o nosso conterrâneo Evaristo Pinto riscou a igreja na terra e principiou as fundações que acabaram a 1 – 7 – 1961.
Em 22 de Outubro de I962 iniciou-se a fase do levantamento das abóbadas, obra a cargo do nosso conterrâneo Sr. Eng. Manuel dos Santos Pato e do seu encarregado Sr. Manuel Martins [2].
E o tempo correu e as dificuldades venceram-se, unimo-nos todos e levantamos o templo que nos honra e que sagramos agora.
Vamos estar presentes nas cerimónias e cada um de nós vai levar ao altar o seu envelope bem quente com mais uma oferta para o termo das obras que tanto nos orgulham.
Amigos, como pároco, vos agradeço tanta dedicação e tanta generosidade.
Somos amigos e bem irmãos.
Só assim foi possível fazer tanto.
Continuo a rezar convosco e por vós, agora, no lindo altar e na igreja de linhas belas e modernas.
Deus nos guarde.
Bustos, 28 de Novembro de I964.
.......................O Pároco – P. António Henriques Vldal
.......................O Pároco – P. António Henriques Vldal
[1] Arsénio Mota, em “Bustos – elementos para a sua história”, situa a criação da paróquia ‘decretada em 7 de Março de 1925’ (pg. 24) (nota do editor)
[2] Outros nomes estão omitidos (idem)
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