2 de janeiro de 2014

BUSTOS: QUE FUTURO?

Em finais dos anos 50, princípios de 60, Bustos era uma terra virada para o futuro.
A embalar o progresso, em 1936 um bustoense "brasileiro" introduziu o cinema (Bustos Sonoro Cine), com um então inédito sistema de assinaturas, percursor dos cineclubes dos anos 60.
Teatro de revista, bandas de música, jornais, farmácia, estação telegráfica e postal, 2 equipas de futebol federado, clube de natação (com uma pequena piscina, onde participámos em tantas provas e brincadeiras), cafés com salas de bilhares, 2 restaurantes, talho e peixaria.
Um sem fim de sinais duma terra virada para o progresso, cheia de ideias progressistas, de que foi exemplo a perseguida União Liberal de Bustos.
Nada faltava nesses anos de ouro.


Em princípios de 60, um grupo de bustoenses avança com uma Comissão de Melhoramentos, à qual se deve, nomeadamente, a criação duma sala de leitura da Biblioteca Calouste Gulbenkian, dum colégio (então Externato Gil Vicente, hoje IPSB, com cerca de 1.000 alunos) e do posto da GNR.
Não nos faltaram dias, tardes e noites quentes, sobretudo "as tardes quentes do Piri-Piri" de que falava o saudoso Carlos Luzio.
Com o 25 de Abril chegaram os inevitáveis movimentos associativos de cariz social, personificados em duas instituições particulares de solidariedade social - a ABC de Bustos e a SÓBUSTOS. Não faltou um Orfeão com Grupo de Cantares.
E pouco mais.

Bustos foi morrendo, morrendo, mais de morte matada do que de morte morrida.
Bustos já foi.

O que faz falta para Bustos renascer  das cinzas?

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