Em finais dos anos
50, princípios de 60, Bustos era uma terra virada para o futuro.
A embalar o
progresso, em 1936 um bustoense "brasileiro" introduziu o cinema (Bustos Sonoro Cine), com um então
inédito sistema de assinaturas, percursor dos cineclubes dos anos 60.
Teatro de
revista, bandas de música, jornais, farmácia, estação telegráfica e postal, 2
equipas de futebol federado, clube de natação (com uma pequena piscina, onde
participámos em tantas provas e brincadeiras), cafés com salas de bilhares, 2
restaurantes, talho e peixaria.
Um sem fim de sinais
duma terra virada para o progresso, cheia de ideias progressistas, de que foi exemplo
a perseguida União Liberal de Bustos.
Nada faltava nesses anos de ouro.
Em princípios de 60,
um grupo de bustoenses avança com uma Comissão de Melhoramentos, à qual se
deve, nomeadamente, a criação duma sala de leitura da Biblioteca Calouste
Gulbenkian, dum colégio (então Externato Gil Vicente, hoje IPSB, com cerca de
1.000 alunos) e do posto da GNR.
Não nos faltaram
dias, tardes e noites quentes, sobretudo "as tardes quentes do Piri-Piri" de que falava o saudoso Carlos Luzio.
Com o 25 de Abril
chegaram os inevitáveis movimentos associativos de cariz social, personificados
em duas instituições particulares de solidariedade social - a ABC de Bustos e a SÓBUSTOS.
Não faltou um Orfeão com Grupo de Cantares.
E pouco mais.
Bustos foi morrendo, morrendo, mais de morte matada do que de morte morrida.
Bustos já foi.
O que faz falta para Bustos renascer das cinzas?
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