Proposta elaborada pela comissão permanente da Assembleia Municipal, subscrita por Armando Humberto (PS), Nuno Barata (PSD) e André Chambel (CDS) e que foi aprovada por
unanimidade.
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Reorganização Administrativa
Territorial Autárquica
INTERVENÇÃO DE ARMANDO HUMBERTO (PS)
Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Municipal,
Exmo. Sr. Presidente da Câmara,
Ex.mos Colegas desta Assembleia,
Ex.mos Srs. Vereadores,
Ex.mos Colaboradores da Câmara Municipal,
Exmo. Público,
Exma. Imprensa,
Minhas Senhoras e Meus Senhores
inalteráveis as atuais seis freguesias
Trazemos [PSD, CDS e PS]] aqui hoje uma proposta que mantém inalteráveis
as atuais seis freguesias do Concelho de Oliveira do Bairro.
Esta proposta surge na sequência de um processo de
discussão e reflexão muito alargado, que envolveu uma percentagem muito
considerável da população do nosso Concelho, num ato de participação cívico
único e exemplar.
Exemplar pela disponibilidade e interesse com que as
pessoas participaram na discussão, e também exemplar pela forma como o fizerem.
Mostrando sempre um enorme respeito pela diversidade de opiniões e mostrando
que o nosso povo sabe bem qual é o significado da palavra democracia, e que
está disponível para a viver de forma participada e empenhada. E a democracia não
é mais que esta procura conjunta das melhores soluções para os desafios que se
nos vão colocando.
visão da política profundamente paternalista e tecnocrata
supostas elites não entendem o povo
E é tudo isto que falta na política de hoje, onde os políticos
saem pela porta dos fundos, onde as supostas elites não entendem o povo, e
publicamente o apelidam de ignorante, quando ele não entende a profundidade e o
alcance das suas sábias decisões.
Reduzir o número de freguesias ... Porquê e Para Quê?
E é por tudo isto que alguém acreditou que sem uma justificação
forte e cabal era possível acabar com 1500 freguesias, de uma penada, sem
sequer responder à questão de Porquê
e Para Quê?
E foi esse exercício de responder a essa questão
fundamental de Porquê e Para Quê, que procurámos fazer no nosso
Concelho. De uma forma série e sem ideias pré-concebidas. E foi na procura
dessa resposta que um consenso alargado se foi formando, no sentido que uma
redução do número de freguesias no nosso Concelho não se traduziria em nenhuma
redução da despesa, nem se traduziria em nenhuma melhoria dos serviços
prestados às populações, antes pelo contrário, traduzir-se-ia numa degradação
dos serviços de proximidade prestados pelas Juntas de Freguesias e num agravar
de custos para o erário público.
E porque isto se foi tornando cada vez mais claro, ou
pelo menos, porque o contrário não se conseguiu demonstrar, que hoje temos aqui
uma proposta que é apoiada por todos os partidos políticos com
representatividade no nosso Concelho, por todas as bancadas parlamentares, pelo
Executivo Municipal e por todas as Assembleias de Freguesia.
Esta proposta não encerra esta questão, mas tenho
muita esperança que leve essa tal elite a refletir. Uma elite que pasme-se agora
(!) nem sequer acredita naquilo que que nos pede para fazer.
estamos a respeitar todos aqueles que nos elegeram
Vivemos tempos difíceis, perdemos a nossa liberdade
enquanto povo, fazemos o que não queremos e aquilo em que não acreditamos, mas
saibamos cada um de nós, nas funções que desempenha, estar à altura dos
acontecimentos.
Acredito sinceramente que ao aprovarmos hoje aqui esta
proposta, e da forma como o fizemos, da forma como aqui chegámos, estamos a
respeitar todos aqueles que participaram nesta discussão, estamos a respeitar
todos aqueles que nos elegeram, e estamos a dignificar esta Assembleia, o poder
local, e a pessoa comum, que é aquela que de facto mais importa respeitar,
porque é aquela que nos devemos preocupar em servir.
Tenho dito,
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