11 de maio de 2012

Dr. Assis Francisco Rei - em aniversário íntimo. nove ponto um



O dr. Assis Francisco Rei (1) nascia a 11 Maio’1921, portanto é natural da recém criada freguesia de Bustos.

A 1 de Maio, a Junta de freguesia reunia e “unanimemente” aprovava “a consignação” de um voto de louvor ao Deputado dr. António Costa Ferreira, “pelos serviços prestados a esta freguesia” e … “ainda pelos que espera receber de S. Exa especificamente na instalação da estação telefónica na sede desta freguesia”.



O aniversariante tem um invejável percurso de memórias que mereciam estar guardadas em gavetas   fáceis de abrir...

Homem Público ainda jovem 
Em fins 1954,  as forças políticas locais (do Reviralho e da Situação) "trabalharam" para se formar uma lista de consenso para concorrer à Junta de Freguesia . O dr. Assis Rei, recém chegado de Coimbra onde fora diretor da secção de futebol da Associação Académica de Coimbra, era o cidadão mais indicado para ser o Presidente. Manuel Simões Luzio que seria o secretário imposto por Manuel Santos Pereira,  e  Manuel Joaquim dos Santos, o tesoureiro. 
O candidato a presidente da Junta de freguesia tinha 33 anos cimentados pelo húmus do terrunho de Bustos. 
Realizadas as eleições de 17 Outubro 1954 para o mandato de 1955/1959,  o colégio do executivo presidido pelo dr. Assis F. Rei, deu um impulso às ligações viárias com as vizinhanças do concelho de Cantanhede, por ex. em 31 de Maio 1958, a Junta de Freguesia determinava que fosse construída a ponte do Paul e que “ficasse pronta até 15 de Junho” e impunha a condição que a obra seria paga ‘logo que estivesse pronta’. Assim aconteceu. A ordem de pagamento no montante de 3400$00 (16,96€) foi emitida na sessão de 30 Junho. Evaristo dos Santos Pinto fora o construtor.



A ampliação do cemitério foi a primeira grande tarefa a que o executivo pôs mãos. Por ser uma obra com algum atraso, teve de ser pedido uma dilatação do prazo... A obra teria sido concluída em 30 Junho 1955, pois nesta data a Junta de Freguesia solicitava o pedido de vistoria à Direção dos monumentos Nacionais. Evaristo S. Pinto, o seu construtor, recebeu o dinheiro a prestações. O pagamento do resto das contas está referenciado na ata da sessão de 28 Fevereiro de 1957.

Continuando a passar em voo rápido pelas atas, encontra-se, entre outros, um serviço de carpinteiro de Sérgio Marques Nunes, de Quiaios, no posto escolar da Azurveira. (28 fevereiro 1958)



Há  dois episódios ‘anormais’  sobre  movimento da caixa: um foi o facto do ‘União Desportiva de Bustos’ ter emprestado dinheiro à Junta de Freguesia. (já referenciado em post anterior)

E o outro foi do empréstimo feito pelo Tesoureiro, “visto que o dinheiro em caixa não foi suficiente para a liquidação de todas as verbas”… (6 Dezembro 1956).

Arranjos de estradas, caminhos, cemitério e etc. eram também preocupações da sua atividade. 



 Mas houve uma posição quase ignorada que foi assumida em contra-corrente pela Junta de Freguesia presidida pelo dr. Assis Francisco Rei.

Era o tempo da Campanha de Educação de Adultos a tentar combater a praga ancestral do analfabetismo. A burocracia impunha aos adultos que para ‘irem a exame’, precisavam de um documento passado pela junta de freguesia. Acontece que as outras freguesias cobravam taxas pela passagem do documento. A Junta de Freguesia de Bustos decidiu ajudar os alunos candidatos: não cobrando nada.

A notícia propalou-se por bem longe. O resultado foi o que se viu, contou em tempo o dr. Assis.
A maior parte dos candidatos procurava Bustos,... pudera!
Então ia-se levar dinheiro, se ele não abundava. ... não competia ao Estado proporcionar as condições para baixar as taxa de analfabetismo?
     Carinho   o

          GGratitude                     Fraternidade


Hoje é dia de boas memórias. 
Algumas calam fundo.
Amigo, milhares  de  discípulos estão contigo.  
Uma abraço e venha mais um calendário.      
(um trabalho de parceria mdp, smf)
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(1)  recomenda-se vivamente a leitura de 
bc em  DR. ASSIS REI: MUITO MAIS DO QUE UM FARMACÊUTICO ligado no início  do texto



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