28 de abril de 2010

MENINO DO BAIRRO NEGRO - ZECA AFONSO

Menino do Bairro Negro
Olha o sol que vai nascendo
Anda ver o mar
Os meninos vão correndo
Ver o sol chegar

Menino sem condição
Irmão de todos os nus
Tira os olhos do chão
Vem ver a luz

Menino do mal trajar
Um novo dia lá vem
Só quem souber cantar
Virá também

Negro bairro negro
Bairro negro
Onde não há pão
Não há sossego

Menino pobre o teu lar
Queira ou não queira o papão
Há-de um dia cantar
Esta canção
Olha o sol que vai nascendo
Anda ver o mar
Os meninos vão correndo
Ver o sol chegar

Se até da gosto cantar
Se toda a terra sorri
Quem te não há-de amar
Menino a ti

Se não é fúria a razão
Se toda a gente quiser
Um dia hás-de aprender
Haja o que houver

Negro bairro negro
Bairro negro
Onde não há pão
Não há sossego

Menino pobre o teu lar
Queira ou não queira o papão
Há-de um dia cantar
Esta canção.

27 de abril de 2010

Vasco Lourenço – um dos Arquitectos da Revolução de 25 de Abril

“Nambuangongo, sem data
[entre 12 de Abril e 27 de Junho de 1963, NB]

Amanhã de manhã há «festa» aqui – entronização de uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, que já chegou há oito dias. A festa devia ter sido nessa altura, mas a procissão teve de ser adiada porque não havia fiéis: andavam nesse dia quase todos a destruir as casas do seu semelhante.”
in
Manuel Beça Múrias,
O Salazar nunca mais morre – Cartas de África em tempos de guerra e amor,
edição Planeta, 1ª edição. Março 2009.

Os preliminares que produziram o ambiente psicológico e social propício ao xeque-mate do poder decadente que sacrificava a juventude a uma teimosa guerra com o fim à vista na exportação de caixões ou no regresso de estropiados física ou mentalmente são conhecidos, ou quase.

Mas, o clique da mudança de atitude que pôs em causa «a defesa intransigente» do flutuar da Bandeira Portuguesa nas colónias partiu do seio militar que dava “a carne para canhão”.

Vasco Lourenço – um dos não beneficiários do regime democrático que ajudou a implantar – está connosco na galeria do NB. Merece-o.

Eis um excerto de ‘do interior da Revolução’:
(…)
‘Nós tínhamos milícias, formadas por naturais da Guiné. Não eram bem militares, mas serviam-nos para guias e até como combatentes. Eram uma espécie de força paramilitar que trabalhava junto do Exército. Ora, através dessa rede todas as nossas movimentações eram transmitidas para o Senegal. E aconteceu que precisamente o milícia que dirigia essa rede de informações, acabou por morrer numa operação, ao meu lado, a dois metros de mim …

Como se chamava?

[ ou “não tenho nada a ver com esta guerra …”,
Vasco Lourenço a Maria Manuela Cruzeiro ]


"Era o Bori. Morreu a dois metros de mim. E quando eu detecto, passado algum tempo, que ele era o chefe da rede [de informações], comecei a pensar: “Mas que raio de guerra é esta? Onde é que eu estou metido? O que se passa aqui? O que é que faz estes tipos lutar? O que é que faz com que se coloquem em situações em que acabam por ser mortos pelos próprios amigos? Pelos próprios companheiros de luta?” Isso chocou-me profundamente. E fez com que, rapidamente, chegasse a esta conclusão: “Não tenho nada a ver com esta guerra, esta guerra não é minha, não tenho nada a ver com isto, eles é que estão certos, ao lutar pela sua independência. Esta guerra não tem sentido, é injusta! Acabou, a guerra para mim acabou, não faço mais acções ofensivas.” (b)

Vasco Lourenço inicialmente nomeado para fazer uma Comissão em Angola, foi desnomeado e a seguir nomeado para a Guiné. 'Vigarice' que fê-lo desacreditar na instituição militar. Chega à Guiné em Julho 1969 a comandar a Companhia de Caçadores nº 2549 que adoptara o Lema contestatário: «Contrariado, mas vamos» que lhe havia de trazer alguns dissabores, mas que o ajudou a construir os elos revolucionários do 25 de Abril'1974.

[A Guerra Colonial abriu .. definitivamente os olhos …, retirado da entrevista]

Vasco Lourenço confessa que foi “a Guerra Colonial [que lhe].. abriu definitivamente os olhos” (b), de operacional combatente na Guiné – Bissau, transformou-se em um dos grandes Obreiros no estaleiro da construção do Movimento das Forças Armadas que culminaria na Revolução de 25 de Abril’1974 feita para restituir a Liberdade, a concessão da independência às colónias, dar o direito de votar e conduzir Portugal ao convívio da comunidade internacional,…

André Chambel: porta-voz do CDS/Oliveira do Bairro

O blogue de Sérgio Pelicano, Praça do Município, merece especial destaque, pela publicação da intervenção na sessão dedicada à Revolução do 25 de Abril’1974, de André Chambel, líder da Bancada do CDS na Assembleia Municipal de Oliveira do Bairro.
O discurso toca num tema do Apoio Financeiro às Forças Armadas. Não será oportuno estudar a possibilidade do serviço militar obrigatório ser novamente repescado?


O Discurso do CDS/Oliveira do Bairro no 25 de Abril de 2010, editado em Praça do Município, em 26.04.2010 está aqui

_______________
(a) Vasco Lourenço, do interior da Revolução, entrevista de Maria Manuela Cruzeiro, Âncora Editora, 1ª Edição. Abril 2009. (um livro a consultar, nota de NB).
(b) idem

sérgiomicaeloferreira

26 de abril de 2010

BUSTOS - ASSEMBLEIA DE FREGUESIA REÚNE DIA 28/04


Dia 28 Abril (4ª feira) a Assembleia de Freguesia de Bustos vai reunir para cumprir uma agenda sobrecarregada, convocada para o efeito.

Antes de entrar na Ordem do Dia serão tratados os pontos:
“1. Actividades da Junta de Freguesia”
“2. Outros assuntos de interesse para a Freguesia”

A Ordem do Dia está reservada a
“1. Discussão e Aprovação do Regimentos de Assembleia de Freguesia de Bustos.”
“2. Apresentação do relatório de Actividades e Contas do ano económico de 2009 e respectiva votação.”
Dada a continuidade partidária na bandeira do executivo, na elaboração do Relatório relativo ao ano fiscal de 2009, a aprovação deve acontecer com normalidade.

O período reservado à intervenção do público deverá ocorrer pela noite adentro. Uma observação. No alinhamento das sessões, a Assembleia Municipal de Oliveira do Bairro colocou a intervenção do público no início. Poderia ser uma medida a experimentar em Bustos, a favor do público, já que o Regimento da Assembleia vai estar em discussão.
sérgiomicaeloferreira.

25 de abril de 2010

O MEU 25 DE ABRIL

POR LUIZ PACHECO




Estou na cama de manhã e aproveito para apontar na Agenda o tempo que passa. Tinha ficado na véspera em casa a rever provas. O puto fora para o liceu. Resolvo ir à rua beber uma cerveja e continuar a revisão. Ao pé do chafariz, o barbeiro atira com esta: «então, o Marcello e o Thomaz lá foram ao ar...» Não percebo logo. Nem acredito como. Mas ele confirma: a Emissora Nacional não funciona, só o Rádio Clube Português é que dá música e de vez em quando comunicados breves. Já mais convencido, convido-o logo a festejar na tasca da Laurentina que era para onde eu ia. E depois, ainda duvidoso, vou com ele à barbearia a ver se oiço algum comunicado. Música ligeira, sem nada de marcial. Canções populares portuguesas, pouco mais. (Até a Amália, parece-me!). Mas passados minutos um comunicado do Comando das Forças Armadas. Aí, adquiro a certeza que é, deverá ser a repetição do golpe das Caldas, mas com outra amplitude. Refere que o público tem ocorrido às lojas, em tentativas de açambarcamento, e manda fechar o comércio. Aconselha a população a manter-se nas suas casas e as forças militares e militarizadas a recolherem aos quartéis e não oferecerem resistência à tropa. A coisa é grave. Parece que não há comboios e para lá de Sete Rios não se passa. Tenho algum dinheiro e resolvo logo ir ver (foi o melhor que fiz: ver para crer). Desço acelerado e vou a casa do Fernando Paços, perguntar se ele sabe alguma coisa. Se sabe não diz. Mas confirma. Acompanho-o à farmácia de Queluz Ocidental e depois (ele aconselha-me que não vá a Lisboa, pois não conseguirei passar – mas eu conheço outro sítio para entrar, ou sair, da minha terra e caminho acelerado. Muitos carros, em fuga discreta?) para cá. Em Queluz, já vejo lojas fechadas, outras a fechar à pressa e uma data de tontos a abastecerem-se para o ano todo... oiço que um tal comprou mais de cem pães. Rica açorda (ou negócio) deve ter feito com eles. Cafés fechados. Há comboios. Meto-me num para a Amadora, depois sigo a pé. No Bairro do Bosque (sempre o intenso movimento de carros a saírem), ainda consigo meter um copo. Não há jornais. Rostos, com as janelas fechadas, assomem entre cortinas. Tudo me dá a ideia de receio (mas em Queluz vi alguns magalas a planar, o que me deixou intrigado). Venho a pé até às portas de Benfica e o ambiente é o mesmo: fila de carros a safarem-se, comércio encerrado, mulheres com sacos de plástico cheios, tensão. Meto-me num autocarro da Carris, de Benfica para o Chile e fico-me um tanto a rir do Paços, que em Lisboa e a andar para o centro já eu vou. No Chile, só uma taberna aberta: bebo mais um copo, estou nas lonas. Animação. Um tipo ao meu lado compra oito maços de Português Suave, também está a açambarcar ou a fumar aquilo diariamente habilita-se a um cancro nos pulmões em beleza e rápido. Aparece gente com jornais (A Capital) e sei que estão a vender para os lados do Império. Vou logo lá, sento-me num degrau e sei as primeiras notícias. Tá bem! Resolvo ir a casa do Henrique, ver se ele estará. Na Carlos Mardel, uma senhora num 1º andar pergunta-me onde vendem jornais. Digo e ofereço-lhe o meu. O marido, que vinha à rua, fica com ele e eu fico reduzido a 30$00. Começo com sede e angústias. Estou em jejum e já andei um bom bocado. Penso ainda ir ao Manaças (António) mas desde a última vez, desde a nossa última conversa, ele não me está a apetecer. E depois, o importante deve estar a acontecer na Baixa. Enfio ao Montecarlo (fechadíssimo) mas consigo topar um tipo a bater à porta da Mourisca (também fechada) e entrar. É que há gente. Vou, bato, o Costa Loiro está a forrar vidros por dentro com papel, talvez com receio dalgum obus. Peço-lhe vintes e ele despacha-me. Meto à Rua Viriato e vou até ao quartel de Santa Marta (todas as tascas fechadas até ali). Dá-me vontade de rir ver os cabeças de nabo reunidos lá dentro, a falarem uns com os outros (é que obedeceram às ordens?). Mas logo ao lado há uma tasca restaurante, porta meio aberta, com gente e muito movimento (guardas a beber, outro a telefonar para casa e sossegar a mulher (?), diz que não há azar).

Bebo uma Sagres e como uma sandes. E avanço para a linha de fogo, que não sei onde é. Metros andados, ouvem-se ao longe tiros e rajadas de metralhadora. Tipos que fogem. Mas onde será o tiroteio? Como a coisa parou, continuo a andar. Até que encontro, já não sei onde, o Almeida Santos e um tipo que é revisor no Diário de Lisboa ou Popular, já não sei. Metemo-nos num táxi que sobe pela Calçada do Carmo. Mas logo populares avisam (ah, entretanto, perto do Tivoli, já tinha comprado um Diário de Notícias, com mais informes) que a rua está bloqueada. O carro faz marcha-atrás e mete (por onde?) para o Bairro Alto. Bebemos não sei o quê numa tasca, o revisor vai à vida, o Almeida Santos pira-se e eu avanço para os lados do Carmo. Na Rua da Misericórdia, muita gente, tropa e um tanque de respeito. Da janela da Redacção da República, o Vítor Direito e o Afonso Praça (aquele grita-me: «estás muito bonito hoje!», eu levava o sujíssimo albornoz que me deu o Artur), noutra varanda o Álvaro Belo Marques, a quem pergunto: «como é que se entra para aí?», porque a porta da escada da República está fechada. «Vai pelas traseiras!». Vou mas também está fechada e logo à esquina aparece um vendedor com a última da República. É um verdadeiro assalto. Aí fico a saber dos chefes (Costa Gomes e Spínola) e o alvoroço é enorme. Já não sei bem: se vim ao Rossio, se de repente notei uma grande correria para o Terreiro do Paço. Sem perceber nada do que se passa, sigo a onda. No Terreiro do Paço, começa a chover. Há correrias e encontro uma rapariga que me conhece muito bem mas não topo logo. É a Maria João, a engenheira química, amiga do Henrique, com outro rapaz. Ficámos abrigados da chuva debaixo das arcadas, depois convenço-os a irem beber um copo ao Terreiro do Trigo (Campo das Cebolas?), não sei já se estava aberto se não. Ela tem o carro no Camões e para aí vamos. Mas o Chiado está cheio de gente, que quer assaltar a Pide. Já não sei se ouvi tiros. Vi ainda as (uma?) ambulâncias, depois quase à porta da Brasileira um rapaz ou homem com a mão cheia de sangue (seco?), que tinha agarrado num rapaz ou rapariga. Começam a chegar fuzileiros, há mais correrias, a Maria João e o rapaz perderam-se de mim. Cheira-me que já chega. Agarro um táxi e arranco para casa da Ção. Pela TV vi depois o resto. Foi bonito e foi rápido. Já posso morrer mais descansadinho.

[Luiz Pacheco, in Diário Remendado, Dom Quixote, 2005]

25 de Abril'(1974) 2010. DIA DE CRAVOS


ARSÉNIO MOTA OI'TENTA


24 de abril de 2010

24 de Abril'1974, «Faltam cinco minutos para as vinte e três horas..... E depois do Adeus ...

"1ª Senha,
para o início das operações militares a desencadear pelo Movimento das Forças Armadas, foi dada por João Paulo Dinis aos microfones dos Emissores Associados de Lisboa:
«Faltam cinco minutos para as vinte e três horas. Convosco, Paulo de Carvalho com o Eurofestival 74, E Depois do Adeus ...».

E Depois do Adeus*

1.
Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
2.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder
3.
Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci
4.
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
5.
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós." (a)

* Letra : José Nisa
Música: José Calvário

(a) postal colado de

07» O 25 de Abril (Revolução dos Cravos) aqui

A 1ª República, Salazar, Caetano, o 25 de Abril e as suas músicas (Grândola, Adeus, Somos Livres, etc).
Senhas musicais do 25 de Abril aqui

23 de abril de 2010

23 de Abril'2010 - DIa Mundial do Livro e dos Direitos de Autor


AGRICULTURA DE OLIVEIRA DO BAIRRO NO CORTEJO DISTRITAL (23.04.1939)

A 23 de Abril de 1939, Oliveira do Bairro participava“com três grupos representativos da sua actividade agrícola” num Cortejo Distrital etnográfico acontecido em Aveiro.

Lia-se no desdobrável: «Três carros alegóricos representam: a VINDIMA, A DESFOLHADA e AS ESTEIREIRAS TRABALHANDO DEBAIXO DUM ALPENDRE,”
“A indústria das esteiras [era] sem dúvida a única indústria caseira do nosso Concelho»


Rezava o impresso “... em noites deste Setembro cálido ao som dum harmónio emaranhando as notas, os camponezes sôbre as eiras, dançam satisfeitos por trazerem cingida a si a cachopa dos seus amores.”

O prospecto com impressão na frente e verso, a duas colunas, foi impresso na “Tip. Comercial – Anadia, 22-4-39”e teve uma tiragem de 2.000 exemplares.

Na coluna História, está: «Não conhecemos a Oliveira do Bairro outro foral anterior ao concedido por D. Manuel I em 6 de Abril de 1514 e cujo original se encontra no respectivo arquivo municipal”.

Actualmente o Concelho ainda não dispõe de edifício próprio para o seu Arquivo Municipal.

Será ocasião de mostrar que Bustos está em condições de receber este equipamento de interesse eminentemente social para acolher memórias documentadas.

Licínio Mota um dos sherlock holmes da pesquisa da história caseira e arredores, um dia propôs a vinda do Arquivo para Bustos.

Por certo não vai passar de mais um fugaz arroubo dito em local onde os livros dormem o descanso do abandono.

Em alguns sítios, acontecem actividades dedicadas a abrir o apetite para saborear a leitura. Em Bustos, a festa do Dia Mundial dedicada ao Livro
“soube a pouco /ai soube a pouco”.
como diz a canção.
Livros para quê?
Não consta que Cristo tivesse biblioteca, não é Pessoa do Fernando?
srg

2005 . 23 de Abril . 2010 - OLGA SANTOS galeria. Hoje há Festa

Caros(as) Amigos(as),
No próximo dia 23 de Abril, pelas 21:30H, iremos celebrar cinco anos da nossa ainda nova existência, na Praça da República, a qual não seria possível sem a Vossa ajuda, apoio e colaboração.

Porque todos fazem parte do nosso projecto, cinco anos já são muito, contando com todo o esforço e profissionalismo da equipa de pessoas que sempre estiveram envolvidas e acreditaram, nas nossas actividades e projectos; desde exposições na galeria, oficinas, actividades fora da galeria, participações em feiras, actividades do atelier, projectos, decoração de espaços, e o empenho no projecto "Primavera na Praça da República", que este ano comemora os 100 anos da Implantação da República.

Agradecemos todo o apoio, de amigos, artistas, clientes e de todas as entidades que acreditaram e acreditam no nosso trabalho, como processo da evolução das culturas.
Por todas estas razões e mais alguma que possa não ter referido, estamos todos de Parabéns e o Meu Muito Obrigada,

Fica o convite para uma noite de festa.
Olga Santos,
Direcção

22 de abril de 2010

COLÉGIO FREI GIL (BUSTOS) - FERNANDO ROSAS «CONTA COMO FOI ... O 25 DE ABRIL"

"O regime [da ditadura de Marcelo Caetano] inicialmente teve possibilidades políticas reais de fazer uma evolução. E teve apoios políticos. Primeiro, teve a benevolência da opinião pública. Marcelo Caetano foi recebido com uma expectativa benevolente em relação à mudança. Em segundo lugar, teve - por muito que eles hoje não gostem que se diga isso porque têm um discurso oficial pós-abrilista - a benevolência das oposições. A maioria delas encarava positivamente a possibilidade de o regime mudar e estava disposta a colaborar."
(…)
in Albano Matos entrevista Fernando Rosas, (A Revolução de Abril), Diário de Notícias, 29.04.2004 aqui


IPSB (Colégio Frei Gil) - DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA COM VIDA

De uma oportuna comunicação de Telmo Domingues alusiva à evocação da Revolução do 25 de Abril’1974 extrai-se:

« … o Dr. Fernando Rosas, Historiador e deputado do Parlamento pelo BE, vai estar no auditório do IPSB a dar uma palestra subordinada ao tema "Conta-me como foi... o 25 de Abril", no dia 23 de Abril, pelas 15:30 horas. O objectivo não é pedir a divulgação do evento (esperamos ter o auditório a cheio!) mas sim compartilhar uma oportunidade preciosa de ouvir um testemunho que se antevê rico e contextualizador e, por isso, um momento de excelência no âmbito da Aprendizagem e edificação de Cidadania. Suspeito que alguns de vós não resistirão a tomar parte da sessão e é esse o motivo do meu mail. Tem sido, aliás, uma estratégia que temos vindo a semear na nossa escola, trazendo aos nossos alunos as pessoas que estão na linha da frente nas mais diversas áreas do Conhecimento. O último palestrante que cá esteve foi o "nosso" Dr. Milton Costa e, como era de esperar, "encheu-nos a barriguinha" de fascínio pela Ciência… [enviado por] Telmo Domingues» (fim de transcrição).

21 de abril de 2010

FESTEJAR O 25 DE ABRIL

Programa concelhio das comemorações do 36º aniversário do 25 de Abril:

10h -Cerimónia de Homenagem aos Mortos da Guerra Colonial, com a presença do Núcleo de Aveiro da Liga dos Combatentes, junto ao monumento aos Combatentes do Ultramar – Av. Dr. Abílio Pereira Pinto

10h20 – Recriação dos “Primeiros Sinais” do 25 de Abril, com a presença da Banda Filarmónica da Mamarrosa, no exterior do edifício dos Paços do Concelho

Programa concelhio dos festejos que assinalam o 36º aniversário do 25 de Abril:

10h30 – Hastear das Bandeiras

10h40 – Descerramento da Fotografia do ex-presidente da Assembleia Municipal de Oliveira do Bairro, Dias Cardoso, na galeria dos presidentes da Assembleia Municipal

10h50 – Cerimónia protocolar da Assembleia Municipal que decorrerá no salão nobre dos Paços do Concelho

11h30 – Leitura do comunicado da rendição do quartel do Carmo

11h40 – Inauguração da Exposição “Abril da Pequenada“. Intervenção a cargo do professor António Oliveira , na sala de Exposições dos Paços do Concelho.

UNIÃO DESPORTIVA DE BUSTOS (SENIORES) MANTÉM 2º LUGAR DA SÉRIE

UD BUSTOS – GD Águas Boas (2-1)


Jogo bem disputado no palco do 'Estádio' Dr. Manuel dos Santos Pato (Sobreiro - Bustos) em que o grupo visitante vendeu cara a derrota.
O segundo lugar não dá acesso à promoção… o que não permite entrar em aventuras despesistas.

O Bustos alinhou com Ivan (subcapitão); Luís Miguel, Pedro Resina (capitão), Henrique, Fábio, Samagaio (Patric, 70 min); Hugo Tavares, P. Murta, Paulo (Faneca, 60 min), Pião, Hélder (Edgar, 80 min); Paulo Ferreira.
Golos - Henrique e Pião
Também partilham os louros da vitória:
Jogadores - Bem-Haja; Roger; Milton
Delegado – Luís Jorge (Hoss)
Mister – JoaQUIM Tavares
Massagista – Carlos Pascoal.

20 de abril de 2010

BUSTOS - PARA O ROTEIRO RELIGIOSO (1)


Cruzeiro da Barreira (Bustos)
com registo da data de inauguração e da entidade promotora - a Junta de Freguesia de Bustos.



O encontro da Rua Dr. Manuel dos Santos Pato com a Rua 18 de Fevereiro tem na memória a marca de dois acidentes rodoviários mortais. A implantação da rotunda veio proporcionar maior segurança na circulação viária.

O Cruzeiro da Junta de Freguesia de Bustos, inaugurado em 07 de Agosto.2005 "veio satisfazer o desejo" manifestado em 1963 (?) pelo P.e Vidal.
sérgio micaelo ferreira

17 de abril de 2010

SEIS ANOS DE LIGAÇÃO

Foi no dia 17 de Abril de 2004 que  Bustos passou a  ter um lugar entre a comunidade cibernética mundial. Aqui.

EM BUSTOS HOUVE - Galito Jazz (1935 – 1941)

A fotografia redescoberta por Alberto Martins é uma relíquia que fixa a memória do movimento dos conjuntos musicais em Bustos.
David Correia (29.09.1909 – 23.02.2005) foi o promotor da formação do “Galito Jazz, de Bustos”.


Do blogue Bustos – do Passado e do Presente, transcreve-se:
“Com vinte e poucos anos [David Correia] forma o conjunto musical “Galito Jazz” (1935 – 1941). Inicialmente tocava flauta e mais tarde saxofone-soprano. Passaram por este grupo: Manuel Pinto (irmão do Evaristo Pinto) – trompete; Jonine Aires – saxofone-alto; José Valério – bateria; Manuel Rato (Póvoa do Forno) – trombone; Manuel Grangeia – saxo-barítono; Figueiredo (tio do Óscar) – violino; Olegário Silva (da Caneira) – clarinete; Arnaldo Barreiro; e Manuel Micaelo Júnior (a)”.
Dos elementos indicados apenas alguns poderão estar no foto em apreço.

(excerto de “David Correia: Partiu um Animador, 27.02.2005, Bustos – do Passado e do Presente) aqui

(a) Informação cruzada do livro de Arsénio Mota, [Bustos – elementos para a sua história, edição da Associação de Beneficência e Cultura de Bustos,1983] já citado com os dados recolhidos do Ti David.

16 de abril de 2010

SOBREIRO [BUSTOS] - VAI NASCER UMA CRIANÇA


CONSTRUÇÃO DO PÓLO ESCOLAR DO 1º CICLO BÁSICO e PRÉ-ESCOLAR DO SOBREIRO (BUSTOS) - SCARP, SA FOI A PRÉ- ESCOLHIDA

É intenção da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro adjudicar à empresa SCARP, SA a construção do Pólo Escolar de Bustos (1º Ciclo do Ensino Básico e Educação Pré-escolar). A sua proposta atinge o montante de 2.441.900,91euros. O processo de adjudicação decorre os trâmites legais necessários à sua confirmação.
(segundo informação fidedigna)
...
Brevemente haverá uma tabuleta a anunciar a obra.
sérgio micaelo ferreira

14 de abril de 2010

ARMANDO HUMBERTO [PS OLIVEIRA DO BAIRRO] COMENTA ACÇÂO DO EXECUTIVO CAMARÁRIO

Caros Amigos,

Na passada segunda-feira foram aprovadas em Assembleia Municipal as contas do Executivo Municipal de Oliveira do Bairro referentes ao ano de 2009.

Em 2009 o Executivo Municipal executou quase 20 milhões de euros, quando em 2008 só tinham sido executados 17 milhões de euros, …
… ou seja executámos mais 15% do que aquilo que tínhamos executado no ano anterior!

Em tempos de aperto de cinto, quem é que anda a gastar mais 15% relativamente ao ano transacto?

E como é que isto foi possível?
os munícipes … contraíram um empréstimo de quase 1 Milhão de Euros»

Foi possível porque os munícipes, pelo menos aqueles que estão ligados ao abastecimento público de água, contraíram só o ano passado um “empréstimo” sem se aperceberem de quase 1 milhão de euros vindo da ADRA (a empresa intermunicipal que irá gerir nos próximos 50 anos a rede de captação e distribuição de águas). Que vão pagar com um spread de 3% através da factura da água nos próximos 50 anos. Depois, foi possível porque o ano passado se procurou rapar o fundo ao tacho, e se gastou mais do que aquilo que se arrecadou, não tivesse o ano passado sido ano de eleições. Mas foi ainda possível porque a receita proveniente do IMI cresceu mais 16% relativamente a 2008, quando em 2008 relativamente a 2007 já tinha crescido 28%, e em 2007 relativamente a 2006 tinha crescido 20%, e em 2006 relativamente a 2005 tinha crescido 19%.



O IMI é taxado no máximo permitido pela Lei
Em 2005, quando o actual Presidente de Câmara assumiu as funções pela primeira vez, a receita do IMI era de 923 mil euros, em 2009, foi de 1 milhão 962 mil euros. Ou seja no espaço de um mandato autárquico, a receita arrecadada através do IMI, aumentou mais de 1 milhão de euros, mais do que duplicou. E isto, sem alterações significativas do bens imobiliários implantados no Concelho. Por isso nós temos vindo a dizer que é inadmissível que o actual Executivo mantenha a taxa do IMI no máximo permitido por lei.


… esperamos sinceramente ver a situação do IMI corrigida já para o próximo ano

Começamos, agora, a ver nalguns deputados da bancada do PSD algum incómodo com esta situação, por isso esperamos sinceramente ver esta situação corrigida já para o próximo ano. Pois é inadmissível que face a este aumento brutal da receita proveniente do IMI continuemos a manter a taxa máxima permitida por lei, penalizando fortemente todos aqueles que investiram no nosso Concelho. Muitas vezes não temos a força dos votos, mas a razão acaba também por ter muita força!

grandes obras de prioridade discutível ...

Abstivemo-nos na votação do Relatório e Contas de 2009 porque estas espelham uma prática política, baseada em grandes obras de prioridade discutível, contra a qual nos temos oposto. Entendemos que muitos dos investimentos que estão a ser levados a cabo no Concelho não estão correctamente dimensionados face às reais necessidades do Concelho e que por culpa disso mesmo o Município vai ver aumentadas de forma significativa as suas despesas, sem que daí advenham os correspondentes benefícios para as populações.


... enorme pressão na despesa ...
Esta estratégia de desenvolvimento tem criado uma enorme pressão do lado da despesa, que só tem sido possível compensar com o aumento das receitas provenientes do IMI, e da alienação de recursos vitais para as pessoas, como o serviço de captação e distribuição de água.

Representantes do PS estão disponíveis…

Não se esqueçam que como vossos representantes estamos sempre disponíveis para levar à Assembleia ou às reuniões de Câmara assuntos relevantes para o Concelho. Não deixem de nos contactar, se tiverem algo que considerem relevante.

Um abraço e obrigado pela paciência,
Armando Humberto
Assembleia Municipal
Oliveira do Bairro

CONCERTO DE PRIMAVERA

No Salão Polivalente das Obras Sociais de Bustos vai ter lugar, no próximo dia 24, pelas 20h30, o Concerto de Primavera, numa iniciativa do Orfeão de Bustos.
O espectáculo terá entrada livre e conta com a participação do Grupo Coral do Orfeão de Bustos, Grupo Coral Caetanense (Cantanhede) e Grupo Coral Santa Joana (Aveiro).

13 de abril de 2010

"Boas Noticias para Bustos" do blogue de Sérgio Pelicano

"Oliveira do Bairro. Um olhar sobre o meu Município", blogue de Sérgio Pelicano, dá hoje a conhecer em uma boa notícia para Bustos. O sistema da rede de águas residuais vai comtemplar mais uma parte do território desta Freguesia.

A entidade adjudicante "ADRA - Águas da Região de Aveiro, S.A." e a verba envolvida atinge 2040000.00 EUR
Notícias de Bustos, com a devida vénia, edita o postal
"Boas Notícias para Bustos", terça-feira, 13 de Abril de 2010,"Oliveira do Bairro. Um olhar sobre o meu Município", aqui

"Na última assembleia municipal, foi dado a conhecer, pelo Sr. Presidente de Câmara que tinha sido publicado em Diário da República o anuncio do concurso público para a instalação da Rede de Drenagem de Águas Residuais do Sobreiro, Póvoa e Zona Central de Bustos.
Trata-se da Instalação de rede de drenagem de águas residuais, numa extensão de 12.023 metros, incluindo a execução de seis estações elevatórias e 475 ramais domiciliários.
Acredito que são boas notícias para a freguesia de Bustos, que obviamente estava carenciada desta infra-estrutura.
O anúncio poderá ser consultado
aqui
Publicada por Sérgio Pelicano em 09:49".
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Nota: Por estar ultrapassado no tempo e porque finalmente o poço do Parque de Merendas está coberto, o postal editado hoje "RECOMENDA-SE COBERTURA DE POÇO DO PARQUE DA JUNTA DE FREGUESIA DE BUSTOS" teve duração efémera por transportar uma observação contrária à verdade.
As desculpas aos leitores dessa falsa informação e os parabéns à actual Junta de Freguesia por se ter preocupado com a segurança.
sérgio micaelo ferreira

10 de abril de 2010

BATALHA DE LA LYS - O ESTOICISMO DO SOLDADO PORTUGUÊS... A EUROPA COMEÇOU A ESBOÇAR-SE

(9 de Abril.2010 - 92 anos depois )


- 1ª Grande Guerra - 9 de Abril, 1918 – Batalha de La Lys. O Corpo Expedicionário Português, na véspera da sua retirada da linha da frente, não resiste à invasão do exército alemão.
Apesar do moral das tropas portuguesas estar profundamente abatido, foi reconhecida a tenaz resistência ao avanço exército inimigo.
A participação de Portugal da primeira Guerra Mundial tinha por objectivos principais o reconhecimento do Regime Republicano; a defesa das colónias e a defesa da Liberdade.
De Bustos ofereçam-se alguns republicanos para defender o seu ideal, tendo combatido no Teatro de Guerra de Angola, Moçambique e França.

Os Mortos da 1ª Guerra Mundial estão evocados em monumento erigido para o efeito na Praça da República, junto à Biblioteca Municipal em Oliveira do Bairro.

NB acompanha a evocação


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A EUROPA COMEÇOU A ESBOÇAR-SE
O abastecimento em tempo de guerra envolve uma complicada teia organizativa que vai desde a aquisição dos produtos ao transporte e sua colocação. A especulação e o açambarcamento são práticas ditas normais. Isto vem a propósito de abordar uma figura que ajudou a esboçar a “integração” de serviço anglo-francês de abastecimento civil. Viajou pelo mundo para vender o conhaque da sociedade dirigida pelo seu pai, conheceu os mecanismos do comércio internacional, acolheu os ensinamentos da City e grangeou amigos que o acompanharam nas suas ideias comunitárias. A valorização adquirida nos contactos com o mundo real do comércio abriu-lhe os horizontes para criar uma nova ordem na Europa ocidental - a de esbater as fronteiras e criar estruturas supra nacionais.
Mais tarde, em 1940, para criar um único comando anglo-francês no combate contra os nazis, essa figura sonha com a criação de “um só parlamento, um só ministério, um só exército”.
Jean Monnet (9 Novembro’1888 – 19 Março’1979), um dos Pais da Europa que devia aproximar os homens.
Jean Monnet merece ampla divulgação áudio-visual.

5 de abril de 2010

VISITA PASCAL: a tradição renasce

Num texto de 13 de Abril de 2009, dei notícia do que foi a visita pascal na freguesia de Bustos: recomendo a sua leitura, para o que basta clicar AQUI. Está tudo lá, até um pouco de história.
Terminei esse texto deixando na sombra algo que acabou por se tornar uma realidade conhecida: a reabilitação da capela que foi dos Ferreiras e que sempre conhecemos pelo nome do Dr. Santos Pato. A foto está lá, sem qualquer explicação, assim como que a modos de grande mistério.
Como a visita (ou compasso) demora dois dias, ao fim do dia de domingo de Páscoa sempre foi costume deixar a Cruz do Senhor naquela capela, retomando-se a visita no dia de hoje. A degradação e posterior abandono da capela e da própria casa puseram fim a essa tradição.
Com o excelente restauro da casa e capela, a família Dr. Pedro Vaz Serra desejou que se retomasse a tradição. 
 O Padre Arlindo Valente e a Confraria do Senhor também assim quiseram, razão porque ao princípio da noite de ontem a visita do domingo de Páscoa terminou na bonita capela, em cujo altar o símbolo de Cristo ressuscitado ficou até hoje de manhã.
Em jeito de epílogo: a identidade e riqueza das comunidades locais passa pela preservação das  suas tradições. Sem elas, perde-se a alma e o sentir dos povos.

3 de abril de 2010

1º TORNEIO BAMBI «VILA BUSTOS»’2010. UNIÃO DESPORTIVA DE BUSTOS DE “CONVÍVIO E ALEGRIA”

CAMPO DE FUTEBOL 'DR. MANUEL DOS SANTOS PATO', sexta-feira, 2 de Abril - Aconteceu uma «boa jornada de convívio e alegria» (1) no 1º Torneio «VILA BUSTOS» da classe “Bambi “ (2004/05). O 1º lugar foi conquistado pela Escola de Futebol “Os Fiãesinhos”.
Equipa vencedora, participantes, apoiantes e organização estão de parabéns.
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sérgio micaelo ferreira

(1) in Minis B campeões em Bustos, Escola de Futebol “Os Fiãesinhos”, 03.04.2010 aqui

2 de abril de 2010

B ...JUNTA DE FREGUESIA DE BUSTOS PRESTOU TRIBUTO A CORRELIGIONÁRIO

A galeria dedicadas aos antigos Presidentes da Junta de Freguesia de Bustos abre com a fotografia de Jacinto Simões dos Louros e fecha com a de Manuel da Conceição Pereira (Presidente durante três mandatos consecutivos).

Jacinto Simões dos Louros, o primeiro activista da criação da Freguesia de Bustos e o primeiro Presidente da Junta, o defensor da cidadania veiculada pela cultura republicana, bem merecia que fosse evocado em busto colocado no hall de entrada do edifício da Junta de Freguesia
E que boa companhia teria se ao lado houvesse um busto do Dr. Manuel dos Santos Pato?
Em nove Maio próximo, acontecerá efectivamente o nonagésimo aniversário da implantação da Freguesia de Bustos data da primeira eleição da Junta de Freguesia de Bustos. Nove de Maio’2010 cai a um domingo. Evocar as prestigiadas Figuras de Jacinto Simões dos Louros e de Dr. Manuel dos Santos Pato no nove de Maio de 1920 poderá acontecer o pagamento de uma dívida, sucessivamente adiado.

mentira do 1 de Abril.

A inscrição da abreviatura «Eng.» antes de Manuel da Conceição Pereira, por certo, não terá sido um acto do novo executivo da Junta de Freguesia de Bustos prestar tributo ao seu correligionário.

Entretanto são apresentados alguns elementos que atestam a suposta imprecisão inscrita na legenda da fotografia oficial que é da responsabilidade do actual executivo autárquico.
O Jornal da Bairrada (28.08.1971) (1), na sua local Malhapão titulava “NOVO AGENTE TÉCNICO DE ENGENHARIA” e informava: “Acabou o curso de Electrotecnia e Máquinas o agente técnico de Engenharia Manuel da Conceição Pereira,…”
O Decreto-Lei n.° 830/74, de 31 de Dezembro, ao criar dos Institutos Superiores de Engenharia, consequentemente extinguiriia os Institutos Industriais e o título de «agente técnico de engenharia».

O ponto 3. do intróito deste decreto justifica a equiparação a bacharel (2). O art.3º do decreto explicita a atribuição do grau de «Engenheiro Técnico».
O popularizado tratamento verbal de «engenheiro» não pode ser a escorregadela para cair num documento oficioso exposto em cerimónia do "Dia de Bustos'2010" no salão da Assembleia de Freguesia de Bustos
Sendo Manuel da Conceição Pereira um corredor de fundo na política local, não se compreende que pareça conviver mal com as suas prestigiadas habilitações académicas.

(1)Consulta efectuada através do projecto “bibRia – Biblioteca Digital dos Municípios da Ria
(2) Centro de documentação 25 de Abril Universidade de Coimbra aqui
Nota: Não tendo perdido actualidade, pode ser consultado:
COMUNICADO DA ANET ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ENGENHEIROS TÉCNICOS À COMUNICAÇÃO SOCIAL
aqui
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sérgio micaelo ferreira

2. AS PEDRAS QUE FALAM..." - CAMPUS DESPORTIVO DA UNIÃO DESPORTIVA DE BUSTOS

A “colocação da primeira pedra no novo Parque Desportivo” da União Desportiva de Bustos mereceu a presença de representação de ‘Os Belenenses” e que, na ocasião, Sequeira Nunes, então presidente do clube de Belém, “foi convidado a apadrinhar o novo espaço" (1).


A circunstância estava bem decorada. Passados dias ainda se via uma senhora máquina triunfalmente colocada a convencer o eleitor. A Obra estava garantida.
O ‘Clube União’ merecia ter o seu estádio,..
Mais. Bustos merecia ter um complexo desportivo.

Entretanto, houve um alerta nos discursos. “o Presidente do Município, Dr. Acílio Gala [informara] que ainda falta comprar um terreno para que o projecto possa ser levado a bom termo. Mais esclareceu que a Câmara Municipal não pode concretizar tal compra pois o respectivo proprietário pede valores que Edilidade não pode aceitar. Por não estarem conforme com o preço médio a que os restantes terrenos foram adquiridos. E solicitou o apoio de todos na busca de uma solução para o problema.”


Sem solução à vista, algumas obras são feitas no terreno adquirido para o Complexo prometido, aparentemente são criados campos e, segundo Óscar Santos, “O espaço do polémico novo campo vai servir para treinos e alguns jogos, razão porque o piso foi tratado para esse fim.” razão porque o piso foi tratado para esse fim.” (3)

Enfim, o Complexo Desportivo de Bustos teve um falso arranque e, passados cinco anos, a solução ainda não está à vista.


– Pois é – concluí sem dúvida –, mesmo em silêncio as pedras falam, falam... (Belino Costa)
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(1) "Os Belenenses" em Bustos, Bustos – do Passado e do Presente, novembro 09, 2004; aqui
cita FILIAIS: Sequeira Nunes apadrinha novo parque desportivo, 08-11-2004
aqui
(2) Primeira Pedra, Bustos - do passado e do presente, novembro 08, 2004
aqui
(3) in Óscar Santos, UDB RENOVA-SE, Notícias de Bustos,10.07.2006 aqui

sérgio micaelo ferreira

1 de abril de 2010

1. "AS PEDRAS QUE FALAM..." - CAMPUS DESPORTIVO DA UNIÃO DESPORTIVA DE BUSTOS

As pedras falam, falam…

Era uma bela e inocente pedra, pedaço de uma rocha surgida no ventre da Terra, para uns criação de Deus, para outros obra suprema da mãe Natureza. Tinha uma vida comum, uma vida feita pedra, até que mão humana a retirou do sono multi-milenar e a trouxe para a superfície de uma outra vida.

Deixou de ser uma simples laje para passar a usar o título de Primeira Pedra, ali no Sobreiro. E rodeada de paus de bandeira com uma placa gravada dizendo, “Parque Desportivo da União Desportiva de Bustos”, lá ficou ela, espetada no meio do campo, à entrada de coisa nenhuma. Sozinha. À espera!

Num destes dias dei por mim em frente dela. Especado. E depois de muito olhar, na ânsia de compreender o absurdo, não é que a pedra falou?! E disse:

– Porque me olhas assim, humano?

– Como…

– Vês-me aqui abandonada, esperando pelo Não Sei Quando e tens pena?

– Mas tu falas! – gaguejei incrédulo.

– Não têm feito outra coisa as pedras deste mundo. Se não falássemos julgas que nos usariam para construir estátuas, arcos de triunfo, ou simples obeliscos. O que julgas que faço eu aqui plantada, exibindo a designação de algo que não existe e o nome daqueles que não sabem distinguir um calhau da sua própria vaidade?

– Falas mesmo…

– Querem fazer-me acreditar que sou a Primeira mas eu sei que só poderei usar tal apelido quando aqui chegar, pelo menos, a Segunda. A Segunda Pedra. Para já mais não sou do que um embuste. Faço de conta que a segunda pedra está para chegar e o Parque Desportivo em vias de construção!

– Há pelo menos uma intenção!

– E intenção passou a ser obra? Existirá qualquer calendário para a sua execução?

– Não, lá isso não.

– Então nem pedra sou, mas mera estratégia de propaganda politica. Coisa nenhuma, que nem sirvo para poleiro de pássaro.

– Para alguma coisa deves servir…

– Tens razão, sirvo para os cães aqui erguerem a perna, essa forma dos canídeos marcarem território. Estou a transformar-me num marco, espécie de monumento à política da marcação territorial com assinatura! Uma espécie de monumento à Pouca Vergonha...

– Pois é – concluí sem dúvida –, mesmo em silêncio as pedras falam, falam...

BC
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Belino Costa, As pedras falam, falam… , Abril 03, 2005; Bustos – do Passado e do Presente

aqui

A...JUNTA DE FREGUESIA DE BUSTOS PRESTOU TRIBUTO A CORRELIGIONÁRIO


A fotografia do antecessor Presidente da Junta de Freguesia, Manuel da Conceição Pereira, desde o pretérito dia 18 de Fevereiro, está a acompanhar – e bem – o elenco dos anteriores Presidentes de Junta de Freguesia. A actual Junta de Freguesia de Bustos distinguiu o seu correligionário, antecedendo ao nome a "etiqueta" de “Eng.”
É o tributo prestado pelo elenco autárquico a quem se tem dedicado à res publica.
Registe-se.
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sérgio micaelo ferreira