De família humilde, MANUEL FERREIRA DA SILVA nasceu no dia 27 de Setembro de 1901, no lugar da Caneira. Feita a instrução primária – dizia ter concluído a 6.ª classe (?) – foi para Lisboa, onde guardava gado numa quinta que existia nos Olivais, onde se manteve até rumar pela primeira vez ao Brasil, por volta dos seus 18, 19 anos.
Regressou poucos anos depois, para casar com Cristina de Jesus, que também se assinava Cristina Mota Ferreira e Cristina de Jesus Mota.
O casal passou então a explorar uma loja de mercearias, no Sobreiro, onde depois foi construído o que veio a ser o restaurante TI MARIA.
Um ou dois anos depois emigrou para os Estados Unidos e fixou-se em Pert Amboy, estado de New Jersey, trabalhando como guarda numa fábrica de cerâmica que, segundo consta, ainda há poucos anos existia.
Final dos anos vinte, era o tempo da “lei seca” e, porque tinha tempo disponível, no porão da casa onde vivia fabricava licores, especialidade que aprendeu no laboratório de Augusto Costa, nos seus anos de escola na Quinta Nova, já que era lá que funcionava a única sala de aulas de Bustos. Foi denunciado e preso durante algumas horas. Da denúncia e prisão resultou que os polícias passaram a ser os seus melhores clientes. Fez fortuna e regressou, confortavelmente, a Portugal ao fim de sete anos. Antes, porém, sabendo que Augusto Costa queria vender a sua Quinta Nova, enviou dinheiro à esposa que comprou a propriedade.
Regressou poucos anos depois, para casar com Cristina de Jesus, que também se assinava Cristina Mota Ferreira e Cristina de Jesus Mota.
O casal passou então a explorar uma loja de mercearias, no Sobreiro, onde depois foi construído o que veio a ser o restaurante TI MARIA.
Um ou dois anos depois emigrou para os Estados Unidos e fixou-se em Pert Amboy, estado de New Jersey, trabalhando como guarda numa fábrica de cerâmica que, segundo consta, ainda há poucos anos existia.
Final dos anos vinte, era o tempo da “lei seca” e, porque tinha tempo disponível, no porão da casa onde vivia fabricava licores, especialidade que aprendeu no laboratório de Augusto Costa, nos seus anos de escola na Quinta Nova, já que era lá que funcionava a única sala de aulas de Bustos. Foi denunciado e preso durante algumas horas. Da denúncia e prisão resultou que os polícias passaram a ser os seus melhores clientes. Fez fortuna e regressou, confortavelmente, a Portugal ao fim de sete anos. Antes, porém, sabendo que Augusto Costa queria vender a sua Quinta Nova, enviou dinheiro à esposa que comprou a propriedade.
Chegado a Bustos, Ferreira da Silva comprou também o pousio onde mandou construir o Centro Recreativo de Instrução e Beneficência, bem como o edifício ao lado, onde o Sr. Manuel Aires abriu a CASA DAS MODAS e o Sr. Dr. Assis a Farmácia.
A construção do Centro Recreativo na aldeia de Bustos foi uma temeridade para a época. O Bustos Sonoro Cine, inaugurado em 1937 (?), com sessões regulares de cinema e bailes que regularmente ali se realizavam, foi um fracasso, pelo que decidiu emigrar outra vez para o Brasil, agora acompanhado da esposa e filhas. Nomeou procurador o médico Dr. António Vicente que foi mantendo o salão a funcionar, sob a orientação de Manuel Simões Micaelo que, aos 17 anos, foi ajudante de projeccionista de Ferreira da Silva.
No Rio de Janeiro, abalançou-se a actividades diversificadas: primeiro uma quitanda e um açougue que, entretanto, vendeu; depois uma padaria com pastelaria anexa e uma fábrica de massas alimentícias.
Toda a família se manteve no Brasil desde 1939 até 1945, ano em que voltaram a Bustos, por razões de saúde de D.ª Cristina. À frente dos negócios ficaram três Bustoenses: António Luzio, Manuel Lagoa da Quinta Nova e Manuel Figueiredo do Sobreiro.
Durante o tempo que Ferreira da Silva se manteve em Portugal, (mais ou menos dois anos) tomou várias iniciativas de carácter cultural (vide livro “O Destino” de Maria Nazaré Costa, pp. 22, 98, e 99). Noutra vertente, de salientar a limpeza das ruas da freguesia, contratando a expensas suas um homem que, com uma carreta apanhava os excrementos dos animais bovinos. Participou ainda em diversas actividades em prol de Bustos como a criação da feira do Sobreiro.
Veio mais duas vezes a Portugal e regressou definitivamente ao Brasil em Abril de 1981, ocorrendo a sua morte a 16 de Janeiro de 1990.
Com a demolição de parte do Morro de Santo António para formar o Aterro do Flamengo, demolidos foram também os edifícios onde estavam instaladas a padaria, a pastelaria e a fábrica de massas alimentícias, erguendo-se agora, sobre os seus destroços, a catedral do Rio de Janeiro.
A construção do Centro Recreativo na aldeia de Bustos foi uma temeridade para a época. O Bustos Sonoro Cine, inaugurado em 1937 (?), com sessões regulares de cinema e bailes que regularmente ali se realizavam, foi um fracasso, pelo que decidiu emigrar outra vez para o Brasil, agora acompanhado da esposa e filhas. Nomeou procurador o médico Dr. António Vicente que foi mantendo o salão a funcionar, sob a orientação de Manuel Simões Micaelo que, aos 17 anos, foi ajudante de projeccionista de Ferreira da Silva.
No Rio de Janeiro, abalançou-se a actividades diversificadas: primeiro uma quitanda e um açougue que, entretanto, vendeu; depois uma padaria com pastelaria anexa e uma fábrica de massas alimentícias.
Toda a família se manteve no Brasil desde 1939 até 1945, ano em que voltaram a Bustos, por razões de saúde de D.ª Cristina. À frente dos negócios ficaram três Bustoenses: António Luzio, Manuel Lagoa da Quinta Nova e Manuel Figueiredo do Sobreiro.
Durante o tempo que Ferreira da Silva se manteve em Portugal, (mais ou menos dois anos) tomou várias iniciativas de carácter cultural (vide livro “O Destino” de Maria Nazaré Costa, pp. 22, 98, e 99). Noutra vertente, de salientar a limpeza das ruas da freguesia, contratando a expensas suas um homem que, com uma carreta apanhava os excrementos dos animais bovinos. Participou ainda em diversas actividades em prol de Bustos como a criação da feira do Sobreiro.
Veio mais duas vezes a Portugal e regressou definitivamente ao Brasil em Abril de 1981, ocorrendo a sua morte a 16 de Janeiro de 1990.
Com a demolição de parte do Morro de Santo António para formar o Aterro do Flamengo, demolidos foram também os edifícios onde estavam instaladas a padaria, a pastelaria e a fábrica de massas alimentícias, erguendo-se agora, sobre os seus destroços, a catedral do Rio de Janeiro.
Miguel Barbosa, em 04 de Dezembro de 2008
Sem comentários:
Enviar um comentário