À sua maneira, Ulisses Crespo vai escrevendo sobre Bustos e os Bustuenses.
Publicou em 2004 os seus “Lustros de Bustos”, epopeia em versos jocosos sobre gente da nossa terra. O Arsénio Mota chamou ao estilo “anedotário aldeão”. Não admira: Bustos está cheio de histórias chistosas, onde, a par da maior imaginação, imperam o humor e a graçola.
Recentemente, o Ulisses divulgou um opúsculo a que chamou “Crónicas de Bustos”, dedicado à “gente da nossa gente”.
O pequeno texto tem o propósito de lembrar o centenário do nascimento do nosso Hilário Costa, Amigo que quis evocar bem a tempo dos cem anos do seu nascimento (12 de Março de 1907).
Escreve o comendador Ulisses:
“…nesta singela homenagem, reconheço a singularidade do seu carácter, a magoada saudade dos seus versos e, ao fazê-lo, tenho como desígnio evitar que a morte não seja «sem recurso» e a memória da sua passagem pela terra definitivamente amortalhada pelo esquecimento.
Acredito que uma das poucas obrigações dos vivos, no meu humano entender, é preservar a memória dos mortos, não apenas em epitáfios os quais apenas inscrevem o começo e o fim de uma vida, senão em transmitir o legado ou legados que distinguiram a sua vida de homem".
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Publicou em 2004 os seus “Lustros de Bustos”, epopeia em versos jocosos sobre gente da nossa terra. O Arsénio Mota chamou ao estilo “anedotário aldeão”. Não admira: Bustos está cheio de histórias chistosas, onde, a par da maior imaginação, imperam o humor e a graçola.
Recentemente, o Ulisses divulgou um opúsculo a que chamou “Crónicas de Bustos”, dedicado à “gente da nossa gente”.
O pequeno texto tem o propósito de lembrar o centenário do nascimento do nosso Hilário Costa, Amigo que quis evocar bem a tempo dos cem anos do seu nascimento (12 de Março de 1907).
Escreve o comendador Ulisses:
“…nesta singela homenagem, reconheço a singularidade do seu carácter, a magoada saudade dos seus versos e, ao fazê-lo, tenho como desígnio evitar que a morte não seja «sem recurso» e a memória da sua passagem pela terra definitivamente amortalhada pelo esquecimento.
Acredito que uma das poucas obrigações dos vivos, no meu humano entender, é preservar a memória dos mortos, não apenas em epitáfios os quais apenas inscrevem o começo e o fim de uma vida, senão em transmitir o legado ou legados que distinguiram a sua vida de homem".
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Tem toda a razão, porque Hilário Costa é um dos muitos esquecidos das chamadas autoridades locais, que preferem dar o nome de ruas a gente escancaradamente medíocre, sem história, sem estilo, sem engenho e, pior que tudo, sem obra ou arte que se veja ou tenha visto algures no passado de Bustos.
Convenhamos: a democracia também arrasta muita mediocridade, que isto dos votos tem muito que se lhe diga...
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Convenhamos: a democracia também arrasta muita mediocridade, que isto dos votos tem muito que se lhe diga...
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Termino lembrando um pequeno verso de Hilário Costa [1]:
Nunca me julguei ser grande.
- Sou da minha estatura.
Mas se hoje sou pequeno
- «Crescerei» na sepultura!
Nunca me julguei ser grande.
- Sou da minha estatura.
Mas se hoje sou pequeno
- «Crescerei» na sepultura!
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oscardebustos
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