27 de setembro de 2015

Crise no Município de Oliveira do Bairro: A PROPOSTA DE (DES)CONFIANÇA APRESENTADA POR PAULO CAIADO

Mário João Oliveira é acusado de mentir e violar normas básicas da democracia


O “Notícias de Bustos” publica, na íntegra, a proposta onde Paulo Caiado, 1º vereador do CDS-PP, solicita que o Presidente da Câmara de Oliveira do Bairro se retrate ou se demita porque “não só mentiu, como violou as normas básicas da democracia, até porque em qualquer momento o Edil, pode solicitar o uso da palavra na Assembleia Municipal, além de ter o dever e obrigação democrática, de responder publicamente a qualquer questão, levantada por qualquer cidadão, como é da boa tradição democrática nos Municípios Portugueses.”
A proposta deverá ser votada na próxima sessão camarária.


Sessão de Câmara de 24 de Setembro de 2015

“Considerando que estamos a meio de um mandato eleitoral;
Considerando que o atual Presidente exerce funções de Edil, há uma década, no Município de Oliveira do Bairro;
Considerando que fui eleito para este executivo, para constitucionalmente defender os contribuintes / munícipes e os seus mais elementares direitos, com a isenção e a imparcialidade que a dignidade do cargo de eleito exige;
Considerando que o estatuto da oposição, deve ser exercido com eficácia e respeitado, ainda mais quando sou o primeiro eleito, do maior e único partido da oposição, nesta Câmara Municipal;
Considerando o seguinte:
·         Mudança da Biblioteca de Bustos para o novo Pólo Escolar de Bustos, e não para a antiga Escola Primária no Centro de Bustos, bem como todas as consequências associadas, designadamente:
·         Potenciais problemas de insegurança no Pólo Escolar de Bustos que daí possam advir.
·         Falta de consideração pela opinião expressa pelos pais das crianças que frequentam o Pólo Escolar de Bustos.
·         O Presidente da Câmara não ter exposto de imediato o fundamento político, que está na origem da transferência da Biblioteca de Bustos para o Pólo Escolar, e não para a antiga Escola Primária, quando das questões colocadas por uma dezena de cidadãos Bustoenses na Assembleia Municipal de 19 de Junho do corrente ano, numa atitude que pode ser considerada como falta de transparência e de respeito para com mais de meio milhar de contribuintes / munícipes Bustoenses (que assinaram o abaixo-assinado), para com a Assembleia Municipal, para com as Instituições Democráticas e para com o Estado de Direito; numa atitude digna de recorrerem ao poder local, como garante de ter respostas e soluções para os seus anseios e preocupações, como é normal na vida democrática de um município, onde exista Democracia séria, viva, participativa e ativa;
Considerando que o Presidente da Câmara Municipal, no exercício pleno das suas funções, mentiu conscientemente, na Reunião de Câmara de 25 de Junho último, afirmando que o regimento da Assembleia Municipal o impedia, de responder de imediato às questões colocadas pelos Bustoenses. Ora, não só mentiu, como violou as normas básicas da democracia, até porque em qualquer momento o Edil, pode solicitar o uso da palavra na Assembleia Municipal, além de ter o dever e obrigação democrática, de responder publicamente a qualquer questão, levantada por qualquer cidadão, como é da boa tradição democrática nos Municípios Portugueses;
Considerando, o tempo decorrido, para que tivesse existindo uma correção do lapso, retratação pública ou comunicado explicando a violação e a mentira, sem que tivesse, com pena minha, existido esse arrependimento;
Considerando que ”tenho constatado, ao longo dos últimos tempos, algum desentendimento, conflito, entre franjas da nossa sociedade, dos nossos concidadãos e o nosso executivo municipal” (palavras de Dr. Manuel Nunes, Presidente da Assembleia Municipal de Oliveira do Bairro, eleito nas listas do PSD, na Assembleia Municipal de 19 de Junho último);
Considerando que os vereadores que votarem favoravelmente esta Proposta / Moção de Confiança ao Presidente da Câmara de Oliveira do Bairro, ficarão para sempre intrinsecamente ligados a todas as medidas mencionadas acima, além da conivência com a violação democrática;
Considerando que a votação nesta Proposta / Moção de Confiança, como abstenção, é uma igual cumplicidade das medidas mencionadas, ao “sacudir a água do capote” e “tentar lavar as mãos”, sem terem a coragem e audácia de defender as populações, que é o desígnio superior de um eleito para o executivo, seja com ou sem pelouros atribuídos;
Estou disponível para retirar esta Proposta / Moção de Confiança de votação, caso o Presidente da Câmara Municipal, se retrate e se demita, que é o que deve fazer, em respeito ao Poder Local Democrático e pela Dignidade da República Portuguesa,
Assim, em nome da transparência que ambos dizemos defender, proponho que a votação desta Proposta / Moção de Confiança seja efetuada hoje, ou a ser deixada para a próxima reunião de Câmara, que esta seja publica, para que os nossos munícipes que assim o desejem, possam estar presentes na discussão e votação, e não tenham conhecimento apenas através da ata, do sentido de voto de cada vereador, sem ter conhecimento da discussão, dado que de acordo com a concepção de democracia do Presidente da Câmara, as discussões dos pontos da ordem do dia não ficam em ata.
O 1° Vereador do CDS-PP,

Paulo Caiado,

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