QUE FUTURO PARA O POLO DE LEITURA? UM DESAFIO PARA A VEREADORA ELSA PIRES

“A confiança e as funções que me foram atribuídas são de uma enorme responsabilidade, que assumo com grande sentido de serviço público, tendo definido, desde o primeiro momento, que as irei exercer em nome das pessoas, para as pessoas e com os olhos nas pessoas, num ambiente dialogante e com profundo sentido de dever.”

                                                 Elsa Pires, vereadora da Educação Cultura e Ação Social 

                                                                    ao boletim informativo Oliveira do Bairro, nº 77

Inspirado por estas palavras  o NB lança um desafio à Sra. Vereadora Elsa Pires.

 Como sabe existe em Bustos um Polo de Leitura da Biblioteca Municipal de Oliveira do Bairro que é bem mais do que isso, se tivermos em conta um percurso e uma história com mais de cinquenta anos de existência.

O Polo de Leitura de Bustos, a que gostamos de chamar Biblioteca, tem estado a funcionar em instalações precárias e sem as condições de trabalho que hoje se exigem a um espaço com essas funções. Talvez essa tenha sido a razão para um certo abandono e desinvestimento. Ou então foi por falta de um projeto, de uma ambição ou de vontade política.

Agora que o edifício da antiga Escola Primária está livre, fala-se que ali será instalado o Polo de Leitura, organizado a pensar nas comunidades do sul do concelho. É uma boa ideia, mas não podemos esquecer que hoje, a par da promoção da leitura, as bibliotecas desempenham um papel essencial no combate à infoexclusão. Os computadores passaram a desempenhar uma função importantíssimo nas novas  bibliotecas e os que atualmente existem na Biblioteca estão obsoletos.

Mais do que mudar os livros de umas salas para outras impõe-se instalar um Polo de Leitura dinâmico e interveniente. Mas como? É a reflexão que lhe propomos e para a qual, certamente, não lhe faltarão interlocutores.

Este desafio é tanto mais importante quanto nos chegam notícias de que o edifício poderá albergar para além da biblioteca outras instituições o que significa que a lógica de arrumar instituições como quem mete livros numa prateleira se poderá sobrepor à instalação de um projeto devidamente pensado e estruturado. O que será de evitar, em nome da responsabilidade e do serviço público.

Com pouco dinheiro se pode fazer muito, mas sem diálogo e o debate de ideias pouco se consegue. Como utilizar um antigo edifício escolar para dinamizar a leitura e promover a cultura e a civilidade entre os cidadãos, em especial os jovens?

 Junto da antiga Escola Primária há agora um campo de mini golfe, um ringue para jogos, um parque infantil e uma zona de lazer. A instalação do Polo de Leitura irá seguramente beneficiar da nova localização, mas terá também um papel decisivo no desenvolvimento deste novo centro de convívio e desporto da vila de Bustos.

 Se pensarmos de forma integrada o conjunto de equipamentos ali existentes (há também edifício da Junta de Freguesia, que entre outros serviços, é Posto de Correio) faz todo o sentido aproveitar o velho edifício escolar para o dedicar à cultura, ainda que os livros e a leitura sejam a sua alma mater.

Vale a pena sonhar!