11 de junho de 2012

O RESGATE

Estava eu posto no sossego de domingo, aliviado pelo anúncio do resgate financeiro da banca espanhola, quando o Milton me telefonou a convidar-me para uma bem diferente operação de resgate: duas respeitáveis cobras tinham caído num poço, ali para os lados das Mesas.
A formação de biológo e a sua intransigente defesa do meio ambiente impunham-lhe uma actuação rápida, antes que os bichos acabassem afogados ou vítimas da malvadez humana.
Munidos dum improvisado cesto e cordame q.b., que o MIlton teve o cuidado de trazer de casa, lá partimos para a aventura.
Afinal, só restava uma cansada malpolon monspessulanus, mais conhecida por cobra rateira, por sinal, o maior ofídio ibérico.
Foi fácil resgatar o bicho, farto da água dum poço tão fundo e largo.
Era um juvenil, que logo devolvemos à liberdade dos pinhais circundantes.
Que cresça e se reproduza, é que lhe desejamos. De preferência, que não apareça, pois as populações odeiam-nas, vá-se lá saber porquê.

2 comentários:

  1. Drºnão sabe porquê que a população não gosta destas cobras?
    Vejamos:
    Quem é que gosta de ratos?
    Ninguém!
    Essa não é uma cobra rateira? Vem de rato, logo e ainda por cima rastejante... Eis a explicação!!
    Agora falando mais a sério.
    Bela atitude, parabéns!

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  2. *.* Muito bem! :D é bom ver que a população se começa a preocupar mais com os seres vivos que só fazem mais que contribuir para a sua própria sobrevivência! :D

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