20 de junho de 2012

BUSTOS, Patrimónios - “Escola Primária” da Quinta Nova


"Sobre o Património: 
a Capela da Póvoa e  do S. João 
pertencem à junta de freguesia. 

Informou também 
que 4 terrenos do bairro social 
já foram registados."


Informação do sr. presidente 
da junta de freguesia de Bustos na Assembleia de Freguesia de Bustos, em 28-04-2012 


Entre os edifícios da res publica localizados em Bustos, estão as escolas públicas: do Corgo e da Quinta Nova.
A quem pertence a Escola da Quinta Nova?

Esta escola foi inaugurada em plena campanha de propaganda eleitoral da União Nacional, talvez 16 de Janeiro’1949 – domingo, (1) diga-se, a campanha até era desnecessária já que a vitória da lista proposta pela União Nacional estava previamente garantida pela “secretaria”.

O edifício escolar com duas salas de aula, destinado a albergar o sexo feminino – conforme exigia a separação de sexos nas primárias – está implantado em lugar sobranceiro e que respeitava os requisitos determinados pela legislação.
foto sérgio pato
A traça deste edifício – semelhante a inúmeras escolas espalhadas pelo País – inscreve-se nas construções escolares do Plano dos Centenários (da Fundação de Portugal, ano de 1140 e da Restauração da Independência, 1640). 
Não consta que alguma escola deste plano tivesse sido construída no ano de 1940.  
 As construções escolares do Plano dos Centenários encerrara em 1960.
Entretanto, em 1961, a Escola da Quinta Nova era ampliada com mais uma sala, construída no piso superior(2). 


A confirmar o que está na placa, a Escola da Quinta Nova pertence ao património Câmara Municipal de Oliveira do Bairro. Pelo menos não consta que a Junta de Freguesia de Bustos haja despendido qualquer verba para a sua construção. A merecer confirmação.

Um pormenor: A sequência das fotos testemunha que a mudança das cores do edifício segue a orientação dos  ventos do poder.
Uma preocupação:
O ensino das primeiras letras em Bustos é um tema aliciante – ente outros – que merece ser tratado.  
________________________
(1)      – dados recolhidos de Vitorino Reis Pedreiras, Memórias de Outros Tempos, 1995. (Dia 17, Janeiro – 1949, p.s381/3). Recomenda-se a leitura deste episódio.


(2)  Hilário Costa teve a preocupação de dotar os edifícios das escolas primárias e da igreja do Corgo com para-raios. A circunstância da segunda oferta de para-raios à escola da Quinta Nova vem explicada em «Inauguração do Pára-Raios». pg. 56, de "Bustos -Memórias   de um bustoense" indicado na 3ª. foto

1 comentário:

  1. A propriedade das capelas tem que se lhe diga.
    As dioceses, através das chamadas Fábricas da Igreja (mais conhecidas por Comissões Fabriqueiras), têm vindo a registar a seu favor os locais de culto. O que faz todo o sentido.
    Porém, fica a pergunta: o que fazer nos casos em que as capelas foram construídas pelas autarquias, com dinheiro saído dos respetivos cofres?
    E se foi o Povo a custear a construção, sem intervenção da Igreja? A quem pertence o imóvel?
    Embora a Igreja de Bustos tenha paga pelo Povo, foi a Igreja quem tomou a iniciativa da sua construção e assumiu a responsabilidade pela obra.
    Logo, a Igreja de Bustos pertence de pleno direiro à Diocese.
    Mas já parece que as Capelas da Póvoa e do S. João são pertença da Freguesia, representada pela sua Junta.
    Devem ou não continuar pertença da Freguesia?

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