2 de junho de 2011

REPUGNANTE

A política transformou-se numa actividade quase repugnante. Já não bastava a crise política para que nos atiraram,  já não bastava três partidos terem assinado um verdadeiro programa de Governo com a célebre Troika para, logo depois, partiram para uma disputa eleitoral que poderá ser muito relevante para as aspirações de alguns líderes, mas é um desastre para Portugal, pelo dispêndio de tempo, de dinheiro, pela crispação e intolerância instalada na sociedade, pela descredibilização internacional de Portugal..

Neste vale tudo o insulto é a marca predominante. Os interesses nacionais são coisa menor para aqueles que apenas visam tomar o poder. Tudo isto nos vai sair muito caro, até porque o pior ainda está para vir.

Trinta e sete anos depois do 25 de Abril os políticos ainda não aprenderam que não há democracia sem respeito, tolerância e diálogo. Ainda não aprenderam que a liberdade é sinónimo, não de uma verdade absoluta e única, mas de tantas verdades quantos os interesses, as perspectivas, as opiniões.

Vem isto a propósito de um texto de opinião que Jorge Pato escreveu no "Jornal da Bairrada" no passado dia 28 de Abril sobre o Pólo Escolar de Bustos. Pois esse texto (que publicamos mais abaixo), mereceu por parte do executivo de Oliveira do Bairro um ofício de repúdio que tresanda a ameaça e intimidação, indiciando uma real “asfixia democrática”.

Meus senhores, será que sabem que a vossa tarefa não é comentar ou condenar textos de opinião publicados em jornais? Não é para isso que nós vos pagamos! Tenham pudor.

O mais caricato é que os ofendidos do PSD estarão amanhã, como ontem, a chamar mentiroso, ilusionista, terrorista, nazi e tudo o mais ao Primeiro Ministro de Portugal, enquanto os aprendizes políticos do CDS andam pelo facebook a fazer propaganda (é dificil descer mais baixo) e chegam a publicar fotografias com asneiras próprias de carroceiros. Talvez esses falsos impolutos não saibam que quem  atira lama acaba sempre de mãos sujas.

Tudo isto é triste, mas parece ser o nosso fado.

Belino Costa

1 comentário:

  1. Anónimo10:51

    tadinhooos dos socialistas sacro-santificados!

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