A história faz-se de todas as actividades humanas. Logo, o futebol enquanto actividade lúdico-desportiva e produto cultural da sociedade que o pratica é uma excelente imagem do mundo e da vida. Também no futebol, à semelhança do que acontece com a humanidade, a sua história é plena de êxitos e fracassos, frustrações.
Neste apaixonante jogo, a bola, bem o sabeis, é mais esférica que o mundo, tem, todavia, a vantagem de ser fácil de pontapear, no entanto, não deve ser alvo de desrespeito, pois é tão inexorável e imprevisível como a vida.
Ao cumprimento das regras que o estruturam, representado pelo rectângulo do campo, deve aliar-se um pouco de criatividade, um pitada de improviso, uma grande vontade de vencer, digo vencer as humanas fraquezas, e nunca perder de vista que a prática do futebol é uma actividade pública na qual os jogares estão expostos tanto às mais duras críticas como as mais bajuladores/babados elogios.
Joga-se o jogo, joga-se com as pessoas que somos, joga-se para saber ganhar e perder, joga–se para congraçar união da comunidade.
O Bustos precisa de ser um pólo para agremiar e solidificar a perdida união e o sentimento de pertença dos seus habitantes. Se já não o consegue fazer através da cultura, tente-o através da cultura do futebol.
Benquerença Campos
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