15 de junho de 2008

A MARCHA INFANTIL DA ABC

O dia de ontem foi um sábado em cheio. Por um lado e levando à letra uma das medidas para combater a crise, capinei uma terra de pão que tinha ao abandono, assim a preparando para regressar aos tempos da auto-suficiência. Fazendo jus ao meu comentário ao texto do passado dia 6 sobre o tema “2008 – ano internacional da batata”, comecei a prevenir-me contra a fome que se avizinha. Só me falta trocar o tractor pelo burrico e recuperar as alfaias d’outrora.
Esperam-me lucros chorudos, que é desta que o Estado vai revolucionar a política agrícola (comum?) e passar a subsidiar os pequenos agricultores em vez dos latifundiários que encheram a bolsa a fazer de conta que produziam.
*

Mas outros eventos ímpares tiverem lugar este sábado:
Os Doze reuniram em mais um dum dos seus capítulos mensais; o 2º GP Frei Gil de carrinhos e barcos solares, organizado pelo IPSB, foi um sucesso nacional e a miudagem da nossa ABC marchou em grande estilo.

Por agora, é este último evento que vos quero relatar:
Ainda a luz do dia dava os últimos suspiros e já a malta do jardim de infância dava início às marchas populares. A cativante coreografia deu os primeiros passos no átrio da ABC, seguindo-se um curto cortejo até à igreja, logo regressado ao largo do costume, ali onde começa a rua do Xico e doutras celebridades locais.
Acreditem: foi um espectáculo de grande beleza, encanto e harmonia. A Direcção do ABC caprichou, o António Quinta Nova (o nosso António do Talho) continua o mesmo mestre de sempre a letrar e musicar as marchas e, desta vez, até uma prestável coreógrafa palhacense – Lúcia Moura – ajudou à festa. Um encanto para o muito público presente.
O tema deste ano girou em redor do sal e das salinas, proporcionando imagens muito originais e de rara beleza.

O nosso sal é diferente
Tem o sabor português
Pois à mão foi fabricado
E com ele está misturado
O suor de quem o fez

E as varinas ligeiras
Esguias, sempre com pressa
Não param de apregoar
O peixe vivo a saltar
Com a canastra à cabeça

O coro das marchas era composto pela esforçada Direcção e Funcionárias, com a ajudinha do grupo musical convidado – a Mini Banda dos Covões.
O esforço de todos, em especial do quadro das funcionárias (o Mário e o novo director técnico foram os únicos varões no meio de tantas saias…) reflectiu-se no resultado: foi um encanto ver a miudagem dançar ao ritmo da marcha e os aplausos finais foram o espelho desse agrado.

Este ranchinho alegre
De meninos e meninas
Vêm com satisfação
Em noite de S. João
Cantar o sal e as salinas
O refrão explica bem o porquê de tanta alegria:
No mundo inteiro
Não há prazer igual
Passear num moliceiro
Junto às marinhas de sal

Desde já proponho que o tema central das marchas do ano que vem seja sobre outras marinhas: as do arroz que nos matou a fome até inícios dos anos 60.
Afinal, temos de nos prevenir contra a escassez de cereais…

oscardebustos

3 comentários:

  1. Anónimo19:21

    Parabéns Óscar por mais este belo trabalho.

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  2. Anónimo00:08

    Parabens Oscar pos mais este belo trabalho! plaf plaf plaf
    lolololololololol

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  3. Anónimo22:14

    já que se apresenta artigos relacionados com a nossa querida ABC felicitando o plaf plaf plaf, que eu tambem felicito,gostaria de igual modo felicitar o trabalho tardivo mas feito a quando a denuncia ao MP em que ficamos? há matéria crime ou não,~se há não devia ficar em saco roto,ou foi mal enterpretado todas as denuncias que segundo parece eram reais....Aguardamos....

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