26 de junho de 2008
24 de junho de 2008
22 de junho de 2008
O TEMPO LEVA E DEIXA
No seu irrefragável curso, o tempo arrebatou, no dia 19.06.08, a Sr.ª D. Aldina Simões da Costa. Contudo a sua memória viverá no coração de todos aqueles que tiveram o privilégio de a conhecer.
A sua vida exemplar, de muitos conhecida e admirada, é digna dos maiores encómios: adorável esposa, dedicada mãe e, por excelência, uma grande amiga.
Tive o especial prazer de a conhecer e de com ela privar devido aos laços telúricos que me prendiam a Hilário Costa - grande e saudoso amigo.
Da sua vida nos Estados Unidos pouco sei. No entanto, recordo com saudade o frutuoso tempo que com D. Aldina e o marido convivi, aquando da sua viagem à Venezuela para angariar fundos para a compra do Palacete de Bustos.
A sua passagem pelo tempo medido pelo relógio foi muito breve para os familiares e amigos. Uns e outros sabem que a sua ausência os deixa mais desamparados e sós.
Para prestar a minha sóbria e sentida homenagem à distinta bustoense - ontem como hoje digna do maior apreço - não encontrei melhores palavras que as da alocução que proferi na Venezuela com o intuito de laurear o casal Simões da Costa:
"Para si, D. Aldina, de quem chegámos a ter ciúme por pensarmos que nos iria roubar um amigo e um valor, pelo tardio matrimónio do amigo Hilário consigo, a minha grata homenagem.
O nosso ciúme foi puro egoísmo e, em contrapartida, ganhamos uma amiga, uma grande mulher de quem Bustos se pode orgulhar. As flores que lhe oferecemos, simbolizam o amor, a paz, a felicidade, a coragem e a sua alegria de viver"
Até sempre, a saudade da sua presença será eterna enquanto vivermos.
Ulisses Crespo, Cronista da Vila
19 de junho de 2008
ALDINA MOTA E GALA
27-09-1925 19-06- 2008
Faleceu hoje Aldina
O “NB” associa-se à
18 de junho de 2008
INSTITUTO DE PROMOÇÃO SOCIAL DE BUSTOS S.A
Em resposta a várias solicitações dos nossos leitores aqui fica a hiperligação para o portal do Ministério da Justiça onde poderão consultar o documento de constituição da nova Sociedade Anónima, Instituto de Promoção Social de Bustos (20 mil acções ao preço único de 5 Euros), cujo conselho de administração é constituído por Diógenes Nunes Vidal (presidente), Manuel Arlindo da Rocha Valente (vogal), Manuel Oliveira dos Reis Neves (vogal).
O conselho fiscal é integrado por Manuel Carvalheiro Dias (presidente), Mário João Ferreira da Silva Oliveira (vogal) e LCA - Leal, Carreira & Associados SROC (vogal).
16 de junho de 2008
MILTON COSTA E UM NOVO E.T.
Uma Nova Classe de Bactérias foi descoberta a
Universidade de Coimbra
15 de junho de 2008
A MARCHA INFANTIL DA ABC
Esperam-me lucros chorudos, que é desta que o Estado vai revolucionar a política agrícola (comum?) e passar a subsidiar os pequenos agricultores em vez dos latifundiários que encheram a bolsa a fazer de conta que produziam.
*
Mas outros eventos ímpares tiverem lugar este sábado:
Os Doze reuniram em mais um dum dos seus capítulos mensais; o 2º GP Frei Gil de carrinhos e barcos solares, organizado pelo IPSB, foi um sucesso nacional e a miudagem da nossa ABC marchou em grande estilo.
Acreditem: foi um espectáculo de grande beleza, encanto e harmonia. A Direcção do ABC caprichou, o António Quinta Nova (o nosso António do Talho) continua o mesmo mestre de sempre a letrar e musicar as marchas e, desta vez, até uma prestável coreógrafa palhacense – Lúcia Moura – ajudou à festa. Um encanto para o muito público presente.
O tema deste ano girou em redor do sal e das salinas, proporcionando imagens muito originais e de rara beleza.
Tem o sabor português
Pois à mão foi fabricado
E com ele está misturado
O suor de quem o fez
E as varinas ligeiras
Esguias, sempre com pressa
Não param de apregoar
O peixe vivo a saltar
Com a canastra à cabeça
O coro das marchas era composto pela esforçada Direcção e Funcionárias, com a ajudinha do grupo musical convidado – a Mini Banda dos Covões.
O esforço de todos, em especial do quadro das funcionárias (o Mário e o novo director técnico foram os únicos varões no meio de tantas saias…) reflectiu-se no resultado: foi um encanto ver a miudagem dançar ao ritmo da marcha e os aplausos finais foram o espelho desse agrado.
De meninos e meninas
Vêm com satisfação
Em noite de S. João
Cantar o sal e as salinas
Não há prazer igual
Passear num moliceiro
Junto às marinhas de sal
Desde já proponho que o tema central das marchas do ano que vem seja sobre outras marinhas: as do arroz que nos matou a fome até inícios dos anos 60.
Afinal, temos de nos prevenir contra a escassez de cereais…
oscardebustos
14 de junho de 2008
12 de junho de 2008
IPSB - PASSADO E FUTURO
Apanhado de surpresa, o próprio corpo docente do Colégio sentiu essa estranheza e preocupação e não tardou a reunir com os dirigentes do IPSB. Pelo que pude perceber, os esclarecimentos acabaram por acentuar as dúvidas. Como também acabei por perceber, serão poucas as razões para tantas dúvidas e temores, pelo menos no futuro imediato. A ver se acerto na explicação:
O IPSB de todos nós, pais, docentes, alunos, funcionários e cidadãos em geral, é outro encanto: nas suas instalações e equipamentos, na qualidade do seu ensino, na preocupação e empenho com que formam os homens e mulheres de amanhã. E no desporto, é bom não esquecer.
É sabido que o Ministério da Educação, através da DREC(*), reconhece tamanhos méritos e não tem regateado elogios e os apoios que são sabidos, de resto, justos e até vantajosos para um Estado que, se é certo que subsidia, também não é menos certo que ali não investiu.
Mas como também é do domínio público, o Estado prepara-se para deixar de subsidiar estabelecimentos de ensino particular que apresentam lucros, às vezes chorudos. O que bem se compreende, ainda por cima na presente conjuntura. Se bem se recordam, gritou-se ao morto quando tal política foi anunciada...
É altura da pergunta vital: então e o IPSB enquanto estabelecimento de ensino? É que o IPSB é titular duma licença de funcionamento, do mesmo modo que é parte interessada num protocolo com a DREC. E diz-nos o Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo não Superior que a licença de funcionamento não é transmissível por acto entre vivos. Irá a SA requerer uma nova licença para si e estabelecer um novo protocolo com o ME/DREC? Minha gente: se assim fosse, tal implicaria uma reavaliação de todo o processo de cooperação entre o IPSB, SA e o Ministério da Educação, coisa em que não acredito.
Mas porque sou um crente evolutivo e acredito piamente nas leis e nos emaranhados mecanismos do mercado capitalista (tendência neo-liberal), vou antes pela nova versão da conhecida parábola de Maomé:
Antes que Maomé vá à montanha, vamos nós descê-la ao encontro d’Ele, dizendo-Lhe:
- Mestre, já não precisas de subir a montanha. – Vês? (disse, apontando o dedo). A montanha já não existe, arrasámo-la! Assim, ó Chefe dos Crentes, escusas de subi-la.
*
Oscar Aires dos Santos, dito o oscardebustos
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11 de junho de 2008
10 de junho de 2008
A Feira Medieval foi à Mamarrosa
Terminando o périplo pelas 6 freguesias do concelho, a Feira assentou arraias no ampliado Parque do Rio Novo, ali à saída da Mamarrosa para a Amoreira. Já conhecia o espaço, onde por duas ou três vezes já tinha roído as unhas de inveja. Com a criação do bonito parque da Mamarrosa, Bustos passou a ser a única freguesia do concelho sem um parque de lazer. Estranho…ou nem por isso. E, já agora, de quem é a culpa?
Mas esqueçamos as amarguras do nosso viver e viajemos um pouco pela Feira concelhia deste ano. Mais um sucesso, a acrescentar ao do ano passado.
Como os castelhanos daqueles idos cobrassem portagem a quem tinha de atravessar a ponte, o povo de cá revoltou-se com a injustiça estrangeira. Com o apoio real, dá-se o assalto à ponte com a populaça à frente. Decorrida uma curta mas difícil escaramuça a meio da ponte, que meteu aríete e tudo, lá derrotámos os odiados castelhanos, numa espécie de antevisão do que haveria de acontecer em 1385 com a batalha de Aljubarrota.
O povo rejubilou de contentamento, mas desconfio que foi o rei português quem acabou por colher os melhores dividendos. Ninguém me convence que a conquista da ponte tenha posto fim às malfadadas portagens; acredito mais que apenas tenha mudado a nacionalidade do portageiro…
A comunidade franciscana expandiu-se para sul ao longo da então estrada real, criando núcleos na Mamarrosa, S. Lourenço do Bairro, Paredes do Bairro e outras, até Cantanhede. Com a reforma franciscana, cerca do ano de 1600, a comunidade concentrou-se em Aveiro.
Certo é que ainda nos finais do séc. XIX estava enraizado no Roque e em Nariz o espírito franciscano, a ponto dos fiéis fazerem questão de ser enterrados com o conhecido hábito franciscano. O Adelino Batista teve acesso a assentos de óbito que disso fazem fé. E não há muitos anos, a casa e a capela da comunidade existiam ainda.
Muito grato fico ao Adelino Batista pelos elementos que me facultou e mais gratos ficaríamos todos se o seu trabalho fosse ainda mais apoiado e valorizado.
E venham mais Feiras Medievais!
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oscardebustos
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- Aconselho uma visita on line ao Museu S. Pedro da Palhaça, cujo sítio encontram à esquerda, em “Ligações”.
7 de junho de 2008
6 de junho de 2008
2008 - O ANO INTERNACIONAL DA BATATA
A ONU declarou 2008 como o ano internacional da batata. Não lhe invejo a sorte – à batata: no Egipto, no Haiti, no Senegal ou no Bangladesh rebentaram motins populares contra o aumento dos preços dos bens alimentares e espera-se que o tubérculo seja a solução para a crise de fome mundial que se avoluma no horizonte.
De acordo com os dados e previsões do Banco Mundial, no final deste ano e por comparação com 2004, os preços do trigo e do arroz terão duplicado; açúcar, soja e o milho serão entre 56% e 79% mais caros. O impacto do aumento do custo dos bens alimentares é brutalmente regressivo, atingindo sobretudo os mais pobres, cuja despesa em bens alimentares representa uma proporção maior da despesa total. No Bangladesh, para comprar um pacote de 2kg de arroz já é necessário gastar o equivalente a metade do rendimento diário de uma família pobre. O presidente do Banco Mundial avisa que um aumento médio do custo dos bens alimentares de 20% poderá empurrar cerca de 100 milhões de pessoas para baixo da linha de pobreza absoluta de 1 dólar americano/dia.
Uma causa próxima da subida dos preços dos bens alimentares é o aumento dos preços dos combustíveis, que teve dois efeitos agravantes da crise de escassez. Por um lado aumentou os custos da produção agrícola; por outro criou as condições para uma irresponsável euforia política de subsídios ao biofuel, que motivou um desvio significativo de solos agrícolas para a produção de energia. Como era de esperar, ninguém admite o erro crasso, quanto mais propor a extinção dos subsídios agrícolas ao biofuel.
Mas a tendência de subida dos preços dos bens alimentares antecedeu em muito a euforia do biofuel e é sobretudo o resultado do forte crescimento da procura com origem nas economias emergentes. As reservas cerealíferas mundiais estão num mínimo histórico e só medidas estruturais capazes de aumentar a oferta poderão resolver o desequilíbrio. Para isso é imperativo terminar com o condicionamento político dos mercados agrícolas, a enorme rede de subsídios, proibições, quotas burocráticas e proteccionismo que na UE e nos EUA sustenta os rendimentos artificialmente elevados dos agricultores e desincentiva a produção agrícola que poderia satisfazer o dramático excesso de procura global.
Também não há boas notícias em termos da evolução previsível do preço do petróleo, que permanecerá a níveis extremamente elevados. A procura continuará a crescer, dos actuais 87 milhões de barris/dia para cerca de 99 milhões de barris/dia em 2015. Seria de esperar que a oferta aumentasse, reagindo ao estímulo gerado pelos preços elevados. Mas isso é pouco provável. A produção de países como o México e a Rússia está em declínio, em grande parte por causa da obsolescência tecnológica resultante da nacionalização dos recursos, que expropriou e desencorajou o investimento das petrolíferas internacionais em novas tecnologias. A Arábia Saudita pretende estabilizar a produção em torno do patamar dos 12,5 milhões de barris/dia nos próximos anos. A generalidade dos países da OPEP seguirão esta orientação.
Embora pareça paradoxal, aumentar a produção de petróleo nas circunstâncias actuais seria irracional. O petróleo é um recurso esgotável e isso significa que a opção de não extracção pode ser um investimento rentável, desde que o preço futuro esperado seja superior ao preço corrente. Para os países produtores e exportadores de petróleo onde a indústria petrolífera é estatal há basicamente duas opções: investir parte das receitas de exportação em aplicações de capital, ou “investir” na não extracção, diferindo as receitas para o futuro. Estes países têm feito as duas coisas: em 2006 os “petrodólares” passaram a ser a principal origem de fluxos globais de capital, ultrapassando os países asiáticos pela primeira vez desde os anos 70. Mas algumas das possíveis aplicações destes fundos estão-lhes vedadas: os EUA já deixaram claro que não permitirão que as principais corporações americanas sejam adquiridas por fundos soberanos asiáticos ou de países exportadores de petróleo. Limitada a aplicação em activos, o investimento através do diferimento da extracção torna-se uma opção racional.
Entretanto, para 100 milhões de seres humanos o futuro é uma promessa de fome. Com uma localização difusa, não produzem facilmente as imagens de miséria indefesa e cheia de moscas, ao gosto da piedade pós-religiosa. Ao contrário dos tibetanos, também não se encaixam facilmente na categoria cénica do “oprimido histórico” cuja defesa confere uma falsa sensação de pureza moral. Resta-lhes esperar pelo que vier. Não têm pão? Comam batatas, o brioche do séc. XXI.
In Diário Económico
4 de junho de 2008
POR UM SACO DE BATATAS (A FICÇÃO)
(Passando dos factos de uma
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POR UM SACO DE BATATAS ( A NOTÍCIA)
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Terá sido no percurso
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