Faleceu ontem à tarde o Adélio dos Reis Pedreiras.
Filho de Vitorino Reis Pedreiras e Arminda dos Reis, o Adélio nasceu a 4 de Setembro de 1924, vindo a casar a 25 de Fevereiro de 1950 com Cacilda dos Reis, do Sobreiro.
Bustos perdeu mais um homem bom, um cidadão exemplar. E um Amigo.
Não mais o veremos no "Quim", discreto e sensato, a cumprir a leitura diária do Jornal de Notícias.
Lamentavelmente, o Adélio deixou um sonho por cumprir, que idealizou por amor à terra e aos mais necessitados. Sonho que, por mal dos homens que mandam na freguesia e no concelho, foi sendo sucessivamente adiado.
Sonho que recebeu o nome de Bairro Económico do Cabeço e a que o Adélio e a mulher começaram a dar forma por documento particurar de 22/11/1991 e que veio a ser concretizado por escritura de 19/2/1993, na qual doaram à Junta de Freguesia um terreno sito no Cabeço, para implantação dum bairro económico.
Ao longo destes últimos 20 anos não faltaram estudos, projectos, regulamentos e outros formalismos. Como não faltaram compras de outros terrenos confinantes. E promessas, muitas promessas. Porém, onde o espírito solidário abundou, faltou a vontade política.
Entretanto, o Bairro Económico continua na agenda da actual Junta de Freguesia.
Às vezes, a morte física tem o condão de estimular, espicaçar os homens.
Assim o esperamos.
O seu funeral realiza-se hoje, às 18H30, com saída da casa mortuária.
O seu funeral realiza-se hoje, às 18H30, com saída da casa mortuária.
Um abraço sentido e solidário à D. Cacilda e aos filhos Celso e Lénia.
"Não mais o veremos no "Quim", discreto e sensato, a cumprir a leitura diária do Jornal de Notícias."
ResponderEliminarAinda à dias comentei isso mesmo com a Dona Cacilda. Efectivamente Bustos perdeu um homem com amor à freguesia. Um até sempre e à família as minhas sentidas condolências.
Alexandre Duarte
Caro amigo Oscar,
ResponderEliminarRelativamente ao conteúdo do teu artigo apetecia-me complementá-lo com algo mais... Não é momento...
Talvez mais tarde.
Um obrigado pelas tuas palavras.
Celso Pedreiras
o sr adelio,um amigo,um bustuense unico que um dia teve um sonho ao qual nao lhe deram"fizera" esse sonho passar a realidade,entao eu deixo um apelo, este senhor merecia ser homenagiado em nome do seu bom e grande donativo para com os bustuenses,,,,,,,,meu grande amigo sr Adelio ,,um homem com H MAIUSCULO..... que descanse em paz!!!!!!!
ResponderEliminarAdélio Reis Pedreiras conservou viva a chama republicana e laica herdada do lar. Um dos persistentes oposicionistas à ditadura de salazar-caetano, enfileirou a contestação ao bloqueio salazarista ao artigo 8º da Constituição de 1933. Apesar de dedicado Bustuense, o seu nome não merecia as graças dos donos do lápis vermelho dos cadernos de “recenseamento eleitoral” do tempo do Estado Novo. Com a Liberdade renascida pela Revolução de 25 de Abril’74, adere ao Partido Socialista, ideal que se manteve constante. Foi delegado da sua concelhia em congresso do partido.
ResponderEliminar…
A doação do terreno à Junta de Freguesia de Bustos divulgada por Óscar Santos e outros e a persistente inoperância (calculada? ou outra) do fim a que se destina, pôs a nú a fragilidade dos «influentes» de Bustos nos areópagos da res publica locais.
Provavelmente o protocolo – se é que existe – não permitia que a Bandeira da Junta de Freguesia de Bustos fosse colocada a meia-haste, mas já é difícil de aceitar que não tenha sido aprovada em vida de Adélio Reis Pedreiras a atribuição de cidadão benemérito, ainda que o mais importante era ter visto erguer-se o Bairro do Cabeço.
D. Cacilda Reis, Celso e Lénia, e demais família as minhas condolências.