O novo Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, vai dizendo à boca cheia o que poucos tinham tido coragem para dizer em público. O que ele vem denunciando não é novidade para ninguém, muito menos para o Zé Povinho.
Quem nunca ouviu falar de corrupção na administração pública, central, regional ou local e nas suas vertentes político-partidárias?
À pala de que só podemos e devemos denunciar - sobretudo crimes de colarinho branco - se tivermos em mãos as "provas provadas", toda a gente tem medo de dar a cara em público. E como se não bastasse a dificuldade de acusar e, por maioria de razão, de provar em julgamento os casos desta natureza, ainda por cima ficamos sujeitos a levar com um processo em cima por denúncia caluniosa.
Bem isto a propósito do meu almoço de ontem, na Feira do Sobreiro: já almoçado na tenda da Urânia (às vezes trato-a por Ucrânia, para logo levar sopa daquela língua afiada), cavaqueava com a malta que faz girar os frangos, as bifanas, as enguias fritas e sobretudo, o meu bacalhau frito de comer e chorar por mais.
Entre umas garfadas de costeleta de fim de tenda, atira-me o marido, o amigo Reinaldo, aquele fortalhaço que tempera os frangos a assar como quem benze uma 1ª pedra: “Olha lá, aquilo é que tens lá um Bastonário, aquele Marinho Pinto! Aquilo é que é Homem sem papas na língua”!
Dei-lhe trela e toda a razão do mundo e mais alguma que fosse.
Súbito, o Reinaldo passa do entusiasmo à dor de quem pressente a morte dum ente querido: “mas olha que ele não vai muito longe. Um dia destes ainda lhe limpam o sebo!”
Não tinha pensado nessa. Eles são tantos os lobies, os poderosos a governarem-se à grande e à francesa, sabe-se lá se a encobrir e/ou patrocinar lavagens de milhões de milhões saídos não se sabe donde, que fiquei a matutar no aviso.
Logo concluí que não é por aí que o eliminam. Acredito mais nas notícias em grandes parangonas que hão-de estar a caminho das redacções dos grandes jornais e televisões: “Bastonário roubou a marmelada da mãe quando era pequeno e foi apanhado a rebolar-se no recreio com uma colega da escola primária!”
Há-de ser mais por aí que vão tentar calar esta voz incómoda.
Não faz mal. Cá por mim voltaria a votar nele nem que fosse para Bastonário do Inferno!
*
- Notas à margem:
1ª - Marinho Pinto em entrevista ao Público;
2ª – Meu comentário de há pouco, a propósito do texto do Belino sobre o cortejo de Carnaval da ABC, aqui;
3ª – Agora digam lá que não falei de Bustos!
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Quem nunca ouviu falar de corrupção na administração pública, central, regional ou local e nas suas vertentes político-partidárias?
À pala de que só podemos e devemos denunciar - sobretudo crimes de colarinho branco - se tivermos em mãos as "provas provadas", toda a gente tem medo de dar a cara em público. E como se não bastasse a dificuldade de acusar e, por maioria de razão, de provar em julgamento os casos desta natureza, ainda por cima ficamos sujeitos a levar com um processo em cima por denúncia caluniosa.
Bem isto a propósito do meu almoço de ontem, na Feira do Sobreiro: já almoçado na tenda da Urânia (às vezes trato-a por Ucrânia, para logo levar sopa daquela língua afiada), cavaqueava com a malta que faz girar os frangos, as bifanas, as enguias fritas e sobretudo, o meu bacalhau frito de comer e chorar por mais.
Entre umas garfadas de costeleta de fim de tenda, atira-me o marido, o amigo Reinaldo, aquele fortalhaço que tempera os frangos a assar como quem benze uma 1ª pedra: “Olha lá, aquilo é que tens lá um Bastonário, aquele Marinho Pinto! Aquilo é que é Homem sem papas na língua”!
Dei-lhe trela e toda a razão do mundo e mais alguma que fosse.
Súbito, o Reinaldo passa do entusiasmo à dor de quem pressente a morte dum ente querido: “mas olha que ele não vai muito longe. Um dia destes ainda lhe limpam o sebo!”
Não tinha pensado nessa. Eles são tantos os lobies, os poderosos a governarem-se à grande e à francesa, sabe-se lá se a encobrir e/ou patrocinar lavagens de milhões de milhões saídos não se sabe donde, que fiquei a matutar no aviso.
Logo concluí que não é por aí que o eliminam. Acredito mais nas notícias em grandes parangonas que hão-de estar a caminho das redacções dos grandes jornais e televisões: “Bastonário roubou a marmelada da mãe quando era pequeno e foi apanhado a rebolar-se no recreio com uma colega da escola primária!”
Há-de ser mais por aí que vão tentar calar esta voz incómoda.
Não faz mal. Cá por mim voltaria a votar nele nem que fosse para Bastonário do Inferno!
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- Notas à margem:
1ª - Marinho Pinto em entrevista ao Público;
2ª – Meu comentário de há pouco, a propósito do texto do Belino sobre o cortejo de Carnaval da ABC, aqui;
3ª – Agora digam lá que não falei de Bustos!
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oscardebustos
... só porque alguém disse na TV que ele seria o candidato presidencial da esquerda mais à esquerda?
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