Depois de ter sido “despedido” da Fabriqueira da Igreja de
Bustos pelo Padre Arlindo, Manuel Romão
escreveu um texto onde se despede do povo de Bustos, apresenta contas e dá a
entender que havia quem, por razões pessoais, exigisse o seu afastamento. Aqui fica
o seu depoimento:
“Venho por este meio manifestar o
meu descontentamento com o Sr. Padre Arlindo. Retirou-me de uma forma arbitrária
e sem me dar qualquer explicação. Retirou-me de todas as funções da Fabriqueira
da Igreja, dando essas funções a outra pessoa, que chegou a Bustos há pouco.
Durante estes 30 anos sempre estive
do lado do Sr.Padre Arlindo e, juntamente com o meu primo Fernando Nunes, demos
os primeiros passos para a compra dos terrenos para o Salão Paroquial. Na
Venezuela contactei o Manuel Ferreira e a sua esposa Rosa para a compra dos
terrenos. Acompanhei também na compra do último terreno, Ana Rosa, filha do Manuel
Ferreira e Rosa.
Acompanhei sempre o projecto da
obra e a venda do local para o Banco Santander Totta. Dei a volta à freguesia
com os colegas da Fabriqueira a pedir dinheiro para as obras se realizarem. Para
além da obra paroquial, acompanhei o Sr. Padre a Coimbra por causa da sua
doença.
Só porque sou porta-voz nas
reuniões de coisas que o povo me reclama, tais como a ocupação do salão por uma
Associação que não dá qualquer contribuição para as despesas de luz e água, sou
acusado por um membro da comissão, que me queria ver fora da fabriqueira, e que
mistura assuntos pessoais que nada têm a ver com a Igreja. Essa pessoa acusa-me
de ter prejudicado o filho no caso da averiguação junto do Ministério Público
do que se passava na ABC. Na última reunião esse membro disse que se eu ficasse
na próxima direção ele se retiraria.
Também não posso esquecer que na
vinda do Sr. Bispo a Bustos, o Sr. Padre Arlindo só agradeceu o trabalho das obras
sociais a duas pessoas, esquecendo-se dos restantes membros que tanto
trabalharam e que ficaram ofendidos acabando por abandonar a comissão da
Fabriqueira da Igreja.
Como fui retirado da comissão, neste
momento tenho a obrigação de apresentar contas ao povo. No Banco encontra-se
depositado 23.545,79 Euros. Brevemente será feita a escritura da venda das
instalações do Banco e serão mais 25.000 euros que darão entrada nas contas. E
as obras estão praticamente concluídas.
Também quero aqui dizer que pedi
uma reunião ao Sr. Padre Arlindo para esclarecer os problemas e este me
respondeu que eu só servia para contar o dinheiro e levá-lo ao Banco.
Com isto me despeço do povo de
Bustos que sempre me atendeu quando lhes ia bater à porta a pedir dinheiro!
Será isto que o povo de Bustos
merece?
Manuel Romão
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