13 de dezembro de 2011

OLIVEIRA DO BAIRRO - ARMANDO HUMBERTO (PS) "Não se avizinham tempos fáceis"..."iremos todos pagar isto através da fatura da água nos próximos anos".




Caros Amigos e Amigas,

Queria aproveitar para dar algumas notícias da política concelhia.

Os últimos tempos têm sido dominados por três assuntos: a reforma da administração local, a possível exploração de caulinos no Concelho e o orçamento para o próximo ano.

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REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL – Situação pacífica, mas …

Relativamente à reforma da administração local, estamos neste momento a discutir apenas a restruturação territorial e a possível fusão/extinção de freguesias. No nosso Concelho a situação é pacífica, pois a serem mantidos os critérios avançados pelo Governo as seis freguesias irão manter-se nos moldes atuais. O que sinceramente me parece positivo. Isto contudo não significa que não tenhamos que utilizar de forma mais racional os dinheiros públicos. Não podemos continuar a duplicar investimentos, que depois ficam subaproveitados. É preciso pensar no Concelho como um todo, e distribuir os investimentos pelas diferentes freguesias, sem os duplicar, de forma a promovermos uma ocupação racional de todo o território e a garantirmos uma eficaz utilização dos dinheiros públicos.

CAULINOS – MAIS ASPETOS NEGATIVOS ...

No que diz respeito à exploração dos caulinos, não me parece que o Concelho tenha vocação para este tipo de explorações. Somos um Concelho pequeno, com povoações espalhadas por todo o território. Este tipo de explorações gera problemas ambientais significativos, seja com as crateras que ficam seja com a afetação dos recursos hídricos, gera incómodos grandes para as populações mais próximas das explorações, com as poeiras e o ruído, e coloca uma pressão grande sobre as redes viárias, com o aumento significativo do tráfego de pesados. Os benefícios que trás prendem-se com o aumento de receitas através da cobrança de taxas e com alguns possíveis benefícios para a indústria cerâmica da região. De qualquer modo, neste momento conseguimos quantificar muito mais aspetos negativos do que positivos, o que nos levou a avançar com uma reclamação formal junto da Direção Geral de Energia e Geologia. Pena foi que o PSD tivesse condicionado a discussão na Assembleia Municipal de forma a garantir que a Assembleia não avançasse com idêntica reclamação. De qualquer modo, julgo que estamos todos alertas e só assim será possível garantirmos que não iremos assistir a grandes violações da lei com consequências muito negativas para a qualidade de vida das populações do nosso Concelho.

ORÇAMENTO MUNICIPAL – negócio da água dá uma ajuda às grandes obras

Quanto ao orçamento, é um orçamento profundamente condicionado por uma série de grandes obras que este Executivo pretende concluir, como sejam os pólos escolares, a Alameda e a Casa da Cultura. Julgo que este será um orçamento de viragem, e que nos orçamentos futuros teremos que começar a apertar o cinto a sério. Por um lado iremos começar a ter que suportar as despesas de funcionamento e os encargos financeiros destas obras, por outro lado começará a deixar de vir o dinheiro da ADRA (relativo ao negócio da água). Em grande medida foi o dinheiro da água que permitiu avançar com estas obras, mas iremos todos pagar isto através da fatura da água nos próximos anos.

Não se avizinham tempos fáceis,

Mas juntos, saberemos encontrar os melhores caminhos para o futuro do Concelho e do País,

Armando

1 comentário:

  1. O Sr. Armando Humberto, quando referiu neste artigo «(...)Pena foi que o PSD tivesse condicionado a discussão na Assembleia Municipal de forma a garantir que a Assembleia não avançasse com idêntica reclamação (...)» devia ter referido,por outro lado, que a proposta do PS não foi entregue dentro do prazo estipulado para a apresentação da mesma, ou seja, não seguiu com a convocatória da Assembleia Municipal.

    Contudo, apesar de não ter sido cumprido aquele formalismo, o Sr. Presidente da Assembleia Municipal, Dr Manuel Nunes, ainda colocou à votação se a proposta devia, ou não, ser aceite para discussão, mas a Assembleia pronunciou-se em sentido contrário.

    Portanto, quem condicionou à partida, a discussão na Assembleia Municipal, foi o próprio PS que não cumpriu o já referido prazo para apresentação da sua própria proposta.

    Outras propostas foram objecto de discussão, naquela assembleia, porque cumpriram aquele formalismo. Para a próxima, o PS terá que cumprir os formalismos, tal como os outros partidos.

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