A notícia já era conhecida no círculo restrito do barrilito.com (em português: Barrito, ponto, come). A modéstia, dele e dos amigos, aconselhou reserva. Mas a divulgação na comunicação social de mais este avanço curricular libertou o NB da discrição.
O nosso conterrâneo Milton Costa, prof. catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, faz parte da direcção da Comissão Internacional para a Exploração do Mar Mediterrâneo (CIESM), uma organização intergovernamental que tem como objectivo a promoção de investigação para a protecção do Mar Mediterrâneo.
Criada em 1908, a CIESM tem sede no Mónaco e é presidida pelo Príncipe Alberto, que aqui vemos ao lado do Milton (também falaram de gravatas, ao que sabemos).
São 23 os países que integram esta organização, entre os quais, Portugal, Espanha, Itália, França, Suíça, Alemanha, Israel, Síria, Egipto e Argélia, estando a sua direcção estruturada em seis comités científicos, responsáveis pelo planeamento estratégico de investigação, reconhecimento de questões científicas emergentes e cooperação científica. O nosso Milton dirige o comité científico de Microbiologia Marinha e Biotecnologia.
Milton Costa elege como prioridade do seu mandato de três anos “ disseminar e intensificar a investigação na área dos microrganismos extremófilos (que crescem e se reproduzem em condições extremas, como a ausência de luz ou níveis extraordinariamente altos ou baixos de temperatura, sal, acidez, etc.), porque estes enigmáticos seres vivos produzem enzimas e produtos com um enorme potencial biotecnológico, em campos tão diversos como a saúde, agricultura e poluição, entre muitos outros”.
A comunidade científica internacional, prossegue o investigador, ” tem de se focar mais no estudo dos microrganismos que habitam o Mediterrâneo. Há muitos locais por explorar e é necessária uma forte cooperação científica para desenvolver, de forma mais célere, as potencialidades dos microrganismos extremófilos que, no futuro, se apresentarão como soluções viáveis para problemas económicos, sociais e ambientais. É também necessário estabelecer fortes relações científicas entre os microbiólogos da margem Norte e da margem Sul do Mediterrâneo”.
Já conhecíamos o Milton como Presidente da FEMS (Federation of European Microbiological Societies, que reúne cerca de trinta mil microbiólogos de 36 países europeus).
Como se não bastasse, ainda lhe sobra algum tempo para presidir à Assembleia Geral da Sóbustos e ao Conselho Fiscal do Orfeão de Bustos. E é sócio benemérito da Banda da Música da Mamarrosa.
Sobra-lhe também tempo para nos aturar (e nós a ele).
E para ser modesto e despretensioso, que a informação genética do ADN das gentes de Bustos também passa por esse trilho.
Ele há bustuenses assim: extremófilos.
Ele há bustuenses assim: extremófilos.
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- O NB agradece ao gabinete de imprensa da FCTUC a informação científica disponibilizada.
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