27 de fevereiro de 2015

FALECIMENTOS


Alcides Nunes Vieira comunica o falecimento de  Sr. Jaime Francisco Rei (foto) no Brasil.Nasceu no Sobreiro de Bustos no dia 24/12/1918.Faleceu em S. Paulo em 22/10/2014 .

Faleceu ontem a Sra Maria Augusta, mãe de Franklin Pinto.

Descansem em paz.


23 de fevereiro de 2015

ADERCUS NO XXX GP DE ESTARREJA

ESTARREJA, XXX GP - 2ª Carla Martinho, 1ª Sara Pinho, 3ª Débora Santos
A cidade do Antuã foi o palco do 30º Grande Prémio de atletismo, no qual a ADERCUS marcou mais uma presença, com várias subidas ao pódio, individual e colectivamente.
Na primeira das corridas, para Infantis femininos, a ADERCUS alcançou o 2º lugar colectivo, face ao conjunto de resultados individuais obtidos, tendo a Sofia Almeida alcançado o 2º lugar, Jéssica Saraiva foi a 14ª, Catarina Pardal 16ª e Érica Matos 17ª.
 Seguiram-se os Iniciados, prova na qual Luana Ferreira foi a 7ª classificada e no sector masculino Miguel Matos foi o 4º. Nos Benjamins, que são os mais jovens em competição, Alexandre Esteves foi o 11º classificado.
 Na corrida conjunta dos escalões de Juvenis e Juniores femininos foi alcançada a vitória colectiva, com destaque para a vitória individual de Beatriz Rodrigues na classificação geral. Entre as Juvenis, Salomé Sousa foi a 5ª classificada e Vanessa Fonseca a 9ª. Nas Juniores Ana Rodrigues subiu ao pódio no 2º lugar.
 Na corrida principal, de 10.000m, destacaram-se as Séniores femininas da equipa da Serena, de Oliveira do Bairro, com mais uma vitória colectiva. Sara Pinho (Sporting CP) foi acompanhada ao pódio por Carla Martinho, 2ª classificada, e por Débora Santos, 3ª. Pouco depois cortaram a meta a Mónica Simões, que foi a 6ª, e Joana Nunes, 7ª.

20 de fevereiro de 2015

TRIBUTO AOS QUE PARTIRAM EM 2014



Dia de Bustos’15


Programação:

Dia 21 de Fevereiro
 9:30h – Torneio de futebol infantil, aulas livres de Zumba, Hip-hop, defesa pessoal e diversos jogos para crianças.
15:00h – Tributo aos Bustuenses falecidos em 2014. no salão nobre da Junta de Freguesia
             por Belino Costa e Cantares Populares de Bustos

Dia 22 de Fevereiro
11:00 h – Eucaristia de acção graças por todos os Bustoenses – Animação litúrgica pelo Coral do Orfeão de Bustos
Em memória:

Nome    Data de Nascimento Data de Óbito
Ismael dos Santos Nicho Bustos 01-03-1920 03-01-2014
Saul do Carmo Simões Bustos 17-04-1942 13-01-2014
Maria Rosa Santos Reis Bustos 22-04-1925 31-01-2014
Maria Moreira Marques Bustos 27-04-1920 02-02-2014
Maria Isabel Tavares Urbano Ala Bustos 06-07-1924 14-02-2014
Rosa de Jesus Bustos 05-01-1924 22-02-2014
Manuel Amilcar dos Santos Ribeiro Bustos 14-10-1923 26-02-2014
Michel Albert Georges Martin Bustos   11-03-2014
Silvina Martins Bustos 10-11-1929 11-03-2014
Maria Ferreira Grangeia Bustos 20-09-1937 20-03-2014
Odete Nunes santos Bustos 22-05-1937 22-03-2014
Assis dos Santos Silvestre Bustos 19-02-1932 24-03-2014
Maria Lucília de Oliveira Costa Bustos 13-05-1945 05-04-2014
Maria Isaura Simões da Costa Bustos 23-04-1929 13-04-2014
Cesário Augusto Nunes Mota Bustos 15-01-1935 27-04-2014
Argina Simões da Costa e Sousa Bustos 08-06-1915 02-05-2014
Adélia Maria Simões da Rita Martins Bustos 17-03-1955 02-05-2014
Rosa dos Santos Mota Bustos 18-09-1924 04-05-2014
Joaquina da Conceição Ferreira Bustos 22-04-1935 13-05-2014
Manuel dos Santos Granjeia Bustos 11-04-1942 17-05-2014
Mário Reis Pedreiras Bustos 09-02-1923 17-05-2014
Artur Simões Santos Bustos 15-01-1926 26-05-2014
Amadeu Martins da Silva Bustos 26-04-1933 14-07-2014
Manuel Augusto Correia Bustos 24-08-1944 17-07-2014
Rosa da Silva Domingues Bustos 12-10-1925 26-07-2014
Glória da Fonseca Teixeira Bustos 21-09-1941 04-08-2014
Deolinda Simões dos Santos Bustos 17-07-1921 23-08-2014
Natalino  Bustos    
Belarmina Ferreira Martins Bustos 06-01-1930 25-10-2014
Deolinda de Oliveira Bustos 26-12-1915 16-11-2014
Maria Prudência dos Santos Duarte Bustos 23-04-1926 19-11-2014
Rosa dos Santos   Bustos 12-03-1920 22-12-2014
Rosa Rodrigues Gomes Bustos 18-10-1931 27-12-2014

19 de fevereiro de 2015

OS TROVANTE TOCARAM EM BUSTOS A TROCO DE UM LEITÃO


Então o centro de Bustos fervilhava de actividade. Nos cafés juntavam-se novos e velhos, uns jogavam cartas, outras damas e xadrez. Nesses momentos de convívio falar da compra do Palacete pelo povo da terra era um tema recorrente. A malta mais nova adorava mandar bocas e brincar com a extravagância popular de comprar um velho palacete por oito mil contos, “a pagar em três prestações”, sublinhavam alguns em sinal de desdém. Como na aldeia não existia qualquer fábrica de fazer dinheiro a miudagem brincava com a maluquice que seria juntar tão grande quantia de dinheiro em apenas dois anos. Os jovens, não sei se por birra ou por razões hormonais, não acreditavam na ousadia de homens e mulheres de Bustos que se atiravam a uma tarefa complexa e difícil, assumindo grandes responsabilidades, apenas porque acreditavam na solidariedade humana. Muitos apoucaram a folha de papel, uma circular à população, onde se explicava o desafio:

Circular

BUSTUENSES

Levamos ao conhecimento de todos os nossos conterrâneos a Obra Social que se está a concretizar em Bustos:

- Localizar no mesmo edifício a casa do Povo, Posto Médico da Previdência, a Biblioteca da Fundação Gulbenkian, um Infantário e um Salão de Dia para a terceira idade.

Para essa finalidade adquirimos, por compra, o Palacete do Visconde de Bustos e seus anexos por 8 000 000$00, pagável em três prestações anuais. A primeira e já liquidada em 15 de Maio de 1980 de 3 000 000$00, a segunda prestação, a liquidar em 15 de Maio de 1981, será igualmente de 3 000 000$00.

A terceira e última prestação de 2 000 000$00, que tem o seu vencimento a 15 de Maio de 1982, pensamos ser possível fazer o seu pagamento em 18 de Fevereiro de 1982, para nessa data ser celebrada a escritura de compra.

Confiamos no Bairrismo dos nossos conterrâneos residentes e emigrantes, e com o apoio de Indústria e Comércio local.

Estamos certos de que o povo de Bustos irá colaborar em massa para a criação de uma obra social digna do progresso da sua terra.

A HORA É DECISIVA!

O MOMENTO É DE ACÇÃO!

Até 30 de Abril próximo aguardamos a contribuição de todos os Homens e Mulheres de Bustos

A Comissão Instaladora da Associação de Beneficência e Cultura de Bustos *


A crença no ”bairrismo dos nossos conterrâneos residentes e emigrantes” aliada à fé no ”apoio de Indústria e Comércio local” bastava para que um grupo de homens se empenhasse num projecto visando o interesse comum. Estavam cheios de razão porque a solidariedade atravessou continentes e foram raros os que não contribuíram para a concretização do sonho. Mal o povo tomou posse do edifício e se iniciaram as obras de recuperação nem os mais cépticos deixaram de ser tocados pela onda de energia positiva que atravessou o, até então, abandonado edifício mandado construir por António Duarte Sereno. O pátio e jardim do Palacete, com as suas festas, espectáculos e quermesse, passaram a ser o centro de convívio e angariação de fundos. E para o êxito do projecto foi fundamental o empenho e dinamização de muitos homens e mulheres em múltiplas frentes. Vender bolos, petiscos, senhas e até beijinhos, não faltou arte, engenho e trabalho para ir juntando os tão desejados escudos. Paralelamente, no palco erguido por Manuel Pedreiras, iam decorrendo espectáculos, onde não faltou o Rancho e Banda da Mamarrosa, o Manuel Miranda, o Amadeu Mota, os Faraós e muitos outros.

Todos fomos chamados a colaborar. Eu tive a honra de ser interpelado por esse ser humano magnifico, um senhor de cabelos brancos, homem doce, sempre apaixonado pela sua terra chamado Hilário Costa. Pegou-me no braço e usando de uma cumplicidade bem antiga, assumiu a postura de um verdadeiro comandante ordenando:
 - Fala lá com os teus amigos artistas e vê o que nos consegues arranjar. Já sabes que não pagamos nada a ninguém pois estamos precisados de dinheiro. Mas assegura-lhes que não passarão fome ou sede e que poderão usar as nossas casas para o merecido descanso.

Ao tempo trabalhava no jornal de espectáculos “Se7e”, em Lisboa, pelo que a minha modesta condição de jornalista não me permitia supor que tivesse condições para convencer algum grande nome da música portuguesa a vir apresentar-se a Bustos a troco de cama e mesa. Mas como podia hesitar perante tão honesto pedido? Tocado pelo idealismo daquele homem, pela sua inabalável fé na capacidade humana em dar as mãos, aceitei o desafio. Prometi-lhe que iria dar o meu melhor.

Não foi preciso chegar a Lisboa para perceber que estava metido numa grande alhada. Como convencer um grupo de músicos a trabalhar por amor à causa do povo de Bustos? Explicar-lhes que tinham de se fazer à estrada a troco de uma bucha e algumas palmas, mas correndo também o risco de alguns apupos.
Estávamos em plena euforia do que ficaria conhecido como o “Boom do Rock Português”. A vida cultural portuguesa rejubilava com o fim do período revolucionário. A democracia parecia definitivamente estabilizada e a cultura popular jovem saltava para a televisão, rádio e páginas dos jornais. Muitas foram as propostas musicais, os estilos, as tendências, os grupos. A agregar esta diversidade apenas um denominador comum, a necessidade de cantar em português.
Rui Veloso é uma figura central deste período, tal o impacto do álbum “Ar de Rock (1980). Mas em 1981, com o lançamento de “Baile no Bosque, os Trovante acrescentam algo de novo ao movimento musical. Não só cantavam em português como se inspiravam na música tradicional portuguesa.


Os Trovante viviam o exaltante momento da consagração quando, em nome do superior interesse da minha terra, interpelei o manager da banda, desafiei-o para um espectáculo gratuito em Bustos. O Miguelão olhou-me lá das alturas e eu, sem o deixar retorquir, atirei-lhe com a beleza da ideia, de como podia ajudar uma pequena comunidade a cumprir um sonho. E o mais espantoso é que em vez de um não, ele me respondeu que tal só seria possível se tivessem um outro concerto que ficasse em caminho. De outra forma não conseguiria pôr toda a equipa em andamento, mais de uma dúzia de pessoas entre músicos e técnicos, a que havia a juntar um camião com equipamento. Por outro lado era necessário que todos concordassem em trabalhar sem receber salário.

Razão tinha Hilário Costa em acreditar na generosidade humana. Eu passei a acreditar na generosidade dos grandes artistas. Uma apresentação nos arredores do Porto foi o móbil que permitiu que os Trovante se apresentassem no pátio do palacete, na noite de 7 de Agosto de 1981. A caravana antecipou a viagem por um dia e o grupo apresentou-se perante uma assistência entusiasmada numa noite luminosa e quente. Não receberam salário mas tiveram o privilégio de ajudar uma boa causa, comer um saboroso leitão e, por uma noite, partilharem os nossos tectos, pois nem sequer exigiram ir dormir a qualquer pensão ou hotel.

Assim se cumpriu a vontade de Hilário Costa, mas já um novo desafio se impunha porque no ano seguinte, a 18 de fevereiro de 1982, o povo queria selar a compra. Razão de sobra para se organizar um magnífico espectáculo de gala…

(Essa é história que fica para outro dia.)

Belino Costa


*A Comissão Instaladora era constituída por: Alcino Caetano da Rosa; Amaral Simões dos Reis Pedreiras; Fernando Luzio; Hilário Simões da Costa; Jorge Nelson Micaelo; José Luís Martins; José Coelho; Manuel Marques Liberal; Miguel Barbosa; Óscar Aires dos Santos; Rodolfo dos Reis; Manuel Martins

DE PASTELEIRA TAMBÉM SE FEZ A FESTA

As comemorações do 18 de Fevereiro de 1982 contaram com um programa recheado ao longo de nove dias de festa. Vale a pena recordar o programa:


DIA 13, sábado

7h00 – Início dos Festejos: Descarga de fogo. 14h00 – Estafeta “Dia De Bustos” por todos os lugares da freguesia acompanhada de caravana para anúncio dos festejos. 14h30 – Inauguração de Exposições: Exposição fotográfica retrospectiva de Bustos; Exposição de dados demográficos da freguesia; Exposição de pintura de José Santos; Exposição de porcelana pintada à mão de Acácio Moreira.

DIA 14, domingo

9h00 – Desporto: Provas de Pasteleira. 

      fotos BC



15h00 – Futebol federado.

DIA 15, segunda-feira

21h00 – Colóquio de Agricultura com a participação do Eng. Silvestre, Eng. Octávio Pato, Eng. Dias Cardoso, Dr. Rui Jorge Aires, Eng. Bernardo Santos e Prof. Américo Urbano.

DIA 16, terça-feira

21h00 – Espectáculo Popular: Orfeão de Bustos; Colégio de Bustos; Grupo musical “King Fischer’s Band”.

DIA 17, quarta-feira

21h00 – Colóquio da Mulher:”A Mulher esposa e mãe”. Orientação de Profª Aida Ferreira, Drª Dorinda Reis e Srª D. Ângela Borges.

DIA 18, quinta-feira

7h00 – Salva de 21 tiros. 11h00 – Missa de sufrágio em honra dos bustuenses falecidos. 12h00 – Romagem ao cemitério e deposição de uma coroa de flores. 15h00 – Assinatura da escritura de compra do Palacete de Todos os Bustuenses. 16h00 – Sessão Solene. 21h00 – Noite de Gala com: GEFAC, danças e cantares de música popular portuguesa; Carlos do Carmo e a orquestra de Pedro Osório.

DIA 19, sexta-feira

15h00 – Tarde cultural infantil: “Conhecer Bustos”, projecção de slides; O espectáculo feito pela criança; Fantoches; Grupo Coral Infantil da Gulbenkian (Aveiro).

DIA 20, sábado

14h30 – Desporto para todos: Confraternização de Velhas-Guardas; Bustos-Mamarrosa; Futebol feminino.

DIA 21, domingo

9h00 – Atletismo, crianças de várias escolas e adultos. 18h00 – Encerramento dos festejos. 21h30 – Baile com sorteio de rifas.

Extra cartaz: Relação do Fogo para as Festas.

Dia 13 (manhã): 2 de canhão; 6 de 2 tiros e 1 forte; 6 de 3 tiros e 3 baterias; 6 de 5 tiros e 1 forte – Dia 14 (manhã): 2 de canhão; 6 de 2 tiros e 1 forte; 6 de 5 tiros e 1 forte – Dia 15 (tarde): 2 de canhão; 6 de 2 tiros e 1 forte; 6 de 5 tiros e 1 forte – Dia 16 (tarde): 2 de canhão; 6 de 2 tiros e 1 forte; 6 de 5 tiros e 1 forte – Dia 17 (tarde): 2 de canhão; 6 de 2 tiros e 1 forte; 6 de 5 tiros e 1 forte. Dia 18 (manhã): Salva de 21 tiros de canhão; 6 de 2 tiros e 1 forte; 12 de 5 tiros e 1 forte; 1 de canhão. Dia 18 (noite): 2 de canhão; 6 de dois tiros e 1 forte; 6 de 5 tiros e 1 forte – Dia 19 (meio-dia) 2 de canhão: 6 de dois tiros e 1 forte; 6 de 5 tiros e 1 forte – Dia 20 (meio-dia) 2 de canhão: 6 de dois tiros e 1 forte; 6 de 5 tiros e 1 forte – Dia 21 (noite) 2 de canhão: 6 de dois tiros e 1 forte; 6 de três tiros e 3 baterias; 6 de 5 tiros e 1 forte.


Fonte: Oficio enviado pela Comissão de Propaganda, assinado por Hilário Costa e Adélio Reis, à Comissão Central. Valor estimado, 14.475$00.

17 de fevereiro de 2015

O HINO DO 18 DE FEVEREIRO PELO SEU AUTOR

Maestro
Silas Granjo



Nas vésperas da comemoração de mais um aniversário da criação da freguesia de Bustos, convida-me o “Notícias de Bustos” a escrever algumas palavras sobre o “Hino do Dezoito de Fevereiro” que, de parceria com o saudoso amigo Hilário Costa, ele a letra e eu a música, compus, a seu convite, em 31 de Janeiro de 1989.

Uma parceria Hilário Costa-Silas Granjo

Não me lembro bem das circunstâncias em que o convite foi formulado, mas o dia da composição é fortemente simbólico. Apenas me lembro, ou me julgo lembrar, que naquele ano se pretendia inscrever nas comemorações do Dezoito de Fevereiro o incremento das relações amistosas com a Freguesia da Mamarrosa, e que a Banda da Mamarrosa, de quem Hilário Costa fora sempre benemérito apoiante, e eu ao tempo dirigia, iria abrilhantar os festejos. A música, na sua simplicidade, recolheu o agrado pronto de quem a ouviu naquele dia, e logo Hilário Costa o adoptou como Hino de Bustos, manifestando o desejo de que fosse tocado pela Banda da Mamarrosa no seu funeral, que veio a ocorrer, no 1º Dezembro de 1994. E quando a Banda da União Filarmónica do Troviscal foi criada, no decurso de 1989, Hilário Costa logo se inscreveu como sócio e exprimiu o voto de que a Banda do Troviscal e a da Mamarrosa tocassem, no cemitério, essa música em conjunto, o que veio a acontecer.
A letra do hino faz eco de algumas das ideias que sempre foram caras a Hilário Costa. A ideia da fraternidade universal; o culto da memória dos antepassados; a ideia de que os bustuenses laicos deveriam ter também uma data para festejar, uma data em que se exaltassem os ideais e as virtudes republicanas; a ideia de fazer associar as crianças das escolas às tradições, para lhes assegurar a continuidade. É certo que a pena de Hilário Costa já não tinha, então, o fulgor de outros tempos, mas o ideal permanecia com a mesma lucidez e vigor de sempre.
Para terminar, uma pequena nota sobre a música. No decorrer do jantar dessas comemorações, alguém, parece-me que foi o Chico Pedreiras, sentado a meu lado, me confidenciou: “A sua música faz-me lembrar qualquer coisa . . . ah! Já sei. Não tem qualquer coisa do ‘Hino da Maria da Fonte’”? Naquele momento não fui capaz de lhe responder, porque a persistência da minha melodia não me deixava recordar o início da ‘Maria da Fonte’. Mais tarde, porém, pude constatar que, de facto, os primeiros dois compassos têm uma certa semelhança rítmica e melódica, o que se explica pela contaminação que as ideias operam no nosso subconsciente e pelo mesmo pendor heróico dos dois textos.


HINO DO 18 DE FEVEREIRO 0001

16 de fevereiro de 2015

11º CORTA-MATO CIDADE DE OLIVEIRA DO BAIRRO'2015

O Parque dos Pinheiros Mansos, no parque desportivo de Oliveira do Bairro, foi o novo palco do “11º corta-mato Cidade de Oliveira do Bairro”, que acolheu mais uma vez a disputa dos campeonatos distritais de Aveiro para os escalões de Juvenis, Juniores e Absoluto da versão longa.

Com o apoio das infra-estruturas de apoio do estádio municipal, anexo ao Parque dos Pinheiros Mansos, foi possível a realização de uma prova de corta-mato tipicamente britânica, à semelhança das suas origens, com um percurso muito variado, de relva, terra batida, lombas, declives e muita lama à mistura. O patamar inferior do parque, face ao espaço envolvente, permitiu ao público visualizar todo o percurso, o que se tornou um ponto forte desta edição.

O evento foi uma organização da ADERCUS, Associação Desportiva Recreativa e Cultural da Serena, de Oliveira do Bairro, com o apoio da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, Associação de Atletismo de Aveiro, Bombeiros Voluntários de Oliveira do Bairro e empresas locais.

Elisabete Azevedo, António Mota (Vereador CM OBR), Carla Martinho, Sara Carvalho
Nos escalões mais jovens os lugares de pódio repartiram-se um pouco pelos vários clubes participantes. A ADERCUS e a ADREP, clubes do município anfitrião, marcaram mais uma vez a presença no pódio e alcançaram vários títulos distritais.

No campeonato distrital absoluto longo, que no sector feminino foi de 7.000m, a ADERCUS colocou 6 atletas nos 6 primeiros lugares, tendo sido assim revalidado mais um título distrital, tal como a “chefe de fila” Carla Martinho que juntou mais um ao seu extenso palmarés. Apesar de hegemonia da equipa da Serena, de Oliveira do Bairro, a prova foi muito animada por um quinteto de atletas que se destacaram desde início, composto por Elisabete Azevedo, que foi quem imprimiu um ritmo muito forte até cerca de metade da corrida, seguida por Carla Martinho, Sara Carvalho, Débora Santos e Joana Nunes. Na parte final da prova, os lugares definiram-se já na última volta, tendo sido alcançada a vitória por Carla Martinho, seguida de Elisabete Azevedo e de Sara Carvalho.

No campeonato distrital absoluto longo masculino, de 11.000m, os lugares de pódio decidiram-se a cerca de metade da corrida, com Bruno Henriques (JOBRA – Branca) a destacar-se de Filipe Ferreira (ACR Vale de Cambra) e de Artur Rodrigues (NA Cucujães). À entrada para a última volta, Artur Rodrigues chegou a ser pressionado por David Silva (C Campismo de S. João da Madeira), mas conseguiu manter o 3º lugar até à meta. Coletivamente, a formação da Associação Cultural e Recreativa de Vale de Cambra foi a vencedora.

Benjamins femininos: 1ª Mariana Paiva (AC Bunheirense), 2ª Margarida Oliveira (ACD Vila Cesari/ Opinlux), 3ª Inês Lopes (ACD Vila Cesari/ Opinlux).
Benjamins masculinos: 1º Rui Ferreira (AD Rio Largo Clube de Espinho), 2º Diogo Fernandes (GRECAS – Vagos), 3º Rafael Silva (G Desportivo da Gafanha).
Infantis femininos: 1ª Sofia Almeida (ADERCUS – Oliv. Bairro), 2ª Sofia Fernandes (CD Feirense), 3ª Ana Sofia Marques (JOBRA - Branca).
Infantis masculinos: 1º Gabriel Lopes (JOBRA – Branca), 2º Max Taranov (ADREP – Palhaça), 3º Luís Almeida (JOBRA – Branca).
Iniciados femininos: 1ª Mara Resende (AFIS - Ovar), 2ª Ana Vilar (ACR Vale de Cambra), 3ª Luísa Pereira (ADREP – Palhaça).
Iniciados masculinos: 1º João Pedro (ADREP), 2º Samuel Rios (C Campismo S João da Madeira), 3º David Duarte (CD Feirense).
Juvenis femininos (Camp. Distrital): 1ª Francisca Martins (GRECAS – Vagos), 2ª Beatriz Rodrigues (ADERCUS – Oliv. Bairro), 3ª Cátia Coelho (CD Feirense). Classificação colectiva: 1º GRECAS – Vagos apenas uma equipa classificada).
Juvenis masculinos (Camp. Distrital): 1º Miguel Vieira (ADREP – Palhaça), 2º Luis Oliveira (CD Feirense), 3º Pedro Nadais (GDC Guilhovai). Classificação colectiva: GRECAS – Vagos (apenas uma equipa classificada).
Juniores femininos (Camp. Distrital): 1ª Bárbara Oliveira (CD Feirense), 2ª Maria João Baptista (GRECAS – Vagos), 3ª Ana Rodrigues (ADERCUS – Oliv. Bairro). Classificação colectiva: 1º Serviços Sociais dos Trab. Mun. S. João da Madeira (apenas uma equipa classificada).
Juniores masculinos (Camp. Distrital): 1º Isaac Rios (C Campismo S João da Madeira), 2º José Vieira (GDC Castelo de Paiva), 3º Miguel Neves (GRECAS – Vagos). Classificação colectiva: 1º GRECAS – Vagos, 2º Serviços Sociais dos Trab. Mun. S. João da Madeira (apenas duas equipas classificadas).
Absoluto feminino (Camp. Distrital): 1ª Carla Martinho (ADERCUS – Oliv. Bairro), 2ª Elisabete Azevedo (ADERCUS – Oliv. Bairro), 3ª Sara Carvalho (ADERCUS – Oliv. Bairro). Classificação colectiva: 1º ADERCUS – Oliv. Bairro, 2º JOBRA – Branca, 3º Ass. Desp. Cult. C. J. Clark – Castelo de Paiva.

Absoluto masculino (Camp. Distrital): 1º Bruno Henriques (JOBRA – Branca), 2º Filipe Ferreira (ACR Vale de Cambra), 3º Artur Rodrigues (NA Cucujães). Classificação colectiva: 1º ACR Vale de Cambra, 2º NA Cucujães, 3º GRECAS – Vagos.