Corria o mês de Maio de 1956 a a malta da Póvoa de Bustos organizou-se para ir até à Festa da Nossa Senhora de Vagos. O acontecimento justificou o retrato de grupo.
29 de novembro de 2013
ORFEÃO NO TEATRO AVEIRENSE
ORFEÃO DE BUSTOS PARTICIPOU NO ESPETÁCULO “AS SETE TOMPETAS DO
APOCALIPSE” NO TEATRO AVEIRENSE
A Banda Amizade apresentou-se no concerto comemorativo do
seu 179º aniversário, no passado domingo, dia 24 de novembro, no Teatro
Aveirense acompanhada por diversos grupos corais.
Para o efeito, a banda
anfitriã convidou o Coro de Santa
Joana, o Orfeão de Águeda, o Orfeão de Bustos, o Coro da Casa do Povo do
Troviscal, o Coro Espranjar e o Coral Oásis. Ao som da magnífica melodia dos
instrumentos da banda e das belíssimas vozes foi possível interpretar a obra
“As sete trompetas do Apocalipse” de Óscar Navarro. O Teatro Aveirense
tornou-se um pequeno palco para tão grandioso espectáculo.
Este foi, sem dúvida, um grande momento para o Coral do
Orfeão de Bustos que participou e respondeu em pleno ao convite desta Banda que
chegou através da nossa Maestrina Sandra Morais.
A Direção da Associação torna a dar os parabéns à Banda da
Amizade pelo seu aniversário e agradece este belo momento, que espera que traga
um futuro muito profícuo.
Um bem-haja a todos os intervenientes pelo esforço e
dedicação empenhados.
A Direção do Orfeão de Bustos
26 de novembro de 2013
ADERCUS NO CORTA-MATO DA AMORA
ADERCUS
NO CORTA-MATO DA AMORA
O
XXIV Corta-Mato Cidade de Amora decorreu no domingo, dia 24 de novembro, no
Parque do Serrado, da Amora, Seixal, no qual a ADERCUS este representada em
vários escalões.
Este
ano, a iniciativa contou com a participação de cerca de 1.500 atletas de vários
pontos do país. A prova que reuniu os melhores especialistas nacionais foi o
último momento de avaliação que o selecionador da modalidade teve para escolher
a equipa nacional que vai competir no Campeonato Europeu a realizar este ano em
Belgrado, na Sérvia, no dia 8 de dezembro.
Os
atletas do escalão de Veteranos foram os primeiros a percorrer o traçado da
pista de corta-mato, e o Paulo Miguel foi o primeiro dos atletas da equipa da
Serena de Oliveira do Bairro a classificar-se no top-10, com o 8º lugar obtido
nos Veteranos 2. Em Veteranos 1, Fernando Silva foi o 19º e Paulo Ferreira 28º.
Seguiram-se
os atletas Infantis, prova na qual Sofia Almeida foi a 6ª classificada, Cátia
Duarte 21ª, Luana Ferreira 29ª, e Érica Matos 62ª. No sector masculino, Miguel
Matos foi o 18º.
Na
prova de Iniciados femininos, Beatriz Rodrigues foi a 6ª classificada, Salomé
Sousa 35ª, e nas Juvenis a Ana Catarina Rodrigues cortou a meta num brilhante
14º lugar.
Nos
Séniores masculinos, Hugo Ramalho alcançou um honroso 29º lugar, face ao lote
de qualidade e quantidade de atletas presentes.
Nas
Séniores femininas, um trio composto por Sara Carvalho, 8ª classificada,
Elisabete Azevedo, 9ª, e Joana Nunes, 11ª, seguiram a maior parte da corrida em
grupo, alternando posições, tendo a Sara Carvalho marcado uma diferença maior
paras as companheiras de equipa na parte final. Ficou a sensação de que com o
contributo de Carla Martinho, Mónica Simões, Carina Marques e Rute Silva,
ausentes nesta prova, poderão ser reeditados grandes sucessos nesta época.
DANIEL
MOREIRA SUBIU AO PÓDIO
Daniel
Moreira, atleta residente na Amoreira da Gândara, do Sport Lisboa e Benfica,
voltou aos lugares cimeiros, tendo repetido na Amora, Seixal, o 2º lugar de
Torres Vedras.
Igor Valente, do Maratona Clube de Portugal, venceu a prova juvenil masculina, de 5 mil metros, logo seguido por Daniel Moreira (SL Benfica), e de Fábio Gomes (UD Várzea). As posições foram definidas já nos últimos 400m de corrida, com escassos segundos a separarem os lugares de pódio e há a referir que o atleta Fábio Gomes, 3º classificado, foi o campeão nacional de Juvenis de corta-mato na época passada.
texto e fotos ADERCUS
22 de novembro de 2013
CRÓNICA: ENCONTRO LONGE DE CASA
Encontro Longe de
Casa
Por Alcides Freitas
Esta é uma história verdadeira. Passou-se com dois
homens, nascidos na mesma aldeia, onde eram vizinhos e amigos e onde
partilharam a sua juventude, até que um dia se separaram pois cada um deles
emigrou à procura de uma vida melhor. Vários anos se passaram sem saberem um do
outro. Nem uma única noticia, até que um dia se reencontraram num lugar
inesperado, em circunstâncias jamais imaginadas.
Manuel partiu de Bustos quando tinha dezassete anos de
idade, foi juntar-se ao seu pai na Califórnia. Até então ele ganhava a vida a
trabalhar na agricultura e nas pedreiras dos Fornos, acartando as pedras de
calcário da mina para os fornos onde eram cozidas e transformadas em cal. Uma
vida muito dura e sem grande futuro. Chegou à Califórnia quatro anos antes do
início da Grande Depressão, em 1929. Um dia depois da sua chegada Manuel foi
trabalhar para a agricultura, nos vastos campos do Central Valley. Ali também o
trabalho era duro, começando antes do nascer do sol e terminando muito depois
do pôr-do-sol. O salário era melhor do que estava acostumado a receber em
Portugal mas todo o dinheiro não era bastante para pagar as mágoas da saudade.
Este emprego durou cerca de três anos, até que se iniciou a Grande Depressão.
Foi o começo de um período desastroso nos Estados Unidos.
Não havia trabalho nem dinheiro e muitos emigrantes
portugueses decidiram voltar para Portugal. Para aqueles que ficaram o grande
desafio era encontrar suficiente comida para sobreviver e procurar trabalho
onde quer que fosse. Após meses e meses de uma angustiada procura Manuel voltou
a arranjar emprego.
O seu novo emprego era numa companhia de açúcar a
“California and Hawaiian Sugar Company – C&H”. Esta companhia, localizada
na pequena cidade de Crockett, junto da Baia de São Francisco, foi criada para
refinar açúcar cultivado nas Ilhas de Hawaii. O trabalho do Manuel consistia em
operar uma máquina empilhadora que ele usava para transportar e empilhar sacos
de açúcar num grande armazém. O trabalho era monótono e não requeria qualquer
diálogo com os outros trabalhadores da fábrica, que não sabiam falar português.
Mas era, sem qualquer dúvida, muito melhor do que o árduo trabalho nas terras.
Tudo corria sem sobressalto até que um dia, quando
operava a sua máquina empilhadora no transporte dos sacos de açúcar o Manuel,
perplexo, ouviu alguém cantar uma cantiga popular:“O Rosa arredonda a saia.O Rosa arredonda-a bem.”
Alvoroçado, desejoso de descobrir quem estaria a cantar
melodia tão portuguesa, o Manuel treme, perde a concentração e a direcção do
veículo indo embater contra um grande cano de água quente, o que resultou na
destruição de muitas toneladas de açúcar. No meio de toda aquela confusão
aparece o cantador. E quem era ele?
Era o Manuel Aires (mais conhecido em Bustos como Aires
Gordo) amigo e vizinho do Manuel da Silva, também conhecido como Manuel da Maia
ou das Carradas. Caíram nos braços um do outro. Havia anos que não se viam, mas
naquele dia de trabalho em Crockett, Califórnia, a vinte mil quilómetros de
casa, os amigos de infância reencontraram-se, graças a uma cantiga popular.
(Publicado em Bustos do Passado e do Presente, 2004)
20 de novembro de 2013
DESCENTRALIZAÇÃO NA UNIÃO
O executivo da União de Freguesias de Bustos, Troviscal e Mamarrosa já concretizou a promessa eleitoral de manter a funcionar os três edifícios sêde das extintas juntas de freguesia, que passam a ter os seguintes horários de funcionamento:
Mamarrosa: 2a feira, 20h as 22h Bustos: 4a feira, 20h as 22h Troviscal: 6a feira, 20h as 22h
Para memória futura recordamos o texto com as promessas eleitorais da candidatura liderada por Duarte Novo:
"Meu Caro Amigo(a):
Primeiro que tudo queremos recordar-vos que confrontados com a imposição da União das Freguesias de Bustos,Troviscal e Mamarrosa só por amor à nossa terra nos disponibilizamos para esta candidatura. Sim, porque este projecto é acima de tudo servir, servir o povo e a comunidade Bustuense, Mamarrosense e Troviscalense.
Naturalmente que muito temos ainda de fazer para continuar a melhorar a qualidade de vida das nossas vilas, projetá-las e mantê-las com dinâmica.
Somos um grupo de pessoas com experiência, vivência e vontade de contribuir para que a ânsia das nossas gentes seja levada a bom porto.
É por isso vontade deste grupo de trabalho, e consonância com o que tem sido feito até aqui continuar a promover a discussão das decisões autárquicas com a população e outros intervenientes locais (colectividades, associações, empresas, comerciantes).
A nossa candidatura garante a manutenção das 3 actuais sedes de Junta de Freguesia em Bustos, Troviscal e Mamarrosa. Nestes locais continuarão em funcionamento todos os serviços existentes actualmente, nomeadamente os CTT e a obtenção de todos os documentos que até agora é possível obter na Junta de Freguesia
Propomo-nos num espírito de igualdade, equilíbrio e desenvolvimento continuo:
. continuar a servir todos nos mesmos locais e proximidade que sempre nos pautou e que tem feito o pulsar das nossas gentes;
. continuar projetos delineados em cada uma das vilas com as melhorias exigíveis para o qual é necessário a opinião de todos
• Delinear projectos, obras e prioridades;
• Acordar planos de acção de âmbito social;
• Melhorar e reforçar a notoriedade das Vilas de Mamarrosa, Troviscal e Bustos no Nosso Concelho, Distrito e País.
Num espírito de entrega total contamos com a coragem de todos, para que em conjunto com esta equipa, possamos dinamizar estas nobres Vilas, que são a nossa terra!!!!"
18 de novembro de 2013
MULHERES DA ADERCUS VENCERAM EM TRAVANCA
Travanca,
em Oliveira de Azeméis, celebrou o 5º Grande Prémio de Atletismo de S.
Martinho/ACT, prova na qual a ADERCUS se fez representar por quinteto de
atletas que fizeram brilhar a equipa bairradina na corrida principal do evento.
Foi
nos 6.500m para Juniores, Séniores e Veteranos que Carla Martinho cortou a meta
como vencedora da classificação geral feminina, seguida de imediato pela
companheira de equipa Joana Nunes, 2ª classificada. Mónica Simões fechou a
vitória da equipa, no 7º lugar, e Rute Silva foi a 14ª. No sector masculino,
Luís Silva foi o 2º veterano, e o 8º da classificação geral.
Gil
Ferreira correu o corta-mato de abertura da Associação Distrital de Atletismo
de Coimbra, que decorreu no Parque Verde da cidade dos estudantes, e entrou da
melhor forma na época de corta-mato com o 2º lugar obtido, 1º entre os atletas
Veteranos.
(ADERCUS, texto e foto)
15 de novembro de 2013
A RUA DA PÓVOA NOS ANOS CINQUENTA
Crónica de ÉLIO FREITAS
No tempo da minha mãe cada casal tinha, pelo menos, meia dúzia de
filhos. As famílias da rua da Póvoa tinham gente bastante para animar uma
feira. No meu tempo de criança já as coisas tinham mudado muito, mas nem por
isso havia falta de gente nova na nossa rua.
Para mim a rua da Póvoa começava na casa da Sra. Fausta (ti Fausta para outros, mas Senhora para mim) e terminava na casa do Ti Abílio Pedreiras. Naturalmente que a rua era mais do que isso, com curvas e largos, mas para mim era só o que a vista alcançava.
Na entrada vivia o António Moreira “Titi” e a
irmã Amorosa, já os irmãos Ilídio, Márcio e Manuel pertenciam a outra geração.
O irmão Acácio (o Mudo) passou anos na escola em Lisboa e nunca fez parte da
malta, mas o Titi deixou o rasto bem marcado na nossa rua. Depois de casar,
andou pela África e Venezuela para finalmente regressar à terra da mulher, ali no
Albergue, Palhaça. Parece que se esqueceu da Póvoa...
Logo a seguir vivia o António da Peralta, o “Toninhos”, e do outro lado da rua viviam o Arsénio e a Rosinha, meio irmãos do “Toninhos”. A Rosinha da Prata viria a tornar-se uma personalidade da rua, e não só.
O Toninhos era calado e trabalhador, mas o
Arsénio era burro na escola e muito galdério. Não havia quintal de fruta que o
Arsénio não conhecesse por dentro e por fora. Ainda me recordo algumas sovas
que apanhei por andar por lá com ele, o “Salta Quintais” como lhe chamavam os
mais idosos. Eu era mais novo mas, como é natural, procurava os mais velhos
para companhia e malandrice.
A casa a seguir era a do Ti Eusébio Luzio. Havia o Acílio, o Dinis, e mais tarde também chegou o meio-irmão, Manuel (dos rádios), a Eva e o Fernando, este último o único do meu tempo. Todos os filhos do Eusébio trabalhavam com o pai na construção e não tinham muito tempo para a ramboia, mas ainda me lembro dos tempos do Carnaval e dum barco com rodas feito por o Acílio e Dinis (a garotada da rua fazia uma festa para andar no barco). Foram todos, com a excepção do Manuel, muito cedo para as Áfricas, mas têm as raízes na rua da Póvoa.
A casa a seguir (eu só estou a recordar famílias da Póvoa com malta do meu tempo) era da D. Florinda Couvelha. Ali se criaram as sobrinhas e ali viviam o Mário Licínio e a Lucécia Mota. O “Li” foi o meu colega de sempre. Andámos na escola juntos, ele uma classe a frente porque era mais velho. Anos mais tarde juntámo-nos outra vez, na Escola do Magistério, em Coimbra, até à formatura em 1963. A irmã do “Li”, a “Luciete”, como era mais conhecida na rua, já tinha passado pelo Magistério de Coimbra antes de nós. Hoje vive na Mealhada, depois de educar crianças em Moçambique por muitos anos. Mas a marca da Luciete também vive na rua da Póvoa.
O Dr. Mário Licínio, o “Li”, esse parece que
nunca deixou de viver na Póvoa, ainda que passasse a maior parte da sua vida
adulta por África, França e mais recentemente na Suíça. Mas a Póvoa é onde o
“Li” regressa sempre.
Há mais que contar da outra malta da rua. Além do Eusébio, havia mais Luzios na Póvoa. A Ti Elvira, o Ti Amador, a Ti Caurina, eram todos Luzios que viveram na nossa rua. A Zita, filha da Ti Elvira, vivia logo ao lado do “Li”. A Ti Caurina , casada com o Ti Adriano, viveu no mesmo lado da rua, e por uns anos tinha a alfaiataria na sala da casa do Ti Amador. O casal Adriano Rodelo teve dois filhos, o Natalino e a Marlene. Tal como os primos, Fernando e irmãos.
O Natalino e a Marlene não tinham muito tempo
para a borga porque os pais os tinham sempre a trabalhar na alfaiataria. Eles
não vinham à rua, mas nós íamos à alfaiataria ler o “Mundo de Aventuras” e
outras publicações que o Natalino sempre comprava. A oficina do Ti Adriano era
a nossa biblioteca…
Mesmo com todo o trabalho que sempre tinha, o
Ti Adriano gostava de levar a miudagem uma vez por outra a procurar ninhos para
o lado do “Canto”, por detrás do rio (lavadouro).
A próxima casa era a do meu avô Sebastião Simões Fabiano. Foi lá que o meu irmão Alcides e eu, Élio, nos criámos. O meu pai, Luciano Freitas, tinha emigrado para a Venezuela e nós ficámos com a minha mãe Eugénia na casa dos meus avós. Mesmo depois de mudar para a nossa casa na Quinta Nova, eu nunca saí da rua da Póvoa. Aí ficou a alma e o coração, cheio de saudades.
Para o sul da rua ficavam várias famílias, mas pouca rapaziada. Havia a Donzilia, filha do Álvaro Fabiano, quase da minha idade, e, um pouco mais adiante, vivia o Ti Abílio e família. Ali acabava a rua, com o Manuel e o Quim, ainda meus primos distantes por parte do pai, o Ti Abílio. Do outro lado da rua, em frente do Quim, vivia a Ti Virgínia, mas os filhos já pertenciam a outra parte da rua da Póvoa.
Devo também lembrar a presença do Milton, “Miltinho,” e da sua irmã Gisela, filhos do Ti Amador Luzio e da Sra. Maria de Jesus. A verdade é que estes dois jovens se criaram na Barreira, em casa dos avós, mas ainda passaram uns anos na nossa rua, o suficiente para fazerem parte da malta da Póvoa.
Estou a pensar no que seria uma grande oportunidade: Um encontro com comes e bebes com toda a malta da minha rua da Póvoa para festejar os bons tempos dos cinquentas…e não só.
Que tal a ideia, amigos?
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