7 de outubro de 2013

BIBLIOTECA DE BUSTOS - EÇA DE QUEIRÓS, CRIAÇÕES... RECRIAÇÕES ... RECREAÇÕES

“Na arte, quando forte e fina e superior,
 a simplicidade 
resulta sempre de um violento esforço. 
Não se coordena 
com clara inteligência uma concepção, 
não se atinge uma expressão fácil, 
concisa e harmoniosa, 
sem longas e tumultuárias lutas 
em que arquejam juntos, 
espírito e vontade”.
– Eça de Queiroz,  Frases  - http://kdfrases.com


Discrição do Cônsul Eça de Queiroz:

O Conde de Arnoso falava da sua inesgotável bondade. Todos os seus amigos testemunharam, antes e depois da sua morte, a grandeza do seu coração.
Xavier de Carvalho revela-nos um aspecto interessante da sua caridade:
«Eça de Queiroz era sobretudo duma extrema bondade. Ao Consulado vinham amiudadas vezes alguns lusitanos boémios, sem eira nem beira, pedinchando… E Eça dizia-lhes sempre:
«Irra! Isso já chega a ser grande pouca vergonha! Ainda lhe dei há três ou quatro dias uns dez francos, e Você volta de novo a reclamar, inventando historietas …
«E depois mostrando-se irritado: – Não. É escusado. Não lhe dou nem um sou.
«Mas … procurando a mão do pedinte, às escondidas, para que a gente o não surpreendesse, dava-lhe ainda outros dez francos; e acrescentando:
«– Ora vá-se embora! Que o não torne a ver por cá. Procure trabalho, que isso não é a vida …
«E ficámos, depois, nós ambos a discutir filosoficamente a imoralidade da esmola, com vagas teorias anarquistas contra a caridade e pregando a justiça integral que nos não avilta na caridade cristã.
(…) 
Lopes d’Oliveira, Eça de Queiroz, vida e obra,…p. 315.

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