7 de junho de 2010

BUSTOS [CENTRO] - DESFILE DE CASAMENTO


Desfile do casamento de Benilde de Jesus Cipriano com José Simões da Costa (o conhecido Zé dos Moras). Rui Jorge - irmão do Ósca r Aires dos Santos - transportava as almofadas e a Dina Reis Costa tinha levado as alianças. Os dois muito bem comportadinhos, ao que parece. Distingue-se a madrinha da noiva, Benilde Figueiredo que ‘segurava’ o Óscar pela mão. Manuel Martins foi o padrinho.
Ti Maria Mora foi a madrinha e o padrinho foi um senhor chamado Cravo, da Mamarrosa.
Pelas informações prestadas, um bem-haja ao Zé dos Moras e à Benilde que tem uma memória de fazer inveja.
O casamento aconteceu a um sábado, 6 Agosto’1955 e no dia seguinte o noivo saltou do aconchego da cama para acompanhar o Ti Zé Mora e levar a camioneta carregada de pedra para fazer cal … à Feira da Oliveirinha.
Na foto de parte do Centro de Bustos antigo, distingue-se um apreciável número de pé descalço entre os assistentes do desfile.
sérgio micaelo ferreira
EM TEMPO
Franklin Pinto (Califórnia) parece ter desvendado o enigma do autor da fotografia. Vamos escutar o Frank: «creio que a miúda alta e magra, que quase esconde a figura do Óscar, era uma sobrinha do Sr. Dário Alves, que passou uns bons anos em Bustos (com origem em Torres Novas). Portanto o fotógrafo seria o Sr. Dário.»

3 comentários:

  1. Uma sugestão: que o texto sobreposto deixe o contexto humano livre, para podermos reconhecer quem é quem.
    Como conheço a foto, posso adiantar:
    - Os noivos são o Zé dos Moras e a Benilde da Pata (minha madrinha de baptismo).
    - O menino vestido de branco e almofada nas mãos é o meu irmão, Rui Jorge; a menina, que certamente transportou as alianças, é a Dina Reis Pedreiras.
    Seria interessante identificar, pelo menos, a criançada que acorria à igreja velha, a quem os padrinhos atiravam amêndoas à saída.
    Não me consta que alguém tenha ficado doente por apanhar amêndoas do chão de terra.

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  2. Esta foto, trouxe-me à memória outros tempos, mais recentes certamente.
    Por viver em casa dos meus Pais junto à Igreja matriz da Palhaça, assisti a diversas entradas e saídas de casamentos e lá pelos anos 80 o Sábado (no verão essencialmente) por volta das 12h00 era o momento ideal para esticar as mãos a umas amêndoas.
    Sim é verdade, havia sempre alguém que nos casamentos distribuía às crianças amêndoas e eu lá ganhava algumas também.
    Outros tempos, pois então.

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  3. A casa à esquerda era do Manuel Aires, mas já funcionava como Café Recreio sob a batuta do irmão Pompeu e da Nina, embora da imagem nada transpareça.
    À direita, vê-se bem a pequena oficina de reparação de bicicletas, já retratada em textos anteriores.
    Uma das grandes e meritórias vertentes do NB prende-se com as raízes de Bustos.
    Conhecer o passado das nossas gentes, o seu modo de vida e os valores que os nossos antepassados defendiam, ajuda-nos a enfrentar a política do alcatrão, das auto-estradas e dos TGV's, que parecem ser o único factor de desenvolvimento a motivar a chamada classe política. Confundem crescimento com verdadeiro desenvolvimento.
    Aliás, o centro histórico de Bustos precisa de ser valorizado e enriquecido e já ouvi interessantes visões de gente nova sobre essa revitalização.
    Questão em que temos de estar do mesmo lado da barricada - TODOS.
    *
    Já agora: naquele tempo os noivos e convidados regressavam da igreja a pé, para o banquete.
    Agora, vão de carro, para o local do agora chamado "copo de água".
    Por mim, continuo fiel à sandes de leitão que os pais dos noivos continuam a servir pelas 10H00 em suas casas, antes de irmos para a igreja em ruidoso cortejo automóvel.

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