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A “A21 – OB”, oficialmente “agenda 21 local” vai elaborar um Plano Estratégico de desenvolvimento para que a «morte do concelho» não seja antecipada.
A equipa da Universidade de Aveiro que está a elaborar o plano de sustentabilidade do desenvolvimento, pretendendo recolher dados junto dos munícipes, pôs à disposição dezasseis mil inquéritos. Responderam 366 (2,1% da população residente no concelho de Oliveira do Bairro, com mais de 15 anos[2]). O número incipiente dos respondente parce traduzir o desinteresse cívico em ajuadar a encontrar soluções por um questão tão candente.
Ultrapassado o lamento, o documento exibido no portal da câmara[3] dá uma panorâmica do concelho actual. Os quadros ‘Síntese’ dão uma ajuda expedita na interpretação da peça em apreço.
Algumas das dúvidas ou preocupações ressaltam da leitura:
1 – Cerca de um quinto da área do concelho (17 Km2) vai ser retirada à Reserva Ecológica Nacional. Não haverá excesso com um corte tão desmesurado?
2 – Junto à fronteira de Bustos com os concelhos de Vagos e Cantanhede, acompanhando o Rio Boco (Vala do Sardo) não existe mancha de território que reúna condições de enquadramento num Biótopo Corine?
3 – A ampliação das zonas industriais irá repercutir-se no aumento de circulação motorizada. O Plano irá prever a criação de um eixo viário que atravesse o concelho em latitude? Ou o trânsito pesado continuará a circular pelos sítios recentemente urbanizados?
4 - O Plano irá propor medidas para contrariar o aumento da impermeabilização dos solos?
5 – O quadro síntese das pág.s 15 e 16 (Ambiente e Qualidade de Vida) revelam alguns aspectos negativos que deverão merecer um combate sem tréguas, por exemplo, ‘águas residuais com elevados níveis de azoto’; ‘falta de água potável no concelho’; linhas de alta tensão a esquartejarem o concelho; a falta de qualide e contrlolo do a, …
6 - Outra nota negativa é a deficiente recolha de lixos industriais. A circulação destes lixos é realemnet controlada?
7 – O Plano Estratégico vai contemplar a necessidade de instituições – públicas e privadas – introduzirem sistemas de produção de energias renováveis?
INTERLÚDIO
A Agenda 21 já partiu do Rio de Janeiro no ano de 1992. Finalmente chegou a Oliveira do Bairro. Não se pretende que o Plano Final não aponte a direcção do regresso ao tempo das cavernas, mas deve ser orientado para que o “Desenvolvimento Sustentável [satisfaça] as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das gerações vindouras de satisfazerem as próprias necessidades”, Relatório Brundtland (1987) [4].
A biodiversidade e o conhecimento continuam a ser o melhor pecúlio que poderemos deixar às próximas gerações.
sérgio micaelo ferreira
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